terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ria...Se Puder N°574!

Réveillon no Barco

Ivende Seugalo canta - Festa!

Desenho:Mickey,Donald e Pateta-Os Bombeiros!

Charge-N°1724!

Xorãozinho e Jandy - Imortal!

Charge-N°1723!

Ria...Se Puder N°573!

por ARIONAURO - www.arionauro.com.br

Charge-N°1722!

HQs:Mônica-Mauricio de Souza!

Charge-N°1721!

Os 10 melhores álbuns de 2008!

O ano está terminando e, com isso, é chegada a hora da redação eleger os melhores da música em 2008. Para fechar os nossos nomeados, levamos em conta alguns preceitos, como criatividade, execução e qualidade da gravação, no caso dos álbuns.

Os termos são pra lá de vagos, logicamente, e é por isso que deixamos claro que, quando se trata de arte, não existem autoridades máximas. As obras abaixo-relacionadas representam os cenários que o Skol Beats tem acompanhado nos últimos dois anos: dance music, eletrônica, pop, rock, experimental e alternativo - outra nomenclatura nebulosa nos dias de hoje, mas você sabe do que estamos falando.

Muitos gêneros consagrados da pista ficaram de fora, mesmo tendo dado luz a inúmeros lançamentos bacanas. É que uma das notas de corte mais importantes da nossa avaliação leva em conta o ineditismo, ou seja, a qualidade de fazer música à frente de seu tempo, ou que sublinhe a urgência e a energia da efervescente cultura multifacetada do pós-tudo em que vivemos.

O álbum que encabeça nossa lista, In Ghost Colours, é de fato uma das produções mais sintomáticas do ano. O Cut Copy (no destaque) deu, afinal, uma estética coerente a tags perdidas como disco-punk, electro-house e new rave.

Numa cultura que se tornou um embaraço de opções, com dezenas de releituras e updates do passado pululando pelos (novos) meios, não é fácil ter certeza que a qualidade venceu. Porém, ao mesmo tempo em que é afrontado com vulgaridades pasteurizadas, o ouvinte, em 2008, pôde tomar contato com a fantástica musicalidade do Hercules and Love Affair (foto menor), com a consistência do segundo do Gnarls Barkley, o renascimento do Portishead, mais intenso do que nunca, a vertiginosa colagem sonora do Girl Talk, o liquidificador de elementos de Beck novamente fazendo efeito, a tempestade alegórica do TV on the Radio, o amálgama dance-indie-pop-disco do Friendly Fires, a maturidade introspectiva e maravilhosamente despretensiosa da sueca Lykke Li - ainda que o tema sejam as novelas da juventude - e o delicioso post-punk, divertido new wave revival da dupla The Ting Tings.

Todos os discos elencados foram resenhados pela equipe, para ler, clique no título da obra ou na coluna ao lado.

1. Cut Copy;
In Ghost Colours
2. Hercules and Love Affair; Hercules and Love Affair
3. Gnarls Barkley; The Odd Couple
4. Portishead; Third
5. Girl Talk; Feed the Animals
6. Beck; Modern Guilty
7. TV on the Radio; Dear Science
8. Friendly Fires;
Friendly Fires
9. Lykke Li; Youth Novels
10. The Ting Tings; We Started Nothing

Charge-N°1720!

Ria...Se Puder N°572!

Muita Cana

Charge-N°1719!

Tobby entrevista - Pití!

Charge-N°1718!

Tiras N° 289:O Menino Maluquinho-Ziraldo!

Ria...Se Puder N°571!

Uma boa ideia

Receita pra enlouquecer fãs!

clic na imagem pra ampliar

Charge-N°1717!

HQs:Chico Bento-Mauricio de Sousa!

Charge-N°1716!

Cotidiano - Na balada com Madonna!

Charge-N°1715!

Ria...Se Puder N°570!

Charge-N°1714!

Desenho:O Natal do Donald!

Charge-N°1713!

Ria...Se Puder N°569!

A Volta do Bêbado

Charge-N°1712!

HQs:Magali-Mauricio de Sousa!

Charge-N°1711!

Ria...Se Puder N°568!

Previsões para o Réveillon!

Desenho:A Árvore de Natal de Pluto!

Charge-N°1710!

Ria...Se Puder N°567!

Terror no Réveillon!

Charge-N°1709!

Desenho:Mickey Maestro!

Charge-N°1708!

Especial NX Zero-Os escoteiros do rock!

