quinta-feira, 30 de julho de 2020

Arquivos Turma da Mônica N°858 - Cebolinha: "Uma história no futuro"

Compartilho uma história em que Cebolinha e Cascão foram parar no futuro ao entrarem em uma máquina do tempo e se depararam com a triste situação ambiental que se encontrava a Terra. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 141' (Ed. Abril, 1984).

É apresentado o planeta Terra no ano de 2084 como um lugar cinzento, esfumaçado e poluído e mostra o laboratório do Doutor Vandoido, um cientista inteligentérrimo do século XXI. Ele comenta com o seu assistente Tortus que terminou de criar o seu maior invento, a máquina do tempo, era só baixar a chave e a cápsula do tempo os levam para a época que quiser. O assistente Tortus abaixa a chave e acaba a máquina sumindo. Vandoido reclama que tinha que ter o esperado ter entrado na máquina para acionar a chave e agora tem que recarregar os geradores para trazer a máquina de volta e ele nao sabe em qual época foi parar.
A nave vai parar em 1984, bem ao lado de Cebolinha e Cascão, que estavam jogando bolinha de gude. Eles estranham a nave surgir do nada e entram de curiosidade. Cascão aperta uns botõezinhos da nave e eles acabam parando no ano 2084, de quando a nave foi criada. Eles veem tudo diferente e pensam que foram parar em outro planeta como Marte  e acham tudo feio. Um habitante fala que lá é o planeta Terra. Cebolinha diz que eles moram lá, tem árvores, plantas, passarinhos e o céu é azulzinho. O habitante diz que a Terra foi assim, mas isso é coisa do passado e ele diz que estão em 2084. 
Cascão acha que a folhinha do homem está adiantada e Cebolinha deduz que entraram em uma máquina do tempo. Cebolinha pergunta onde estão as árvores, os pássaros, os peixes e os rios. O homem responde que árvores foram derrubadas para construírem mais prédios, pássaros não aguentaram a fumaça preta, os rios foram canalizados e os peixes extintos há muito tempo. Cascão diz que dos rios não sente falta e o homem fala que seria uma boa se pudessem voltar atrás e mostrar para todos como  o mundo ficou por causa do desrespeito à natureza. 
Cebolinha diz que se soubessem guiar a nave poderiam voltar para casa. Só que nesse momento percebe que a nave foi levada enquanto conversavam. Logo veem que foram o cientista Vandoido e o assistente Tortus que levaram e vão atrás. Quando Vandoido está prestes a testar a máquina do tempo, cebolinha e Cascão surgem e entram nela. Vandoido pergunta por que invadiram a nave dele. Ao falar para saírem lá, Tortus aciona a chave e Cebolinha e Cascão somem. Vandoido fica uma fera que não o deixou entrar de novo e nunca saberá se a máquina funciona. O habitante fala que quem sabe os garotos conseguem mudar o presente deles.
Cebolinha e Cascão voltam para 1984 e ficam contentes em ver tudo ao normal, com árvores, pássaros, céu azulzinho e cascão fica até contente de ver o riacho. Cebolinha comenta com cascão que eles têm que juntar a turma e os leitores, contar toda a história para eles e lutar para que não acabem com a natureza. No final, é mostrada a Terra de 2084, cheia de árvores, pássaros, rios e progressos, concluindo, assim, que Cebolinha e cascão conseguiram a missão de modificar o futuro com ações contra desmatamento e poluição. Conseguiram modificar o futuro e o planeta Terra agradece.
Uma história sensacional e com bonita mensagem, envolvendo máquina do tempo e conscientização dos problemas ambientais do planeta Terra. O cientista teve problemas de entrar na sua máquina do tempo, mas acabou servindo para que Cebolinha e Cascão, que viveram 100 anos antes, conseguissem mudar o presente deles com conscientização da sociedade para não derrubarem árvores e não acabarem com os rios. As atitudes do passado conseguiram reverter o futuro.

Incrível como continua um tema tão atual, desde aquela época já tinham problemas ambientais na Terra e se nada for feito para combater e continuar o desrespeito ao meio ambiente, acontecerá algo bem parecido como aconteceu nessa história daqui a 100 anos. Hoje muitos não estão nem aí para o meio ambiente, fazem desmatamento, poluem rios, matam animais, tudo em nome de progresso, para ganhar mais dinheiro, aumentar economia, daqui uns anos o equilíbrio ecológico será totalmente prejudicado sem ter como reverter e todos vão se lamentar pelo passado. Assim, a história serve para refletir e tentar mudar alguma coisa nas atitudes contra o meio ambiente antes que seja tarde demais.

Dava tranquilamente para encaixar essa história com o Chico Bento ou Papa-Capim, mas preferiram Cebolinha e Cascão para diferenciar. Nota-se também que não era só Franjinha que inventava máquinas do tempo, qualquer um podia conforme melhor para o roteiro. Bem criativo e engraçados os nomes do Vandoido e Tortus, eles caprichavam nos nomes de personagens secundários. Como de costume em personagens assim, eles apareceram só nessa história. Curioso que o filme "De volta para o futuro" não havia sido criado ainda, foi só em 1985, mas essa história teve uma pegada de tema do filme, só que com foco aos problemas ambientais.

Interessante como gostavam de retratar o futuro como nos desenhos "Os Jetsons", sempre era desse estilo, com transportes voadores, roupas que permitem voar e prédios futurísticos, pessoas voando. Quando a gente estiver em 2084 ou além disso não será assim desse jeito. Essa, então, era a visão deles de como seria o mundo no aspecto visual depois de 100 anos, hoje cada um pode também imaginar como será o mundo em 2084 ou até mesmo no ano 2120. 

Os traços ficaram muito bons, quase igual aos traços consagrados dos anos 1980, dessa vez o cabelo do Cascão ficou bem visível que tinha arte-final de impressão digital do Sergio Graciano. Algumas vezes eram bem mais nítidos o efeito. Hoje até dariam para fazer história com esse tema, só mudariam quando o Doutor Vandoido chamou o Tortus de burro por ser ofensa.  As imagens eu tirei do 'Almanaque do Cebolinha Nº 21' (Ed. Globo, 1993). 

Nota-se que não alteraram anos originais, poderiam adaptar para 1993 se quisessem, mas nem isso eles mudavam. Depois, ainda mesmo na Globo, costumavam alterar anos de histórias originais em almanaques para pensarem que era história atual, principalmente em almanaques com histórias de Ano Novo. E isso continua mais forte na Panini.

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