A história que eu compartilho é de Natal com o Rei Leonino, que por se sentir sozinho, é construída uma "Árvore de Natal Universal" para passar o Natal junto com seus súditos. Tem 11 páginas e foi publicada no 'Almanaque da Mônica nº 20' (Ed. Abril, 1983).
Começa com o Rei Leonino se lamentando que está chegando o Natal e todos os súditos estarão comemorando juntos e que passará sozinho porque ele é um rei soberano e não pode demonstrar fraqueza e passar Natal junto com os plebeus.
O ministro Luís Caxeiro Praxedes ouve tudo escondido e sai para tomar providência, do seu jeito e aproveitar para tirar proveito disso. Então, quando o Rei Leonino volta ao seu trono, Luís Caxeiro aparece com um engenheiro de construção, anunciando sua nova ideia. Rei Leonino ainda cobra que ele estava ouvindo suas indagações escondido, mas deixa o ministro contar o seu projeto.
Trata-se de uma "Árvore de Natal Universal". Com a aprovação do Rei Leonino, será construída uma árvore gigante em frente ao palácio para que o rei e os súditos possam passar o Natal juntos. Só que com essa construção, o povo da mata teria que pagar impostos para o material e eles teriam que trabalhar na construção da árvore.
Rei Leonino assina, então, a autorização para a construção da Árvore de Natal Universal, sem saber que estava sendo enganado pelo Luís Caxeiro e o engenheiro para atender a interesses próprios e arrecadar dinheiro a custa do povo da mata.
Autorizada a construção, ao mesmo tempo que o Rei Leonino fica contente e se prepara para comemorar o Natal harmoniosamente junto com seus súditos, Luís Caxeiro obriga os súditos a pagar altos impostos e a trabalharem forçados contra a vontade, sendo ameaçados o tempo inteiro por guardas reais, para que a árvore fique pronta até aquela noite de Natal. Trabalham feito escravos e excessivamente, mas o Rei Leonino não sabe da tal exploração.
Chega a noite, assim que o Rei Leonino sai do palácio, os guardas ordenam para o Raposão ligar a árvore, através do projeto de tirar uma pedra da cachoeira para jorrar água até o aparelho e gerar a eletricidade na árvore. E então, ela é ligada. Rei Leonino fica contente e deseja um feliz Natal a todos os seus súditos e nota que eles estavam exaustos. Ao mesmo tempo, ele tropeça em um fio e acaba dando curto-circuito na árvore.
Com isso, o rei fica triste com o ocorrido e conta que deixou construir a árvore só pra passar o Natal junto com os súditos. Eles, então, falam que nunca convidavam porque pensava que não queria passar junto com os plebeus e que não precisava os guardas forçá-los a trabalhar só por causa disso. Então cai a ficha e descobre a tramoia do Ministro Luís Caxeiro.
No final, enquanto todos comemoram o Natal dentro do palácio, o Luís Caxeiro e o engenheiro são obrigados a limpar toda a sujeira da árvore na mata, mas o Rei Leonino, ainda sai da festa para cobrar o ministro para acabar logo e também para desejar um feliz Natal a ele, afinal um rei nunca perde a majestade.
Uma história de Natal muito legal, mostrando a vida solitária do Rei Leonino e a má índole do ministro Luís Caxeiro Praxedes, que além de ser puxa-saco, demonstrou ser interesseiro, ganacioso e tirar proveito próprio para o seu bolso à custa dos súditos. Nessa história, o Rei Leonino é retratado como um rei solitário e amigo de todos os súditos, mas existem histórias que ele é um rei ranzinza e autoritário.
Nessa postagem não coloquei a história completa. Curiosamente, ela era inédita até então, e, assim como as outras desse almanaque, nunca foi republicada.
Falando brevemente desse 'Almanaque da Mônica nº 20', ele é completamente diferente dos outros. Tem formato canoa maior que os outros, com 15,5 x 23 cm e com 68 páginas. Foi uma edição especial, só que seguindo a numeração do Almanaque da Mônica. Foram 8 histórias no total, só que em vez de republicações, tem apenas histórias natalinas inéditas e que nunca foram republicadas.
Além dessa do Rei Leonino e a tirinha final de Natal, tem também as histórias: "Mônica e o presentão", Oh, Oh, Oh Louco", "A grande surpresa de Natal", "Presente errado" e "O Gorro rasgado", todas essas com a Turma da Mônica, além de ter uma também com o Astronauta. Uma melhor que a outra e nenhuma delas republicadas até hoje.
Alguns almanaques da Mônica na Abril entre 1980 e 1983 tinham histórias inéditas, ou apenas uma, ou até o gibi inteiro, como no Almanaque da Mônica de Natal nº 11 e esse nº 20. O nº 7 tinha algumas inéditas de uma página. E, dentre essas histórias inéditas de todos eles, jamais republicadas até hoje, sendo esquecidas completamente pela MSP.
Tenho até que me informar quais foram os almanaques da Abril que tiveram pelo menos uma história inédita. Quem sabe um dia, eu consiga esses almanaques com histórias inéditas. E também, quem sabe um dia republiquem essas histórias inéditas.
Créditos ;) Marcos Alves > http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2013/12/rei-leonino-hq-arvore-universal.html
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