É interessante que um personagem violento e pragmático como o Justiceiro tenha tantos especiais de Natal lançados ao longo dos anos. Mas em geral, essas histórias tendem a ser de boa qualidade. E agora cabe ao roteirista Jason Aaron manter essa tradição.
Em Punisher MAX: X-Mas Special, que sai essa semana nos EUA, o anti-herói se vê na desconfortável posição de proteger alguém, ao invés de simplesmente sair atirando. Mais incomum são as pessoas sob sua guarda: um chefe da máfia e sua esposa grávida e prestes a dar a luz. E, apesar de aparentar ser uma história humorística, o roteirista avisa: "Essa história tem algumas das cenas mais pesadas que eu já escrevi. Nunca que eu poderia escrever uma história dessas no Universo Marvel normal. [O editor] Axel Alonso teria mandado me prender".
Na visão de Aaron, o Justiceiro é brutal, mas não insano, como muitos pensam. "Ele não tem ilusões, e é um homem dedicado e muito duro". Aaron é fã confesso da série MAX do personagem e considera um presente a chance de escrever essa história.
O Justiceiro foi criado em 1974 pelo roteirista Gerry Conway e pelos desenhistas John Romita Sr. e Ross Andru, como um coadjuvante do Homem-Aranha. Com o passar dos anos se tornou muito famoso, estrelando diversos títulos. Seu nome real é Frank Castle, veterano do Vietnã que se torna um frio vigilante armado até os dentes depois que sua família é massacrada por mafiosos.
Jason Aaron ganhou notoriedade com duas revistas publicadas pela Vertigo, divisão de quadrinhos adultos da DC Comics. The Other Side foi uma minissérie que apresentou tanto o lado americano quanto o vietnamita da guerra do Vietnã. Scalped é sua série regular, principal motivo pelo qual a indústria notou o seu trabalho, e mostra os problemas de uma reserva indígena na América do Norte contemporânea. Atualmente, escreve também roteiros para personagens da Marvel Comics, como a revista mensal do Motoqueiro Fantasma.
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