Mostro uma história em que o Bidu encontra um peixe na sua casinha, tenta tirá-lo de lá, mas tem uma grande surpresa. Com 4 páginas, foi publicada originalmente em 'Cebolinha N° 90' (Ed. Abril, 1980).
Capa de 'Cebolinha Nº 90' (Ed. Abril, 1980) |
Bidu está voltando para sua casinha, quando um suposto peixe dá uma batida nele com o rabo que vai parar longe. Bidu quer tirá-lo de lá, gritando que a sua casinha não é aquário, peixe balança o rabo com ele segurando e dá outra batida jogando Bidu longe de novo. Ele volta com rede e vara de pescar, quando se depara com uma cachorrinha na casinha, ao vê-la, joga fora a varinha e a rede e ao se virar para dar flores para ela, aparece o rabo de peixe de novo. Pega a varinha e a rede novamente e aparece a cachorrinha e o rabo de peixe. Bidu pergunta se o peixe é dela e manda tirá-lo de lá porque sua casinha não é aquário.
A cachorrinha diz que ela não pode se separar do rabo. Bidu diz que não interessa se o peixe é de estimação ou outra coisa porque não gosta de cheiro de peixe e tenta tirar. Ele entra na casinha para tirar, pensa que o peixe a engoliu e depois percebe algo e sai correndo chorando avisar ao Franjinha e enquanto está fora, aparece uma mulher no rio chamando a cachorrinha.
Franjinha aparece para ver o que Bidu quer mostrar na casinha. Franjinha diz que não tem nada lá e percebe Bidu com cheiro de peixe, pergunta por onde ele andou e se está namorando a cachorrinha do peixeiro e vai lavá-lo no rio. Quando Bidu está dentro do rio, vê que era a cachorrinha-sereia, que era animal de estimação de uma Sereia.
História legal em que Bidu fica sem entender se era um peixe ou uma cachorrinha dentro da sua casinha, pensa que era um peixe de estimação da cachorrinha e tenta tirar e depois descobre que era uma cachorra-sereia. Vimos um Bidu impaciente querendo tirar o peixe a todo custo e ao mesmo apaixonado pela cachorrinha e Franjinha nem a viu , fazendo pensar que até era alucinação do Bidu, mas que era verdade quando viu a cachorra-sereia com a Sereia.
Dessa vez mostrado o Bidu como um simples cachorrinho do Franjinha, uma das várias facetas das personalidades dele. Foi engraçado ver Bidu parando longe com as pancadas do rabo, a dúvida do que tinha de fato dentro da sua casinha, e legal também os vários absurdos, como existir uma cachorra-sereia, peixe entrar na casinha sem presença de água, mesmo ela sendo sereia teria que ter contato com água, aparecer flores do nada.
Histórias da Editora Abril dos anos 1970 e início dos anos 1980 eram maioria desse estilo com muitos absurdos, nada com nada, coisas impensáveis de acontecer, bastantes movimentos, violência, personagens sendo espancados, se machucando em precipícios, etc, pareciam desenhos animados. Eu gostava de histórias assim, hoje em dia completamente incorreta por todos esses motivos, não gostam de colocar absurdos e nem personagens sendo espancados, se machucando e com olho roxo. E implicariam também com a Sereia com seios a mostra. Curioso de que nessa história Franjinha e Bidu moravam perto de um rio, nunca tinha padronização e criavam condições assim de acordo com roteiro.
Os traços muito bons, típicos de histórias de miolo do inicio dos anos 1980. Depois foi republicada em 'Almanaque da Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1991) e re-republicada em 'Coleção Um tema Só Nº 17 - Chico Bento Pescaria', sendo que neste, o código de referência a edição original, colocaram referência ao 'Almanaque da Mônica Nº 24' de 1991 em vez de dizer que era uma história da Editora Abril.
Capa de 'Coleção Um Tema Só Nº 17' - Chico Bento Pescaria' (Ed. Globo, 1997) |
Créditos - Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2023/04/bidu-hq-peixe-comigo-nao.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário