sábado, 17 de julho de 2021

Arquivos Turma da Mônica N°961 - Chico Bento Nº 5 - Panini (Chico Bento 60 Anos)


Chico Bento completa 60 anos agora em 2021 e para comemorar a sua edição "Nº 5" da 3ª série tem história especial com a data histórica. Comprei essa edição e mostro como foi.

Chico Bento foi criado em 1961, inicialmente como coadjuvante nas tiras de jornais de Hiroshi e Zezinho (que mais tarde seriam chamados de Hiro e Zé da Roça, respectivamente) e como o pessoal gostou tanto do Chico que não demorou muito para ser o protagonista do núcleo rural. Apesar de ter sido criado em 1961 em esboço, a sua primeira aparição nessas tirinhas de jornais foi apenas em 13 de fevereiro de 1963 no jornal "Diário da Noite".

Primeira tirinha com o Chico Bento (1963)

Chico Bento foi inspirado na vida da roça do Mauricio na infância, tudo que ele presenciou, retratava nas tiras e histórias. O nome veio do seu tio-avô. Ele era extremamente matuto do interior até os anos 1970 e característica maior era ser lerdo e se irritar fácil com as coisas. Nessa fase tinha histórias solo nas revistas da Mônica e Cebolinha.

Com o tempo o Chico foi criando uma personalidade própria, ficando mais firme quando foi criado o seu gibi pela Editora Abril.  Ele passou a ter mais facetas como ser preguiçoso, ser teimoso, não gostar de estudar, aprontar com o Nhô Lau, ser ciumento com a Rosinha, lerdo ao visitar o seu primo Zeca na cidade, preservar o meio ambiente, ser amigos dos animais, ter coração puro para perdoar as coisas e transmitir boa mensagem no seu estilo simples, etc.

Primeira história do Chico Bento (1964)

Sem dúvida o que marcou mesmo o personagem e deixou tão querido foi sua simplicidade. É considerado o personagem mais humanizado do Mauricio, em todos os subnúcleos ele apresenta um jeito diferente. Hoje em dia por causa do politicamente correto, atenuaram muitas coisas, descaracterizando o personagem, mas não deixa de ser grande personagem assim mesmo. Chico ganhou revista própria em 1982 pela Editora Abril (114 edições), passando pelas Editoras Globo (467 edições) e Panini (100 + 70 + 5 edições), onde está hoje, totalizando 756 edições até agora, somando as 3 editoras. 

Para comemorar os 60 anos do Chico, foi criada, então, essa história especial de 'Chico Bento Nº 5', de julho de 2021. A data não podia passar em branco, porém até agora está mais modesta de quando o Cebolinha completou 60 Anos em outubro de 2020. Só naquele mês, ele teve história especial na sua revista, livro especial em capa dura, 'Almanaque Temático' só com histórias de aniversário do Cebolinha, um livro especial de Dia das Bruxas e até um 'Almanacão Turma da Mônica' só com histórias do Cebolinha teve. Já as comemorações do Chico até agora foi só essa história do seu gibi mensal, nem 'Almanaque Temático' de aniversário dele teve e nem o livro "Chico Bento 60 Anos" foi lançado junto. Devem lançar pelo menos esse livro ainda esse ano, mas, sem dúvida, percebe-se que sempre dão mais destaque a dupla Mônica e Cebolinha do que os outros.

Evolução de traços do Chico Bento

Sobre a mensal desse mês, custa R$ 7,90 e segue com formato canoa, 84 páginas e tamanho convencional, com 9 histórias, incluindo a tirinha final, mais 9 páginas de passatempos, seções de mensagens de leitores, fichas dos personagens "Turma do Mauricio" e tirinhas clássicas . A distribuição até que chegou cedo aqui nesse mês, dia 3 de julho. Estão mais rápido agora nas bancas que estão vendendo gibis, já que infelizmente muitas bancas aqui deixaram de vender gibis em definitivo.

A capa foi em referência a história de abertura, sendo mais modesta do que foi com o Cebolinha 60 Anos, mesmo assim ficou boa. E o desenho se estende na contracapa, como acontece com todas as mensais desde que reiniciaram numeração nessa 3ª série da Panini.

Capa com desenho se estendendo com a contracapa

A história de abertura "60 que lá vem história" foi escrita por Flavio Teixeira de Jesus, dividida em 3 partes e com 30 páginas no total. Ambientada em 1961, o Mauricio quer inspiração para criar um novo personagem e resolve caminhar pelo sítio que morava para buscar inspiração. No caminho, encontra com vários estilos de Chico Bento e com as conversas vai vendo referências que saíram nas revistas do Chico Bento e conseguir a sua inspiração para o novo personagem.

