sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Arquivos Turma da Mônica N°920 - Papa-Capim: HQ "Meu nome..."


Mostro uma história em que o Papa-Capim tenta descobrir porque se chama assim. Com 4 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 47' (Ed. Globo, 1988).

Papa-Capim está reunido com seus amigos e cada um conta sobre o significado de seus nomes. Pequeno Trovão diz que seus pais o chamaram assim porque no dia que nasceu chovia e trovejava muito. A Jaci se chama assim porque a Lua brilhava cheia e redonda no céu e Jaci significa Lua. Já Cafuné conta que tem esse nome porque ele gostava muito de cafunezinho da mãe quando era pequeno.

Jaci pergunta ao Papa-Capim porque tem esse nome e ele não sabe. Pequeno Trovão diz que é porque ele comia capim quando criança ou a mãe chamava: "Vem papar capim!". Brabo, Papa-Capim fala que não é nada disso e Pequeno Trovão diz que vai ver que os pais adivinharam que ele não seria um grande guerreiro senão teriam dado um nome mais valoroso. Papa-Capim fala que deviam chamar Pequeno Trovão de Piolho-Chato e vai embora para não ouvir mais desaforos.

Cafuné vai atrás e diz que Pequeno Trovão é um grande falador e não ligar pra ele. Papa-Capim diz que ele tem razão, os pais colocaram um nome bobo e sem graça e não gostam dele e pergunta por que não o chamaram de "Onça Esperta", "Flecha veloz" ou "Mandioca Cozida" e com tanto nome bonito, colocaram esse para todo mundo rir dele e começa a chorar. Cafuné fala que um nome bonito não quer dizer nada, pode provar que é valoroso e tem ideia do Papa-Capim perguntar aos pais o significado do nome dele.

Papa-Capim pergunta para a mãe porque ele tem esse nome sem significar alguma coisa como os outros indiozinhos. A mãe explica que quando nasceu, o pai dele viu vários passarinhos no campo, os "Papa-Capim". Então, ele tem nome de pássaro e que significa liberdade. Papa-Capim fica feliz em saber que não tem nada a ver em comer capim. Ele conta a novidade para os seus amigos, deixando Pequeno Trovão com raiva. Jaci acha lindo e Cafuné queria saber por que esses pássaros se chamam Papa-Capim. No final, mostra os pássaros comendo capim e conversando que está gostoso e o outro comenta que falta sal. Ou seja, os pássaros se chamam assim porque realmente comem capim.

História legal com o Papa-Capim sendo zoado por ter esse nome e pensar que é porque come capim até descobrir o real significado que era liberdade, mas os pássaros realmente tinham esse nome por comerem capim. Cada nome tem um significado importante, mas para os índios eles se preocupam em criar nomes pensando em um significado e criaram essa história baseada na cultura indígena e foi bom ver os significados dos nomes dos personagens.

O Cafuné a gente já imaginava de se chamar assim por gostar de cafuné na cabeça. Jaci é nome de Lua na cultura indígena, fica bonito em nome de índia. Já tiveram outras historias com indiazinha Jaci só que desenhada diferente a cada história e dessa vez como namorada do Papa-Capim. A Jurema é considerada atualmente como namorada oficial do Papa-Capim, mas no início ela ainda não era oficial e era comum ele aparecer namorando outras indiazinhas. O Papa-Capim foi criando e 1963, mas ele só teve histórias mais desenvolvidas nas revistas do Chico Bento a partir de 1982 e, então, em 1988 ainda era pouco tempo e ainda faziam experiências com o estilo de suas histórias.

O pai do Papa-Capim não apareceu nessa história, era raro aparecer na fase clássica, atualmente colocaram que é o pai dele é o Cacique da aldeia. Foi bom ver o Pequeno Trovão zoando o Papa-Capim. Ele só apareceu nessa história, mas podiam ter continuado como um antagonista fixo ao Papa-Capim, teria potencial. 

Os traços ficaram muito bonitos, principalmente os desenhos da selva, como sempre caprichavam bem nisso. Deu para notar que no primeiro quadrinho tinha uma indiazinha na roda de amigos, mas que nem deu seu depoimento de nome e ainda sumiu no resto da história. Era normal acontecer de personagens aparecerem no início e sumirem no decorrer da  história, uma que exemplificou bem foi a "Vai provar ou não?" (MN # 168 - Ed. Abril, 1984) em que a Magali e alguns meninos sumiram durante a história. Quem sabe era falta de atenção do roteirista já que o personagem não tinha importância na trama, mas nada que isso  tirasse o mérito das histórias, eram boas assim mesmo.

Créditos ;)  Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2021/02/papa-capim-hq-meu-nome.html

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