Capa de 'Pelezinho Nº 52' (Ed. Abril, 1981) |
No último dia 29 de dezembro de 2022 morreu o Edson Arantes do Nascimento, o grande jogador de futebol Pelé. Em homenagem ao Pelé, mostro uma história do Pelezinho em que ele discute com o Frangão quem vai buscar a bola que ele perdeu durante a partida de futebol. Com 4 páginas, foi publicada em 'Pelezinho Nº 52' (Ed. Abril, 1981).
Na partida de futebol, Pelezinho erra o gol e bola vai parar além da trave. Quando se prepara para voltar para o meio do campo, Frangão questiona Pelezinho quem vai pegar a bola. Ele responde que o Frangão que tem que buscar, porque é o goleiro quem pega as bolas e Frangão diz que foi o Pelezinho quem chutou e, então, ele quem deve buscar.
Cana Braba e Teófilo querem saber motivo da discussão, eles falam que o outro não quer pegar a bola e Cana Braba resolve buscá-la. Pelezinho e Frangão não deixam porque é questão de princípios e é um deles que tem que ir buscar. Pelezinho fala para o Frangão que o jogo só vai começar quando ele for buscar a bola. Frangão diz que pode esperar sentado e Pelezinho senta no chão, mandando Frangão buscar a bola.
Em seguida, Rex traz a bola, Pelezinho toma a bola do cachorro, falando que ele não tem que fazer favor para o folgado do Frangão e chuta a bola para bem longe. Um homem de carro vê a bola e pega para dar para o filho dele por estar novinha. Pelezinho comenta que o homem levou, Frangão fala que a culpa é do Pelezinho que a chutou. Os meninos ficam brabos com os dois por terem perdido a bola e para não apanharem os dois vão juntos correndo atrás do carro e tentarem recuperar a bola com o homem.
História legal em que Pelezinho perde gol e fica a dúvida de quem era a obrigação de buscar a bola para continuarem o jogo, o Frangão que era goleiro ou o próprio Pelezinho que foi quem chutou. Fica a briga entre eles, não permitindo que os outros meninos peguem porque era questão de princípios e acaba perdendo a bola para o homem que andava de carro, afinal, achado não é roubado. Ficaram sem jogar futebol e sem a bola por conta de discussão boba.
Não é por que goleiro sempre agarra bolas que têm obrigação de pegar. Frangão estava certo que teria que ser o Pelezinho quem teria que buscar porque foi quem chutou, o Pelezinho que foi o folgado. Ainda assim, se eles permitissem o Cana Braba pegar ou aceito o Rex ter pego, não aconteceria de perder a bola. Foi engraçado o absurdo do Rex ter pego a bola, ele gostava de futebol assim como o seu dono, Pelezinho. Podiam ter o colocado como gandula e nada disso tinha acontecido. Final ficou aberto e fica na imaginação dos leitores se eles conseguiram ou não recuperarem a bola com o homem.
Os traços ficaram bons , típicos de histórias de miolo do início dos anos 1980. Hoje, a palavra "droga" é proibida nos gibis, enredo acho que até poderiam fazer uma assim, apesar de ter brigas entre amigos, mas não teve pancadaria e violência física. Não foi republicada em almanaques da própria Editora Abril, a maioria das histórias do Pelezinho dos anos 1980 nuca foram republicadas na fase de ouro da MSP , mas depois republicaram sem alterações em 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 2' (Ed, Panini, 2012).
Capa de 'As Melhores Histórias do Pelezinho Nº 2' (Ed. Panini, 2012) |
Assim, fica a homenagem ao Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogador que encantou gerações e brilhou no futebol brasileiro. Faleceu em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, vítima de câncer de cólon, deixando um legado no futebol brasileiro e mundial. Entre 1977 a 1982 teve seu personagem Pelezinho em gibis mensais da MSP, representando o Pelé criança com histórias, na maioria, envolvendo futebol e situações que o Pelé viveu quando era criança, e incluindo absurdos e fantasias mágicas, típicas das histórias da MSP. Depois do cancelamento do gibi mensal, seguiu com almanaques regulares pela Editora Abril até em 1986 e algumas edições e especiais aleatórios, alguns com histórias inéditas inéditas, pela Editora Globo até em 1992 e depois uma volta de almanaques e Coleção Histórica entre 2012 a 2014, ficando o personagem Pelezinho também popular com as crianças que acompanharam. Descanse em paz, Pelé!
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