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| Capa de 'Chico Bento Nº 188' (Ed. Globo, 1994) |
Em março de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "Aluno-Problema" em que um aluno novo chega na escola, aprontando muito com a Professora Marocas e sendo pior que o Chico Bento. Com 13 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 188' (Ed. Globo, 1994).
Os alunos chegam na sala de aula desejando bom dia para Professora Marocas e lhe dando uma maçã. Chico Bento chega com uma sacola de compras, dá uma maçã para ela e diz que a sacola são coisinhas que vai precisar para a aula de hoje.
Marocas fala que terão chamada oral de Matemática. Faz a primeira pergunta para Luisinha, que acerta. Depois, faz um problema para o Chico, que, para responder, tira as frutas da sacola até encontrar as laranjas, tira três mais duas, chupa uma, como dizia o problema, e dá a resposta que ficam 4 laranjas. Marocas fala que assim não pode, quer que ele raciocine e não só contar as laranjas, quando ela escorrega nas frutas, cai no chão e põe o Chico de castigo no canto da sala, dizendo que ele é um aluno-problema e está para ver outro igual.
Em seguida, aparece o Diretor trazendo o Fulvinho, novo aluno que foi expulso da outra escola de Rio Seco do Norte e que é um aluno-problema. Marocas diz que não é para se preocupar, depois de dar aula para o Chico Bento, qualquer aluno-problema é refresco. Diretor vai embora com um cartaz de que é idiota nas costas, a turma ri e Fulvinho fala para Marocas que não pode provar nada contra ele como autor do de colar o cartaz.
Fulvinho senta, Marocas acha que parece não ser tão problemático e quando vira as costas, tem um cartaz "Magrela ridícula" e a turma dá gargalhada. Marocas diz que é mais uma das gracinhas do Fulvinho, que diz que não pode provar nada contra ele. Marocas diz que não está zangada, que eles podem se dar muito bem e ele diz que duvida, a chamando de girafa de quatro-olhos.
Depois, Marocas manda copiarem texto da lousa e Fulvinho faz um som alto e se faz de anjinho. Marocas vira as costas e ele faz o som de novo. Ela quer saber o que significa isso, Fulvinho diz que deve ser um mosquito e ela fala que se ouvir de novo esse mosquito, vai ficar realmente zangada. Fulvinho faz o som de novo, e finge que matou o mosquito.
Marocas o acha espertinho e resolve fazer um problema de Matemática para ver se ele sabe a lição de quantas melancias vai ficar e ele responde que com dor de barriga. Marocas pergunta se acha que ele vai passar de ano desse jeito e ele responde que sim porque se fizer repetir, vai ter que aturá-lo por mais um ano.
Em seguida, Fulvinho taca uma bolinha de papel na professora. Ele diz que veio da janela, de um cara que falou que ela é velha, feia e com perna seca. Marocas tira o Chico do castigo e põe o Fulvinho no lugar. Enquanto ela tenta dar aula, Fulvinho faz caretas e a turma dá gargalhada, menos o Chico, e finge que está quieto quando Marocas olha para ele. Depois, desenha uma bruxa no quadro e finge que não fez.
Marocas avisa que se não se comportar, vai para diretoria. Depois, Fulvinho joga uma lagartixa de brinquedo, dizendo que é um bicho, assustando a professora. Turma toda dar gargalhada e Chico dá bronca neles, mandando parar, que sempre respeitaram a professora e agora rindo das palhaçadas do Fulvinho, dando força para ele continuar.
Fulvinho chama Chico de bobão e puxa-saco. Chico fala que bobão é ele que se acha gostosão e nunca vai aprender nada, que ele pode ser um burro, mas quer aprender e não ficar dando risada feito um bocó de mola, ainda mais com uma professora tão batuta e que se a turma não derem corda, ele vai ficar caladinho. Fulvinho debocha dizendo que o caipira está defendendo a coroa quatro-olhos e ninguém ri. Depois, comenta que vão dar bola para um caipira que nem sabe falar "dereito". Ninguém dá atenção e finalmente Marocas pode dar aula.
Dias depois, o Diretor parabeniza a Marocas por Fulvinho andar mais controlado e ter feito progresso. Marocas diz que alguém achou a solução para ela lidar com o aluno-problema. Marocas vai dar aula, chama o Chico dando um problema de que tem nenhum doce, ganha uma porção e com quantos fica. Chico não sabe, e ela joga uma sacola de balas nele, mandando contar, tudo dele como presente, o beija e diz que ele é o melhor aluno-problema que ela pode ter.
História legal em que a Professora Marocas achava o Chico Bento um aluno-problema, que não queria nada com estudos, até quando chega um novo aluno na escola, o Fulvinho, e ela descobre que era pior que o Chico. Fulvinho não deixou professora dar aula nem quando ficou de castigo e precisou o Chico intervir com a turma parar de rir das coisas do Fulvinho para que ele parasse de aprontar.
O Chico nem era tão problemático, só queria esperteza para responder as perguntas de Matemática que não sabia, mas em nenhum momento xingou ou desrespeitou a professora, diferente do Fulvinho. Se não fosse o Chico, ele continuaria zoando até ser expulso de novo da escola. Os outros alunos também mereciam uma punição enquanto estavam rindo da professora, principalmente o loirinho, que foi quem mais riu, estavam desrespeitando a professora da mesma forma.
Mostrou que Fulvinho era assim porque os outros riam e davam ibope para ele. Bastou ninguém dar corda que parou com as brincadeiras e deixou de ser aluno-problema. Serve para pessoas que sofrem bullying, que não é para ligar e não dar corda, que eles param de zoar.
Foi engraçado o Chico com sacola e querer resolver problemas demonstrando com as frutas, a queda da Marocas, as piadas do Fulvinho, como a do mosquito, a dor de barriga e o susto com a lagartixa. Interessante a rapidez do Fulvinho colar os cartazes nas costas do diretor e da professora sem ninguém ver e marcou a frase "Não pode provar nada contra mim", quando ele queria desviar das coisas que tinha feito, claro que, sem dúvida, era ele quem fazia e tinham como provar.
Da turma fixa do Chico, dessa vez só o Zé da Roça como conhecido nos alunos da escola estudando com o Chico, os outros só figurantes. O diretor da escola as vezes aparecia nas histórias só que com traços e personalidades diferentes a cada história, dependendo como pede o roteiro. Fulvinho só apareceu nessa, como de costume de personagens secundários criados para história única. Curioso que com tantos alunos na sala, teve nenhum aluno negro, o que era bem comum na época, esqueciam de desenharem personagens negros, hoje já ficam mais atentos nisso, colocando mais negros nas histórias com muitos personagens reunidos.
O castigo que a Professora Marocas deu ao Chico e ao Fulvinho de deixarem virados de costas no canto da sala nunca seria aceito hoje em dia, essa medida é desaprovada nas escolas da vida real e, consequentemente, essa história é impublicável hoje. Também achariam errado um aluno abusado, desrespeitar professora e fazer bullying com ela e com o Chico e a palavra "idiota" é proibida nos gibis atuais. Os traços ficaram muito caprichados, eram ótimos desenhos assim. De erro teve que esqueceram de pintar de branco o lado esquerdo do óculos da Marocas na página 14 da história. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
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