quinta-feira, 16 de maio de 2013

Arquivos TM N°8 : Mônica: HQ "Uma aventura cinematográfica"!

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Capa de Mônica nº 5 (Ed. Globo, 1987)
"Na época em que o filme "Mônica e a sereia do rio" estava em cartaz nos cinemas, fizeram uma história sobre o filme. Só que não foi exatamente a história do filme recontada no gibi, e sim se trata de como foram os bastidores, de como surgiu o filme. Essa história que eu relembro aqui, publicada originalmente em Mônica nº 5 (Ed. Globo, 1987).

A história começa mostrando um cinema que estava passando o filme "Mônica e a sereia do rio" e informa que não será contada a história do filme que está em cartaz no cinema, e sim, a história de como ele foi feito e o que a Mônica passou até ser tornar a protagonista. Até a Mônica caminhando e aparecer uma porta e ela abri-la é igual ao filme do cinema. Assim que ela abre a porta, começam a contar a história.
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Então, a história realmente começa quando é apresentado o esgoto e mostra um Capitão Feio vaidoso se olhando no espelho dizendo que era belo e que tanta beleza precisava ser reconhecida mundialmente e aí resolve ser ator. Com isso, ele vai à procura de uma equipe de filmagem para divulgar a sua imagem e sua filosofia de vida que é sujar o mundo.

Enquanto isso, Mônica e Cebolinha veem uma multidão no meio da rua e descobrem que se trata de uma filmagem de um novo filme do diretor Walter Curi. Com tanta gente, eles não conseguem ver a filmagem. Afinal, segundo o Cebolinha "Nós, os baixinhos não temos vez". Então, a Mônica tem a ideia de subir no Cebolinha pra ver o ensaio. Cebolinha reclama do peso dela e eles acabam brigando. O diretor Curi vê os dois brigando, pergunta o que está acontecendo e os chamam pra acompanhar a filmagem.
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Lá, eles conhecem a cantora Tetê Espindola e toda a equipe do filme. O diretor Curi explica que eles estão fazendo um filme sobre ecologia chamado "A sereia do rio" e a Tetê, que era a protagonista, fala que se vestia de várias figuras ecológicas no filme, como fada, oncinha, sereia, etc. O diretor explica como são feitos os filmes, seus truques, efeitos especiais e tudo mais. E informa também que as filmagens serão feitas na Pousada do Rio Quente, em Goiás. 
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Assim que eles se despedem da Mônica e do Cebolinha e se preparam para ir à Pousada do Rio Quente para começar a filmar, surge o Capitão Feio e paralisa a van da equipe com seu raio de sujeira. Então, ele fala do seu plano de querer ser o ator principal do filme que estão produzindo e que seria sobre poluição. Mônica e Cebolinha tentam impedir, mas são presos pelo raios de sujeira do Capitão Feio. A equipe do filme também é presa. Mônica consegue contar uma ideia ao diretor para estragar os planos do Capitão Feio e aceitam ele participar do filme. Então, todos são levados amarrados mesmo em cima da van da equipe carregado pelo Capitão Feio até a Pousada do Rio Quente.
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Enquanto não chegam, são mostrados imagens de como é bonito o local da filmagem, cheio de verde, com nascentes de águas cristalinas, e tanta beleza que seria tudo poluído. Então, eles chegam lá e o Capitão Feio já quer começar logo a filmagem para poluir tudo. Aí começa o plano da Mônica. A equipe começa a maquiar o Capitão Feio deixando bem engraçado e com um ar de bom moço e eles começam a enganá-lo mandando cheirar uma flor que seria muita crueldade, em vez de esmagá-la, assim como abraçar um coelho, segurar a Tetê Espíndola como oncinha. No final da filmagem, Mônica e Cebolinha o derrubam no lago, e o diretor fala que é pra dar humor ao filme. Então, começa cair a ficha do Capitão Feio e percebe que ele foi enganado e o que confirma quando vê as imagens do que foi filmado e percebe que virou um filme ecológico e não de poluição como ele queria.
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Por causa disso, o Capitão Feio resolve acabar com a equipe inteira com seus raios de sujeira, mas, assim que ele lança não sai nada, já que quando ele cai no lago, acabou os poderes dos raios. Então, a única alternativa que restou ao Capitão Feio foi voltar aos esgotos, jurando vingança. Como recompensa por ter salvo o filme, o diretor Curi nomeia a Mônica como a atriz principal do filme, ao lado da Tetê Espíndola, e o Cebolinha é nomeado a auxiliar de câmera. Mônica fica tão feliz que desmaia.

No final, o narrador fala que o filme do Capitão Feio nunca foi exibido e que o filme do Walter Curi, agora se chamando "Mônica e a sereia do rio", é o maior sucesso no cinema. E termina a Mônica convidando todo mundo a assistir ao filme  no cinema para saber como é a história dele.
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Uma história muito bem elaborada promovendo o filme. Muito boa a sacada de contarem uma história de sua origem, de antes do filme ser produzido, em vez de contar no gibi o filme na íntegra. Claro que a gente sabe que na realidade os bastidores não foi nada disso que aconteceu nessa história, mas o que importa mesmo é a criatividade do roteiro. De igual ao filme, só a Mônica caminhando e surgir a porta no inicio. O resto nada aconteceu. No filme, a Mônica contracena com a Tetê quando ela entra nessa porta, com muita música e é intercalado por 4 desenhos animados, incluindo, no final a história "A sereia do rio" em animação, que foi baseada na história do gibi da Mônica nº 9 (Ed. Abril, 1971). Os outros desenhos são as histórias: "A Gruta do Diabo", "Jacaré de estimação" e "O Tocador de sinos". A história "Jacaré de estimação" é uma animação com base da história publicada em Cebolinha nº 40 (Ed. Abril, 1976). Já as outras não tenho conhecimento se saíram em gibis antes; se foram, provavelmente são gibis dos anos 70 também.
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"Uma aventura cinematográfica" tem 22 páginas, o que não era muito comum na época. Como tinham mais páginas, as histórias de abertura das revistas da Mônica e do Cebolinha eram um pouco mais desenvolvidas que as quinzenais, mesmo assim não era comum ter isso de tudo de páginas. Foi a primeira vez que a capa da revista da Mônica na Editora Globo fez alusão à história de abertura, que também não era normal na época. Apenas histórias importantes eles faziam isso. Legal ver as caricaturas da Tetê Espíndola, do Walter Khouri e de toda a equipe do filme na história. 
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Final da HQ e uma propaganda do filme
Outra curiosidade, é que só o nome do Walter Khouri foi parodiado, já a Tetê Espíndola não teve o seu nome parodiado. Na época, nem sempre eram parodiados os nomes dos famosos. Nessa edição Mônica nº 5 mesmo teve uma história "Nana, Tarcisio, nana" com a presença do Tarcisio Meira, e o nome dele também não foi mudado. Nas histórias atuais, os nomes deles são totalmente parodiados.
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Com certeza, uma história e um filme que marcaram várias gerações. Termino a postagem com uma outra  propaganda que saía nos gibis da época."
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