Vimos que o Souza dormia tranquilamente e a esposa, com insônia, o acorda, falando que não consegue dormir porque está morta de preocupação. Ela gastou todo o dinheiro que o marido tinha dado para ela pagar a feira e as contas da luz, água e gás e ainda falta pagar açougueiro, armazém e dentista. Souza diz que quem deve se preocupar com isso é ele e então no final, a situação se inverte, a esposa dorme tranquilamente e é o Souza que não dorme preocupado.
Humor bem inteligente com o que acontece na vida real. Souza com uma mulher gastadeira, em vez de pagar as contas, ela gasta com supérfluos e acaba dando endividamento para o marido. Antes, ele próprio tivesse pago tudo, aí nada disso tinha acontecido.
A esposa foi bem sacana também de acordar o marido de madrugada por não estar conseguindo dormir, podia contar para ele só no dia seguinte, e ela ainda se dá bem, o Souza nem dá bronca nela e na certa fará outras vezes se ele voltar a dar dinheiro a ela para pagar as contas.
Histórias com "Os Souza" sempre eram envolvendo cotidiano de família sem filhos, tudo que podia acontecer na vida de casados e, consequentemente, não podia faltar piadas com inflação e economia, retratar que mulher gasta demais a custa do marido, como foi nesse tabloide. Incorreta hoje por envolver problemas de adultos, economia, feminismo, machismo em gibis infantis, nada apropriado para crianças, se fosse hoje Os Souza não teriam vez de histórias em gibis, no máximo só tiras de jornais e olhe lá.
Os traços muito bem caprichados e detalhados que davam gosto de ver. Teve um erro de colorização no penúltimo quadrinho esquecendo de pintar parte do braço da esposa abraçando o marido, parecendo que a camisola tinha manga branca naquele quadrinho, além da cabeceira da cama aparecer branca em vez de marrom e cômoda no lado esquerdo da cama ter puxador e mais detalhes no início e depois aparecer toda lisa no final. Tipo de erro bem comum nas Editoras Abril e Globo, mas que nada tire encanto da história.
Inicialmente esse núcleo surgiu em tiras de jornais a partir de 1968, mas depois tiveram histórias simples e até desenvolvidas em gibis da Mônica e Cebolinha nos anos 1970 e 1980. Os personagens não tinham nomes, eram chamados só de "Souza". Apesar do Mano, irmão folgado e mulherengo do moreno casado, mas só era chamado de Mano pelo irmão, perante os outros ele era chamado de Souza também.
A grafia original era com "Z", sendo que atualmente mudaram grafia para "Sousa", como visto nos pockets da Editora L&PM, provavelmente para ficar igual a grafia do Mauricio de Sousa. Mais detalhes deste núcleo, pode ver AQUI. A seguir mostro o tabloide na íntegra:
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