quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Arquivos Turma da Mônica N°268 - Magali # 500: Edição nada especial!

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Magali chega a marca de 500 edições lançadas, depois de Cascão, Chico Bento, Mônica e Cebolinha. Nessa postagem, mostro uma resenha dessa revista, que infelizmente de especial não teve nada.

Quando o Cascão e o Chico Bento chegaram ao "Nº 500", nas suas edições # 386 da Globo, em 2001, a data passou em branco, porque na Globo eles não tinham essa preocupação de juntar a numeração das 2 editoras. Já quando Mônica e Cebolinha chegaram às 500 edições, em 'Mônica # 54', de 2011, e 'Cebolinha # 86', de 2014 da Panini, tiveram edições comemorativas muito caprichadas e superespeciais com todas as histórias relacionadas ao tema, cheias de referências a histórias antigas (algumas do fundo do baú) e até os passatempos foram também relacionados. Enfim, excelentes itens de colecionadores.

Agora, com a Magali era esperado que a sua edição comemorativa fosse igual ao da Mônica e Cebolinha, mas infelizmente não foi bem assim e ficou muito a desejar. Lembrando que a contagem da 'Magali # 500' considera as 403 edições na Editora Globo e 97 na Editora Panini, levando 26 anos para alcançar essa marca, já que o gibi dela foi lançado em 1989.

A capa dessa vez não foi baseada na "Nº 1" (Ed. Globo), também não fez alusão à história de abertura, como de costume. Foi só um desenho com a Magali comemorando a a sua revista "Nº 500", junto com sua mãe, Mingau e amigos. Até que a capa não achei tão ruim, acho que não precisava mesmo ter referência à edição "Nº 1", que foi só ela dentro de uma melancia. O pior foi mesmo o conteúdo.

O gibi já começa direto com a história de abertura e não teve um frontispício anunciando que a revista é comemorativa, como aconteceram com a Mônica e Cebolinha. A história de abertura "Magali 500 edições" foi a única comemorando a marca das 500 edições, com 26 páginas, ocupando menos da metade do gibi, que tem 68 páginas no total,. E o resto foram histórias normais que saem em qualquer gibi, muito longe de serem especiais, ainda por cima com desenhos e letras de PC horrorosos, típicos dos gibis atuais.

Em relação à história de abertura comemorativa "Magali 500 edições", achei fraca, mal desenhada com traços e letras todos digitalizados e roteiro sem lógica. Nela, Bruxa Viviane aparece na casa da Magali reclamando que não foi convidada para a festa da 'Magali Nº 500'. Como a Magali não aceita a Bruxa Viviane participar da festa, ela lança um feitiço para a Magali dormir 500 edições, só que ela se engana com o feitiço e faz todos que estavam na festa dormirem. Com isso, foi o gancho para a Magali percorrer edições passadas para pegar ingredientes para preparar o elixir que irá desfazer o feitiço.
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Trecho da HQ "Magali 500 edições"
Para começar, achei estranho a Bruxa Viviane aparecer na casa da Magali, só porque não foi convidada para a festa. Mais estranho ainda foi ver uma Bruxa Viviane boazinha, ajudando a Magali a desfazer o feitiço que ela fez errado. Logo ela que sempre foi uma bruxa maquiavélica, sempre querendo destruir todo mundo, principalmente a Magali e agora a colocaram mais calma, descaracterizando a personagem. Seria mais coerente, depois que a Bruxa Viviane lançou o feitiço, era para aparecer uma fada para mostrar para a Magali como desfazer o encanto, e não a própria Bruxa Viviane, e aí aproveitariam para colocar alguma fada que apareceu nos gibis da Magali, como a fada Aurora (MG # 119, de 1994), por exemplo.

As referências a histórias antigas só começam a partir da página 11, quando a Magali começou a percorrer os gibis antigos atrás dos ingredientes para desfazer o feitiço. Antes disso, só enrolação. Não gostei. As referências, por sinal, muito fracas. Foram só 12 no total, algumas mostradas só em 1 quadrinho cada. Nenhuma antológica, tirada de história realmente marcante. Pelo menos, colocaram a numeração dos gibis, que ajuda para quem quiser procurar nos sebos os gibis para ler as histórias originais.

