sexta-feira, 26 de julho de 2013

Arquivos Turma da Monica N°32 - Cascão: HQ "O Roubo da Mona Crespa"!

Capa de Cascão nº 72 - Ed. Globo, 1989
Publicada originalmente em Cascão nº 72 (Ed. Globo, 1989), a história "O Roubo da Mona Crespa" tem 14 páginas e fala sobre um assalto em um museu do quadro "Mona Crespa" (uma sátira à Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci).

A história começa com um narrador contando como o Cascão é um garoto ágil e não mede esforços pra ajudar os amigos. Ele é capaz de entrar em um bueiro pra pegar bolinha de gude que caiu, subir em árvores para pegar pipa que enroscou, subir e se equilibrar em muros, além de ser capaz de entrar e conhecer todas as latas de lixo do bairro por diversão própria.
Um dia, caminhando, Cascão encontra o Cebolinha e Xaveco se lamentando que a bola de futebol deles tinha caído no quintal de uma casa enquanto eles estavam jogando. Só que essa casa é muito equipada, com portão de grades de lanças pontiagudas, além de um cachorro bravo tomando conta. Imediatamente, Cascão foi ajudar os amigos entrando na casa. Com sua agilidade, ele atravessa as grades do muro, dribla o cachorro bravo e sobe na arvore e consegue pegar a bola. Tudo com uma agilidade que ninguém tem.
Nessa hora, dois bandidos, que eram os donos da casa, estavam planejando uma forma de roubar o quadro da "Mona Crespa" do museu da cidade para pedir resgate pela obra. Só que o museu tem um forte esquema de segurança com guardas vigiando na porta do museu, portão de aço, sistema de alarme sensível, sem contar que o quadro estava no último andar do museu. Mas, com o barulho do cachorro, os bandidos veem o Cascão pegando a bola no quintal deles, ficam surpreendidos com a agilidade dele e o chamam para roubar a "Mona Crespa" do museu. Os bandidos se identificam como policiais que deram ao Cascão uma missão secreta de resgatar um quadro que bandidos roubaram e esconderam no museu. Cascão inocente, pensa que é verdade e ajuda a roubar o quadro.
Então, à noite, os três vão ao museu de balão, chegam em frente ao andar que está o quadro, e Cascão entra se equilibrando na marquise da janela. Ao entrar, agilmente, consegue atravessar o sistema de alarme de segurança e encontra a "Mona Crespa". Ao pegar, ele não contava que tinha um alarme atrás da estátua e, com isso, acaba disparando. Daí, ele não pode fazer mais nada a não ser correr até onde os ladrões estavam. Lá, Cascão descobre que eles é que eram os bandidos. Como Cascão não entrega, eles fazem força e Cascão acaba caindo da janela com quadro e tudo. Quando todos pensam que tinha morrido, ele se pendura em uma barra de apoio da parede e ainda salva o quadro prendendo entre as pernas.
No final, os ladrões são presos porque caíram do balão que não suportou o peso dos dois. Cascão é consagrado herói e leva ingressos pra poder visitar o museu de graça. Ele leva a turma ao museu, e é descoberto que, desde o salvamento do cascão, a "Mona Crespa" ficou suja eternamente.
A curiosidade fica com o fato de um narrador contando a história. Era comum na época, colocarem um narrador-observador narrando e interagindo com a história, principalmente histórias de ação como essa. Às vezes, os personagens chegavam a conversar com o narrador, discordavam dele, ou vice-versa. Acho maneiro isso. Quanto aos garotos que estavam jogando bolinha de gude e os garotos da pipa no início da história não são personagens fixos, apenas são elenco de apoio. 

Destaque da história dos meninos de uniforme para jogar futebol e interessante o Cascão não conhecer o quadro "Mona Crespa", pensando que era marca de xampu e depois de ver a foto, ele achar parecida com a sua tia Hilda. Tia que nunca apareceu nas histórias. A MSP não segue muito a cronologia, principalmente sobre parentes dos personagens. Provavelmente porque são muitos roteiristas que escrevem as histórias, aí chega roteirista novo e eles não vão conferir o que já foi publicado. 
Sem dúvidas uma ótima história, cheia de suspense e, claro, com os seus padrões incorretos tão comum na época. Era sempre normal ver histórias desse nível naquela época. É engraçado ver o Cascão entrando dentro do bueiro e dentro da lata de lixo no início da história, e bandidos sempre rendem boas histórias como essa. E os traços muito bons também. História antológica que com certeza sempre vale a pena ler e relembrar aqui.
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