segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Arquivos Turma da Mônica N°790 - Cranicola: HQ "Boca de ouro"

Mostro uma história em que o Cranicola teve seus dentes de ouro roubados por bandidos. Com 4 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 6' (Ed. Globo, 1987).

Nela, Cranicola está exibindo seus dentes de ouro, achando que está abafando com os novos dentes. Ele percebe dois homens olhando o tempo todo para ele e pensa que estão reencarnando de inveja.  Os bandidos comentam que a boca da caveira é ouro puro e vão em direção ao Cranicola para roubar seus dentes. Apontam a arma para ele, falando que é um assalto e aí Cranicola descobre que são ladrões. O Baixinho diz que ele é só uma caveira e não tem mãos e resolve atacá-lo para roubar os dentes, mas Cranicola o morde.
O Baixinho vai mandando o Cranicola parar de morder seus dedos e o Altão resolve dando uma paulada no Cranicola e consegue roubar os dentes de ouro. Muminho aparece perguntando por que o Cranicola está banguela e ele diz que foi assaltado. Muminho corre atrás dos bandidos, gritando por polícia e que roubaram a dentadura do Cranicola. Os bandidos acham que o Muminho era um trapo, quando são cercados também pelo Zé Vampir e Frank e o Muminho se desmancha formando um laço para prender os bandidos e devolvem a dentadura par ao Cranicola.

No final, Muminho arranja um cão de guarda para o Cranicola ficar seguro com seus dentes de ouro. Só que o cão acaba engolindo o Cranicola, achando que era um osso gigante e Muminho acha que não foi uma boa ideia.
Essa história é legal, bem simples, direto ao ponto. O Cranicola além de passar sufoco com os bandidos que roubaram seus dentes de ouro ainda acabou sendo engolido pelo seu cão de guarda. Achei engraçado o trocadilho de reencarnar de inveja, que seria morrendo de inveja, mas por ele ser morto, o sentido figurado seria viver e reencarnar. 
Não mostrou como o Cranicola conseguiu aqueles dentes valiosos, apenas apareceu já com os dentes para ser dinâmico, até por ser de um gibi quinzenal de 36 páginas e aí histórias da Turma do Penadinho nos gibis do Cascão não eram muito longas, no máximo 5 paginas, muito raro passar disso, e então não podiam deixar tão explicado e até acho melhor assim. Fica a função do leitor imaginar como ele conseguiu e quem colocou os dentes nele. 

Teve um erro dos bandidos chamarem um ao outro de "Eliseu". Primeiro o bandido alto chama o baixinho de Eliseu e depois o contrário. Eles gostavam de criar histórias com duplas de bandidos, era bem frequente. Impublicável justamente pela presença de bandidos e até pela violência como darem paulada no Cranicola e apontarem arma, coisas que não tem mais nos gibis por acharem traumatizante. Até o Cranicola sendo engolido pelo cachorro no final podiam implicar também.
Os traços muito bons, típicos dos anos 80. O Frank e Muminho foram desenhados diferentes como vemos hoje, Frank, inclusive, mais assustador. Na época eles não tinham traços definitivos e apareciam diferentes em cada história. Só a partir dos anos 90 que passaram a ter os traços que conhecemos. As cores com os personagens mais rosados, marca características dos primeiros números da Editora Globo de 1987.

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