Na falta de pesquisa de histórias marcantes, resolveram colocar referência à história "A Melancia", publicada em 'Mônica # 47', de 1974 e ainda por cima ocuparam 2 páginas com passagem dessa história. Nada a ver colocarem referência à história que saiu em gibi da Mônica. Afinal, a comemoração são das 500 revistas da Magali e não do aniversário de 50 anos de criação da personagem. Ficou clara a falta de pesquisa de gibis antigos da Magali, precisando recorrer à história da Mônica, que foi republicada recentemente em "Magali 50 Anos"

Se não bastasse, colocaram o Cascão e o Louco na passagem dessa história da Mônica, que nem apareceram na original. Sem contar que os desenhos dos personagens pontiagudos ficaram feios, conseguindo estragar essa história de 1974. Para piorar, ainda colocaram numeração errada, ao informar a edição que saiu da história. Colocaram 'Mônica # 74', em vez de 'Mônica # 47'. Não sei como não revisaram direito antes de publicar.
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Trecho da HQ "Magali 500 edições"
Essa história foi a única comemorativa da edição e deu pra perceber que focaram em objetos e comidas que a Magali comeu. Com isso, ficaram de fora vilões clássicos, bruxas e extraterrestres que marcaram os gibis da Magali nessas 500 edições. A Magali teve histórias maravilhosas, sobretudo as 200 primeiras edições que foram riquíssimas com presença de vilões, bruxas, que normalmente queriam acabar com comida, deixando a Magali desesperada, ou queriam tirar algum proveito da fome da Magali. 

Eles até podiam ter colocado essa história de abertura do jeito que foi relembrando comidas que a Magali comeu, mas que fizessem outras interligadas comemorativas como foi com o 'Cebolinha # 500', ou criassem outras histórias com esses personagens marcantes que apareceram nos gibis antigos. Para ter uma ideia colocaram a Jumenta Voadora, que não apareceu nos gibis da Magali, mas vilões clássicos, não.

Podiam colocar  a Magali voltando a contracenar com vilões como o pizzaiolo Seu Guido (MG # 10, de 1989), açougueiro Eudes O. Nesto e o ajudante Costelo (MG # 28, de 1990), marajá Eli Eh Maumemo ((MG # 36, de 1990), vampiro Conde Bárgula (MG # 41, de 1991), homem-do-saco Fredegundo (MG # 53, de 1991), cientista Isbuga Iado (MG # 59, de 1991), Pastéis Falantes (MG # 121, de 1994), Capitão Pizza (MG # 131, de 1994), Princesa da Neve (MG # 135, de 1994), o Bolo Assassino (MG # 146, de 1995), o confeiteiro Alípio(MG # 154, de 1995), a Boneca Tenebrosa (MG # 307, de 2001), entre tantos outros. 

Ou a Magali reencontrando os extraterrestres-vilões, como a Gellatyna (MG # 56, de 1991), sorvete Aice e picolé Vanilla do planeta Tit-Bit-Split (MG # 74, de 1992), o ET-robô Pantagruaco (MG # 132, de 1994, que inclusive havia aparecido em "A invasão dos discos", de MN # 3, de 1970), ETs em forma de coxinha, cupcake e picolé do planeta Doce Sonho (MG # 157, de 1995), os ETs do Planeta Magá (MG # 182, de 1996), etc. 