Cada Chico que o Mauricio encontrava tinha uma personalidade e mostrava alguma referência a histórias antigas de acordo com a personalidade mostrada. Tipo, ao encontrar o "Chico Lendário", mostrava também figuras folclóricas que apareceram nas revistas. Com o "Chico Monstrengo", foi mostrado monstros e seres que contracenaram com ele em sua trajetória, o "Chico Transformento" que se transformava em coisas, e por aí vai. Tem também facetas de personalidades do Chico como o "Chico Imbomentro", que falava mentiras e enrolava os outros, o "Chico Lento", que era a sua personalidade lerda, o "Chicodorigo Preguiçarves Bento" como o Chico preguiçoso, entre outros. Cada Chico retratado não apareceram em histórias antigas, eram só tipos de personalidades do Chico Bento que o personagem teve ao longo dos seus 60 anos. Porém, achei que ficou muito corrida a história depois de um tempo, principalmente do meio a mais para o final.

Trecho da HQ "60 que lá vem história"

Em relação a referências, tiveram bastante, como a cachoeira falante de  "Era uma vez (Sete quedas)" (CHB # 11, de 1983), Chico Minhoca (CHB # 14, de 1983), o Curupira na história "Um curupira moderno" (CHB # 56, de 1984), o Monstro da Lagoa (CHB # 74, de 1985), o Maicon Jackson, da história "Maico Jeca" (CHB # 28, de 1988), Chico abelha de "O abelhudo" (CHB # 56, de 1989), a irmã Mariana que morreu (CHB # 87, de 1990), presença do Paul McCartney, de "Pôu in Roça" (CHB # 95, de 1990), o Chico virando flor, da história "Uma flor de menino" (CHB # 114, de 1991), seres azuis do poço da história "O fundo do poço" (CHB # 133, de 1992), presença da Xuxa em "Chico na Xucha" ( CHB # 148, de 1992), personagens fantasiados iguais em "Carnaval no arraial" (CHB # 210, de 1995), Zé Lelé vestido de pimentão da festa do pimentão (CHB # 214, de 1995), Chico coelho em "Chicoelho em plena Páscoa" (CHB # 265, de 1997), crossover com a Denise em "Causando na roça" (CHB # 32, de 2009), Chico Bento menina, de "Chico ou Chica?" (CHB # 50, de 2011), presença da Rita  Lee (CHB # 57, de 2011), entre outras. A cena inicial, inclusive, foi referência á história "Chuva na roça" (CHB # 10, de 1982) e teve até a gruta que o Chico entrou em "Chico 7 anos" (CHB # 2, de 1982).  

Na gruta, inclusive, tem presença do Piteco, Capitão Feio, Astronauta, Papa-Capim, Seu Juca, Franjinha e Bidu como personagens de outros núcleos que chegaram a contracenar com o Chico Bento. No caso, Piteco foi referência à história "O que passou, passou" (CHB # 34, de 1988), Capitão Feio foi em "A batalha do século" (CHB # 69, de 1989), Astronauta foi algumas vezes, como em "O mundo acabou em mim" (CHB # 79, de 1990) e "Astronauta preocupado" (CHB #150, de 1992), Papa-Capim em "Como apresentar um trabalho" (CHB # 239, de 1996) e em "Papa-Capim encontra Chico Bento"  (MN # 140, de 1998) e Seu Juca foi em "Seu Juca vai ao campo" (CHB # 280, de 1997) e em "Os moleques da porteira" (CHB # 35, de 2009). Já Franjinha em "A hora do planeta" (CHB # 1, de 2021) e Bidu em "Uma pontinha pro Bidu" (CC # 32, de 1988).

Trecho da HQ "60 que lá vem história"

Claro que muitas coisas antigas ficaram de fora, pelo menos teve algo em todas as épocas das revistas dele. Senti falta de extraterrestres marcantes, que teve época que apareciam bastante. Até podia ter também algumas referências dos anos 1970 de quando ele não tinha revista, mas ele contracenando com figuras do folclore e bichos representam todas as épocas, pois sempre teve. E Logicamente não teve diabos e bandidos marcantes para atender o politicamente correto.

Podiam ter encaixado também Zé da Roça e Hiro durante a história, nem que fossem em aparições rápidas, mas eles não apareceram nem no final. Assim também ausência dos pais do Chico, Seu Bento e Dona Cotinha, também foi sentida, mereciam estar também. No início, o Mauricio conversa com a Vó Dita, como sendo a sua própria avó, já que a personagem foi inspirada na sua avó na vida real e, assim nada mais natural, colocar assim. Os traços não ficaram ruins, tiveram bons desenhos no geral. 

