Mostro uma história em que o Piteco ficou com medo de atravessar uma ponte velha com risco de cair no abismo. Com 5 paginas, foi publicada em 'Mônica Nº 51' (Ed. Globo, 1991).
Capa de 'Mônica Nº 51' (Ed. Globo, 1991) |
Piteco está criando coragem para atravessar uma ponte e Bolota pergunta se vai demorar muito para atravessar. Piteco faz questão do amigo ir primeiro, mas ele vendo que era perigosa, fala que quem chegou antes, tem que atravessar primeiro. Eles discutem quem vai primeiro, quando Ogra chega eles querem que as senhoras vão na frente. Ogra acha a ponte insegura e prefere que um homem atravesse primeiro. Assim, Piteco e Bolota voltam a discutir quem vai.
Chega um velhinho com bengala, fica com medo e diz que se fosse 50 anos atrás, ele atravessaria e Bolota diz que há 50 anos, a ponte era nova. Mais gente chega como um pescador, uma mulher carregando cesta na cabeça e um homem com sete filhos para criar e ninguém tem coragem de atravessar. Aparece o João Valentão reclamando por que todo mundo está parado ali. Piteco fala que a ponte não é segura. João valentão chama todos de medrosos e covardões, ele já atravessou várias vezes e vai mostrar que é segura. Quando ele atravessa, a ponte desmorona e ele se equilibra entre as pontas do abismo. Então, na situação que estava, todos atravessam em cima do João Valentão servindo de ponte porque aí, sim, era seguro.
História legal em que Piteco e o povo de Lem ficaram com medo de atravessar uma ponte velha, mas com a tentativa de João Valentão atravessar, acabou ele formando uma ponte segura para, enfim, eles passarem. A distância entre uma ponta e outra era pequena, mas não a ponto de pularem e se caíssem, seria perigoso morrer no abismo. Vimos que apareceram pessoas de vários portes físicos e carregando pesos diversos e todos tiveram medo. Talvez uma pessoa magrinha, como a mulher loira só que sem carregando peso até poderia passar, mas um grandão como o João Valentão, não dava mesmo.
Foi divertido ver cada um fazendo questão de passar a vez para o outro, se fazendo de amigos e cavalheiros, mas era só interesse, que eles que morressem primeiro. O diálogo do velhinho com Bolota, dizendo que 50 anos trás a ponte era nova foi legal também. Interessante a Ogra aparecer sem ser em uma história com a Thuga, normalmente elas apareciam juntas. Tiveram vários personagens secundários que apareceram só nessa história, inclusive o João Valentão, que foi decisivo na história, também apareceu só nessa.
Foi focada dessa vez no cotidiano do Piteco, sem ser envolvendo Thuga ou ele sendo grande caçador, até pelo contrário, o mostrou bem medroso com a ponte. É tipo de história com personagens lidando com ponte de madeira velha e frágil, era muito comum histórias assim, normalmente eram de miolo, e vários personagens tiveram alguma assim, principalmente com o Chico Bento, Turma da Mônica e Papa-Capim. Sendo com o Piteco, mostra que existia ponte assim desde a Pré-História segundo os quadrinhos da MSP.
Hoje em dia não tem mais histórias assim com personagens querendo atravessar pontes frágeis, caindo em abismo, barranco, ou até absurdos de cair e só se machucar de leve ou nem isso. Coisas que eram muito normais e inspiradas em desenhos animados, mas hoje implicam por ser perigoso de personagens se machucarem ou não gostarem de mostrar tais absurdos de cair e não acontecer nada com eles. O pescador se chamando de louco também é proibido hoje provavelmente para não confundir com o personagem Louco e não tem mais Piteco segurando clava com prego por não ter existido de fato na Pré-História. Os traços ficaram muito bem desenhados, como sempre na época, gostei de detalhes de pterodátilo e pássaros sobrevoando o ambiente.
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