Ou, quem sabe, um encontro das bruxas: Brunete (MG # 7, de 1989), Xanda (MG # 24, de 1990), a que apareceu em "Branca de Fome" (MG # 57, de 1991), Bruxa dos Dentes (MG # 87, de 1992), Nandinha (MG # 99, de 1993), Ilma (MG # 144, de 1994), por exemplo. Não dá para aceitar que nem a Bruxa Xanda foi lembrada. Só a Viviane e a bruxa da história"Rapunzel" (MG # 15, de 1990) que foram, sendo esta última, só em 2 quadrinhos. Nem os 5 gatinhos irmãos do Mingau, o seu Quinzão, pai do Quinzinho aparecem. Enfim, nenhum desses vilões, bruxas e personagens apareceram nessa "Magali # 500' e mereciam ser lembrados de alguma forma.
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Trecho da HQ "Magali 500 edições"
Como esse gibi da Magali só teve essa história de abertura como especial, o resto do gibi foi tudo normal, inclusive os mesmos traços decadente. Foram 10 histórias no total, incluindo a tirinha final, sendo 5 histórias curtas de 1 ou 2 páginas (4 delas foram com a Magali), e  4 histórias mudas no total, incluindo essas curtas e a tirinha. Ou seja, tudo absolutamente normal que vem saindo nos gibis atuais.

De destaque teve uma história da Tina em uma loja confundindo um cliente com vendedor, em "Quem procura acha", e uma do Dudu tentando ser um cavalheiro com garotas, em"Ser ou não ser cavalheiro?". Nessa, inclusive, teve aparição da Dorinha com roupa verde, diferente da tradicional rosa. Teve também uma do Piteco, "O peso da evolução", que foi muda correndo de dinossauro. Antes, ele caçava dinossauros, agora corre deles, por causa do politicamente correto.

O gibi encerra com a história "Selfie felino", com 10 páginas no total, com o Mingau atrapalhando a selfie que a Magali tirava com o smartphone. Agora estão investindo em histórias do Mingau com inovações tecnológicas. Já teve passando sufoco com câmera digital, TV LED e agora atrapalhando a Magali com selfie do seu smarphone. Se não fosse edição especial, creio que essa seria história de abertura. 

Os traços dessa história ficaram terríveis, os piores desenhos da edição, completamente sem arte. Fica nítido que foi feito por computador. No trecho da história que mostro abaixo, repare os desenhos do Mingau no 2º e 4º quadrinhos, na mesma posição e expressão igual, só mudando a proporção do tamanho, que dá facilmente para mexer isso em programas como "CorelDraw", "Photoshop" ou similares. Constrangedor. Na página 61, o Mingau também aparece exatamente assim em 2 quadrinhos, só que em posição invertida. Ou seja, eles têm desenhos e expressões prontos e vão inserindo nas cenas, o que melhor encaixa nas cenas. Mais digital que isso, impossível. E os olhos da Magali? Um horror.
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Trecho da HQ "Selfie felino"
Já a tirinha também não foi comemorativa, mas como foi muda, pelo menos não teve aquelas letras minúsculas que estão saindo nos gibis atuais. Outro ponto negativo da edição que nem os passatempos não fizeram alusão à comemoração da 'Magali # 500', como foram os da Mônica e Cebolinha, sendo normais e educativos. 

Para constar, foi lançada também, a exemplo de Mônica e Cebolinha, uma edição especial com capa metalizada mais grossa, papel couché no miolo e com mesmo conteúdo. Também com formato canoa, só que custando R$ 4,90 (mais cara que a original, que custa R$ 3,90), e com uma tiragem limitada e nem todas as bancas vendem. E o erro de revisão da história de 'Mônica # 47' permaneceu também nessa versão. Abaixo, a capa dessa versão comemorativa: 
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Edição especial comemorativa
Como podem ver, 'Magali 500' foi uma decepção, ficando muito a desejar. Não chega nem aos pés dos que foram da Mônica e do Cebolinha. Nem frontispício colocaram. Faltou pesquisa em procurar personagens que marcaram as revistas da Magali. Se fizessem outra história, mostrando vilões e bruxas que marcaram já iria melhorar. Ficou parecendo que tudo foi feito às pressas, só por causa da obrigação de ter uma edição especial com a Magali. Uma pena. Magali merecia uma edição comemorativa muito melhor.
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Créditos ;) Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2015/01/magali-500-edicao-nada-especial.html

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