A morte de um menino de dez anos de idade, ocorrida na tarde do ultimo dia 9 de março, em Everett, Condado de Snohomish, nos Estados Unidos, trouxe de volta as discussões sobre a influência dos quadrinhos e desenhos animados nas crianças.Codey Porter havia sido enterrado por seus colegas em uma caixa de areia, numa brincadeira na qual tentava emular uma das habilidades de Naruto, personagem de sucesso mundial nos mangás e animês.De acordo com o site do jornal Seattle Post-Intelligencer, as crianças que brincavam com Porter perceberam que algo estava errado e gritaram por socorro.Os pais do garoto prestaram os primeiros-socorros enquanto esperavam a ambulância. Codey Porter morreu no hospital, dois dias depois.Entrevistando os meninos - entre 8 e 10 anos de idade - que participaram da trágica brincadeira, além de adultos que a testemunharam, a polícia não encontrou indícios de comportamento criminoso no fato, registrando o caso como acidente.Até o momento, parece não haver nenhuma "caça às bruxas" a Naruto ou a outros mangás e animês, nos Estados Unidos, mas os debates se acirraram entre os que discutem o papel da mídia na formação das crianças."Ao meu ver, não existe uma pesquisa específica mirando os animês, mas sabemos que a mídia tem um efeito muito grande nas pessoas, em geral. A diferença principal é que, hoje, a violência é retratada freqüentemente de forma mais realista que as bombas de TNT características dos desenhos do Papaléguas ou de Tom & Jerry, gerações atrás", disse Doug Gentile, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Mídia e Família dos Estados Unidos, em entrevista ao Seattle Post-Intelligencer.O pediatra Fred Zimmerman, professor da Universidade de Washington, também acalma os ânimos ao afirmar que, no incidente de Everett , Naruto não tem mais responsabilidade do que qualquer outra atração televisiva.Mas o médico faz coro com os que cobram um olhar mais atento no que as crianças assistem na televisão. "Os pais não se queixam do conteúdo do programa até que seja tarde demais. As crianças e adolescentes imitam as coisas tolas que vêem na TV - às vezes com efeitos desastrosos. Peço aos pais que vejam a televisão sob esta ótica. Se você não quer ver isso acontecer em sua casa, não deixe seu filho ver isso acontecer em sua TV", disse Zimmerman, citado pelo SPI. > http://www.universohq.com.br/quadrinhos/2008/n24032008_06.cfm
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