Foi boa história, apesar de as com referências antigas são repetitivas, mas Chico merecia uma assim porque nunca teve história desse tipo. Até em 'Chico Bento Nº 700' isso passou em branco e agora finalmente uma história desse tipo com ele e sem ser só com a dupla Mônica e Cebolinha. Podiam ter colocado um extra com os números das edições das referências mostradas na história ou colocar no rodapé quando apareciam porque nem todas o público vai lembrar e saber de onde tiraram tais referências.

Trecho da HQ "60 que lá vem história"

Já o resto do gibi segue o estilo normal que vem sendo, com histórias curtas misturadas com um pouco mais desenvolvidas e mais voltadas a lição de moral. Vó Dita foi o grande nome da edição, aparecendo em 3 histórias. Histórias com secundários foram com Turma da Mata e Piteco. Em "O rei que não sabia assobiar", com 6 páginas, Luís Caxeiro tenta arrumar um jeito de fazer com que o Rei Leonino aprendesse a assobiar. Já em "Missão Cumprida", Chico tenta impedir que o pessoal passe em cima da trilha das formigas até o formigueiro.

Trecho da HQ "Missão cumprida"

Em "O presente do Tio Glunc", Piteco vai em busca de um presente de aniversário para dar para o Tio Glunc, ele vai com o seu bastão  eno caminho precisa fazer salvamentos de pessoas e enfrentar alguns perigos. Foi bom ter a volta do Tio Glunc, pra quem não sabe, é o tio da Thuga que implicava com o Piteco e os planos da sobrinha se casar com ele, além de ter uma fama gananciosa, de querer dinheiro a todo custo e sonha em casar a Thuga com um pretendente rico. Essa personalidade não foi abordada nessa história, foi tudo simples para atender o politicamente correto, o Tio Glunc apareceu só no último quadrinho, mas valeu a lembrança por estar sumido há tempos.

Trecho da HQ "O presente do tio Glunc"

A revista também histórias curtas de 1 a 2 páginas com Chico Bento e com Piteco, com destaque em "Uma rosa para a Rosinha", que tem créditos da Rosinha, mas ela nem aparece, só mostra que o Chico quer pegar uma rosa da plantação da Vó Dita para dar pra Rosinha. E encerra com "A semente e o vento", em que é ambientado na época de nascimento do Chico com o seu pai, Seu Bento, tentando plantar uma semente de árvore, como era tradição na família Bento sempre que uma criança nascesse na família e quando ele ia plantar, a semente voa e o Seu Bento corre atrás para recuperá-la passando vários sufocos. A história mostra então, a origem da goiabeira do Nhô Lau, de como surgiu e por que o Chico gosta tanto da goiabeira dele.

Trecho da HQ "A semente e o vento"

Na seção "Turma do Mauricio", sempre com 2 páginas, mostra as fichas dos personagens Zé da Roça, Raposão, Seu Leocádio, Guatira e Ermitão Espacial. Já nas tiras clássicas, sempre com 4 páginas, dividindo 2 páginas com núcleos de personagens variados, tiveram 4 tiras do Chico Bento dos anos 1970 e 4 do Piteco dos anos 2000. Nas tiras do Chico deixam bem claro que a grafia usada nas tiras são originais da época, pois podem ter grafias diferentes antes do novo acordo ortográfico de 2009, fora que até os anos 1970, o Chico falava português normal, sem o caipirês que conhecemos, com raras exceções de algumas tiras dos anos 1970, que colocavam caipirês as vezes como forma de experiência. Essas tiras foram excelentes nessa nova série de gibis da Panini, bem que podiam depois de um tempo, criarem livro especial reunindo essas tirinhas que saíram nas revistas dessa terceira série da Panini.

Uma das páginas de Tiras Clássicas do Chico Bento na edição

No geral achei uma boa edição. Depois do fiasco de 'Chico Bento Nº 700' ter passado em branco foi uma boa os 60 anos do personagem ter sido lembrado. Boa ideia de retratar o Mauricio buscando inspiração para criar o Chico Bento para ser gancho para mostrarem as referências que passaram nas revistas do Chico (ou inspiração de futuras ideias para histórias nas revistas pelo contexto da história).  Achei melhor que a história do Cebolinha 60 Anos. Vale a pena ter a revista pelo valor histórico dessa de abertura, já que as outras seguem o estilo atual. Já as outras revistas do mês não comprei, aí não tem resenha. Fica a dica.

Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2021/07/chico-bento-n-5-panini-chico-bento-60-anos.html

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