Dia 21 de junho começa o inverno no Brasil, então em homenagem à estação, mostro uma história em que o Piteco sofreu no inverno rigoroso em Lem dando até vontade de se casar com a Thuga. Com 8 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 79' (Ed. Globo, 1993).
Capa de 'Mônica Nº 79' (Ed. Globo, 1993) |
Começa com o Piteco está dando fora na Thuga, mais uma vez querendo se casar com ele. Piteco fala que não vai casar com ela e com ninguém, Thuga diz que eles têm muita coisa em comum e ele responde que só se for local de nascimento. Ela diz que foram feitos um para o outro e Piteco corrige que um para atazanar a vida do outro.
Piteco vai embora, no caminho encontra Bolota, que pergunta porque estava resmungando, e Piteco responde que a Thuga não larga do pé dele. Bolota pensava que era alguma novidade e conta que ele está pegando gravetos para se preparar para o inverno, já tinha ventinho soprando das montanhas e os sábios disseram que será um dos mais rigorosos que tiveram. Piteco não estava lembrando e começa a se preparar com bastante caças, frutas, água e gravetos.
Assim que termina o serviço, chega o inverno para valer. Mesmo agasalhado e com fogueira, sente muito frio e se pergunta se o inverno vai demorar para passar. Ele olha a Thuga olhando para a caverna dele, Thuga volta para a sua caverna e Piteco comenta que está livre dela, por enquanto e que se casasse com ela, a vida seria um inferno. Só que é só da boca para fora porque no seu pensamento, imagina os dois juntos de mãos dadas e bem aquecidos no inverno.
Piteco imagina Thuga preparando caldinho quente para aquecer enquanto come sozinho, lhe fazendo companhia jogando lascas juntos quando está sozinho sem fazer nada e dormindo juntinhos enquanto sente frio deitado. Não consegue dormir e fala que tem que resistir que o inverno vai passar logo.
Passam-se os dias, Piteco mais nervoso e ainda ouve um casal na cama com marido falando que é para esposa aquecê-lo no inverno, dando mais vontade ao Piteco. Ele ainda lembra a frase da Thuga que foram feitos um para o outro e se imagina eles casando, não resiste e sai correndo à caverna da Thuga para dizer que se casa com ela. Só que nesse momento o Sol aparece, terminando o inverno e com o calor dá desculpa que a chamou para avisar que o Sol voltou.
Piteco fica feliz que a Primavera o salvou. Bolota comenta que foi bom a Primavera ter chegado, estação do renascimento, do recomeço, das flores e do amor. Então, Piteco também começa a sentir sintomas de paixão e fala que na Primavera também deixa com ideias perigosas de casamento ao ver a Thuga passando.
História legal com Piteco tendo ideias de se casar com Thuga porque não aguentava a friagem e a solidão no inverno. Nunca quis saber de casamento, mas com a situação que estava vivendo e percebeu que uma vida de casal seria melhor no inverno. Se livrou momentaneamente quando surgiu a Primavera, mas logo se contagiou de novo no final com o amor da Primavera. Prova que Piteco gostava da Thuga, só não queria saber de casamento, tanto que considera que casamento era perigoso na sua visão.
Pode notar que foi praticamente um monólogo com Piteco, era bom quando os personagens falavam sozinhos com eles mesmos a história toda que nem malucos. Como ele estava sozinho em casa, era o jeito falar sozinho. Ficou engraçado, como gosto de dizer, os grandes personagens conseguem fazer graça sozinhos.
A história quis mostrar como era civilização antiga que estocava comida e ficava em casa em isolamento durante todo o inverno rigoroso. Só que adaptada o povo pré-histórico com a vida moderna atual, tipo como o desenho "Os Flintstones". Na Pré-História não tinha nada de agasalhos, cobertas e fogo a ponto de morrerem com inverno rigoroso. Quando o marido fala para a esposa que quer que aqueça neste inverno, é uma referência á música "Quero que tudo vá pro inferno", do Roberto Carlos.
Não considero impublicável, ganha ponto do público do politicamente correto que dessa vez a Thuga não ficou tempo todo atrás do Piteco. É que atualmente, a Thuga não corre mais atrás do Piteco insistentemente nem fazer planos para se casar com ele, tirando toda a essência dos personagens. Porém, teria alteração na parte que ele fala expressão "minha vida seria um inferno" já que a palavra "inferno" está proibida atualmente nas revistas.
Os traços excelentes, típicos dos anos 1990, era muito bom ver desenhos assim. Interessante as cavernas com vários andares foram retratadas como apartamentos e condomínios. Dependendo do roteirista ou do estilo da história, as cavernas eram mostradas assim, mas o mais comum era cada um em uma caverna no chão.
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