Como o politicamente correto NX Zero se tornou a maior banda brasileira. E a mais comportada
FAVORITOS
O guitarrista Gee e o vocalista Diego produzem o frenesi coletivo de milhares de fãs do NX Zero em Campinas, no interior paulista
O rock pode ter virado uma coleção de idéias preconcebidas, atitudes emprestadas e gestos batidos. Ainda é nele que parte da juventude se refugia para dar vazão à rebeldia. Mas foi-se o tempo em que a “atitude” de uma banda de rock era medida pelo número de encrencas que seus músicos arranjavam. A prova de que o bom mocismo foi incorporado ao rock nacional está no grupo de maior sucesso de hoje, o NX Zero. O vocalista Diego José Ferrero, o Di (de 23 anos), o baterista Daniel Weksler, o Dani (de 22), o baixista Conrado Lancerotti Grandino (de 22) e os guitarristas Filipe Duarte Pereira, o Fi (de 21), e Leandro Franco da Rocha, o Gee (de 21), são cinco jovens educados de classe média. Não fumam, bebem pouco e detestam confusão. “Não fazemos pose de mau”, diz Conrado dentro de um camarim simples e organizado antes de um show em São José dos Campos, São Paulo.
“Temos de respeitar quem trabalha para deixar tudo isso arrumado para a gente”, afirma Conrado. Há alguma rebeldia domesticada, conservada em tatuagens espalhadas pelo corpo, cabelos desgrenhados e ensebados e roupas cuidadosamente largadas. “Damos pouca atenção ao visual. Nada é planejado, tudo é espontâneo”, diz o vocalista Di. “A gente não tenta passar alguma coisa definida.” Isso explica o nome do grupo. NX Zero vem de Nexo Zero, que quer dizer exatamente isso: nada. “A idéia era ter um nome em português sem nenhum significado”, afirma Di.
Os garotos do NX Zero adoram esporte, churrasco e pizza. E não são baladeiros. “A gente viaja tanto que quando paramos preferimos ficar com nossas famílias”, diz o baterista Daniel, que mora com a também roqueira Pitty. Dos cinco, o único solteiro é, justamente, o mais cobiçado da banda, o vocalista Di. “A gente é meio nerd, caseiro mesmo”, diz Fi enquanto segura um PlayStation portátil. “Terminamos o GTA (um game famoso) várias vezes e gostamos de jogar Elifoot”, afirma Gee com o notebook ligado no simulador de partidas de futebol. “Eles falam a língua da molecada de até 15 anos”, diz o produtor Rick Bonadio, responsável por alguns sucessos do rock nacional. “Representam a coragem de assumir os sentimentos, ser sensível com atitude e sem preconceitos.” Realmente, não existem barreiras ideológicas nem estéticas para o grupo. De pocket shows em ONGs a rodeios gigantes como o de Jaguariúna, o NX Zero, ultimamente, está em todas. “A gente toca em programas populares mesmo”, afirma Di. “Só quem tem síndrome de underground reclama, porque isso abre um p... espaço.” Terreno estrategicamente cavoucado para ser ocupado pelo grupo desde o começo, há oito anos. “No primeiro CD independente, Diálogo, eram só Leandro, Daniel e Filipe”, diz o empresário Angelo Casarin, de 32 anos. “Pouco antes de gravar o CD, Leandro trouxe o Diego, e o Conrado entrou mais tarde.” “Colocamos nossas músicas na internet e caímos na estrada para fazer shows”, afirma Gee. “A gente dormia na van e mal tinha dinheiro para o hotel.” Para chegar ao cachê atual de R$ 70 mil, os integrantes da banda contaram com a ajuda de uma “tropa de elite” conhecida na música como street team: ardorosos fãs engajados na promoção de um artista. “Esses fãs são radicais, faziam um trabalho insano”, diz Daniel. “Quando a gente não era conhecido, eles ligavam no Disk MTV (programa com o top 10 dos vídeos mais pedidos pelos espectadores) e nas rádios para pedir nossas músicas.” A dedicação dos fãs é retribuída com ardor. Uma hora antes de cada show, eles se reúnem numa saleta para autografar fotos e camisetas da legião de jovens organizados em fila indiana à espera da atenção dos ídolos. “Isso não pode virar só rotina de show, não podemos deixar de nos comover com isso”, diz Conrado.
Foi o “círculo virtuoso” entre o grupo e seus fãs que converteu o NX Zero no fenômeno atual. Além, claro, da forcinha de uma grande gravadora. Há dois anos o grupo foi descoberto por Rick Bonadio num show do Hangar 110, conhecida casa de rock alternativo no centro de São Paulo. Responsável pelo selo Arsenal, braço da gravadora Universal, Bonadio sentiu o cheiro do sucesso. “O Diego tem um carisma inigualável. O show deles tem uma energia que vi poucas vezes.” Tamanha “energia” deriva diretamente da descarga de decibéis gerada pelo grito de milhares de adolescentes – a maioria meninas entre 10 e 16 anos –, que atiram ao palco todo tipo de objeto. Um dos técnicos de som, aliás, é responsável por recolher as bugigangas que vão de cartazes quilométricos com declarações de amor a calcinhas. O frenesi adolescente pode ser explicado não apenas pela produção hormonal das fãs. Os rapazes do NX Zero representam com perfeição os anseios e o comportamento de pré-adolescentes e adolescentes seguidores de uma espécie de filosofia do bem. Sem rebeldia, sem gritos de protestos, sem ódio. Um ideário que acerta em cheio os gostos da tribo de garotos e garotas sensíveis e melancólicos. É o público cativo do hardcore melódico de família, feito por garotos de família, que começa a moldar a cara do novo rock brasileiro. Ainda que contra o gosto de alguns.
CENAS DO NX ZERO
O guitarrista Fi mostra suas tatuagens antes de entrar na van com os integrantes do NX Zero rumo aos shows no interior paulista; o assédio das fãs antes e depois dos shows; flagrantes das apresentações do grupo em Campinas e São José dos Campos. Na volta para São Paulo, o guitarrista Gee se distrai jogando Elifoot em seu notebook.