sexta-feira, 15 de maio de 2009

Por que o papel resiste tanto, apesar dos Kindles da vida!

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A Amazon está gerando um tremendo auê com o lançamento de um novo Kindle para ler jornais. Sem dúvida, um aparelho com memória para vários livros, revistas e jornais na mala de viagem é uma comodidade. Inclusive quando você ainda pode baixar mais leitura pela internet instantaneamente.

Mas ainda não sei se isso realmente substitui totalmente a experiência de ler em papel. Os eletrônicos maravilhosos ainda devem algumas coisas em relação à praticidade das revistas e jornais.

Imagine o seguinte. Pego meu avião para uma longa viagem internacional com uma revista na mão. Chego a minha poltrona e, enquanto ajeito a bagagem de mão no compartimento adequado, a revista escapa dos meus dedos, e cai no chão.

a) Não tem problema. O papel não quebra

Peço um suco de laranja ao serviço de bordo. Só que o avião passa por uma zona de turbulência e o líquido derrama nas páginas que estou lendo.

b) Tudo bem. É só um pouco de papel molhado. Vai secar.

Depois de algumas horas de vôo e uns sucos de laranja, preciso resolver umas necessidades naturais. Quando estou no banheiro, lembro que deixei a revista largada no assento da poltrona.

c) E daí? Quem vai roubar uma revista?

Finalmente, o vôo está quase acabando. Faz muita horas que saí do último hotel.

d) Ainda bem que a revista não precisa de pilha ou bateria carregada para funcionar.

O avião pousou. Não agüento mais ficar dentro dele. Como todos os impacientes, me espremo na fila para desembarcar rápido. Chegando na sala com as esteiras de bagagem, lembro que esqueci a revista lá no avião.

e) Não faz mal. Eu já tinha lido tudo que me interessava. Depois compro outra, baratinho.

Essa história pode soar feia vinda de um editor de tecnologia. O que fazer? Não tenho dúvida que, cedo ou tarde, algum aparelho eletrônico vai oferecer comodidades semelhantes. Enquanto isso, acho que ainda vou carregar meus livros e revistas em papel.

(Alexandre Mansur)

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