“Quino não vai voltar a desenhar”. A declaração, dada à imprensa argentina, veio de Daniel Divinsky, diretor da Ediciones de la Flor, editora responsável pela reedição de diversos trabalhos do criador de Mafalda.
O artista parou oficialmente de desenhar as histórias de Mafalda em 1973, embora tenha retornado algumas vezes, notoriamente em campanhas em prol dos direitos humanos, como em um pôster de 1976 para a UNICEF.
Os motivos da decisão de Joaquín Salvador Lavado, o Quino, não foram revelados. Segundo Divinsky, o autor irá explicar sua decisão no próximo domingo, ao jornal Clarín.
O empresário afirmou desconhecer os motivos do artista, mas declarou que “todos vamos ficar muito tristes”.
Formou-se em Belas Artes e, em 1954, se mudou para Buenos Aires, onde começou a trabalhar para diversos periódicos. Desde então, seus quadrinhos passaram a ser publicados ininterruptamente em jornais e revistas ao longo da América Latina e Europa.
A personagem surgiu em 1962, para uma peça promocional. A campanha nunca foi publicada, mas Mafalda retornou em 1964, no semanário Primeira Plana. Mafalda é uma menina de cinco anos, eternamente questionadora e preocupada com assuntos como a paz mundial e a humanidade.
A publicação nos jornais parou em 1968, pois Quino precisava entregar o material com duas semanas de antecedência e assim, não poderia comentar assuntos atuais. Em 1973, Quino anunciou a aposentadoria definitiva da personagem.
De lá para cá, as histórias da menina vêm sendo reeditadas repetidas vezes em diversos países. No Brasil as tiras da Mafalda foram publicadas pela Martins Fontes.
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