Mostro uma história em que o Cascão queria surfar de brincadeira em solo firme, mas sem querer acabou surfando de verdade no mar. Com 4 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 9' (Ed. Abril, 1982).
Cascão está em cima de uma prancha fingindo fazer manobras de surfe na areia e Cebolinha, Xaveco e Franjinha o derrubam, alegando que tem que esperar chegar na praia e fora que ele não entrou no bolo para comprá-la. Cascão fala que podem ficar com a tábua de passar roupa metida a besta e imagine se ele ia entrar com isso na água, brincadeira é boba e nem quer vê-los brincando. Quando os meninos estão surfando no mar, Cascão olha pelos binóculos e eles percebem. Cascão fala que estava olhando o céu e não se interessa por bobeiras e quando se afasta, fica triste.
Logo vê uma prancha perdida e coloca em cima de uma pedra e finge que está surfando. Nessa hora a onda do mar fica forte por causa de uma ressaca e alcança a praia, fazendo Cascão ir para o mar adentro. De olhos fechados, faz várias manobras de surfe. Quando volta para a superfície no mesmo lugar que estava, todos o parabenizam pela performance e no final, Cascão pergunta para um homem se sabe se no Havaí tem pedras maiores que aquela em que estava.
História legal, bem curtinha essa e muito divertida, em que o Cascão pensa que está surfando em cima de uma pedra, mas não sabia que estava no mar por estar de olhos fechados o tempo todo. Como todos elogiaram, acha que era um excelente surfista de pedra e no Havaí poderia ter pedras maiores para fazer as suas performances no surfe em alto estilo.
Foi engraçada desde o início do Cascão fazendo cena que surfar era brincadeira boba, mas que fica olhando para os meninos surfando através de binóculos, até ele surfar de verdade no mar sem querer. Agora, se ele abrisse os olhos, o medo ia prevalecer e ficaria pensando como iria se livrar da situação. Ficava expectativa se Cascão ia se molhar enquanto estava no mar, se caísse já era, seria o seu primeiro banho, mas teve sorte que nem um pingo caiu nele. Mostrou que o Cascão gostava de surfe, mas como tinha medo de água, aí ficava só na vontade, por isso, só ficava em cima de prancha na areia ou em cima de pedra.
Eram boas as histórias do Cascão na praia e o risco de ele se molhar, mas sempre escapava. Incorreta atualmente por mostrar crianças surfarem, ser perigoso se caíssem no mar, ai histórias com surfistas só com adultos como o Rolo. Traços sensacionais, típico dos anos 1980, davam gosto de ver assim, tudo indica que foi arte-final do Alvin Lacerda, que deixava os desenhos encantadores assim. Foi republicada depois em 'Almanaque do Cascão Nº 5' (Ed. Globo, 1989). Curioso nessa capa o Titi sem estar dentuço, logicamente como erro do desenhista.
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