Já nas bancas a Coleção Histórica # 38. Esta coleção é formada pelas 5 revistas números 38: Mônica (1973), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1990).
Ficou muito bom o Dudu antigo na capa. Eu adorava os traços dele assim como começou que aparentava realmente que ele tinha menos idade do que os outros da Turma da Mônica.
Teve um erro grotesco na contracapa da caixinha desse box, colocando a capa de Magali # 37 em vez da 38. Não dá para entender como um erro desse ficou despercebido e não revisaram antes de fechar a edição. Muita falta de atenção. Além de ficar feio visualmente, ainda corre o risco de algum desavisado estar comprando pela primeira vez e ficar na dúvida qual revista da Magali é a correta nessa edição. Bola fora isso. Abaixo, a contracapa da caixinha com o erro grotesco.
Contracapa com capa errada do gibi da Magali
Além dessa capa errada da Magali, as ilustrações do Cebolinha e da Magali nessa contracapa foram tiradas erradamente também da Coleção Histórica # 37, ambas mais precisamente da história "Bingo" de Mônica # 37. Também foi um erro, já que essas ilustrações costumam ser retiradas da própria edição. Então, deviam ser imagens das histórias dos gibis da CHTM # 38.
Nessa edição 38, continuam com informações de créditos de roteiristas, desenhistas e arte-final nos comentários nas histórias, porém não são em todas que mostram isso. Pode ser porque não tenha informação registrada ou porque não teve espaço para colocar. Às vezes, nos comentários informam apenas só quem é o roteirista, ou só quem desenhou, e vou mostrar melhor cada caso a seguir nos comentários de cada revista.
As capas reais da Coleção Histórica # 38
Histórias de abertura e comentários gerais:
Dentre as histórias de abertura, eu só não conhecia antes a da Mônica. As demais já tinha lido nos almanaques da Globo. Vamos aos comentários:
Mônica - "O jornal mural" - Mônica resolve fazer um jornal com notícias que estavam acontecendo no bairro, com seus amigos como repórteres. Como não tinham papel e impressora, as notícias do jornal eram escritas em um muro.
Prevalecem histórias sobre brincadeiras nessa edição. Nessa época, as histórias da Mônica eram mais voltadas a brincadeiras mesmo, tudo era motivo de diversão. Com isso, temos histórias, além dessa deles brincando de fazer jornal, tem também eles brincando de siga o chefe, de casinha, de cozinhar, entre outras.
Mauricio de Sousa e seu irmão Marcio Araujo são os roteiristas das histórias dessa revista. Mauricio escreveu a maioria delas, como essa de abertura, e nos comentários, o Paulo Back dá dicas de como saber se determinada história foi escrita pelo Maurício. Na última história, "O pombo-correio", não mostra informação de créditos de roteiro e desenho.
Cebolinha - "Carnaval! Oba!" - Cebolinha, Cascão e Mônica montam um bloco de Carnaval no bairro, com direito até de marchinha.
A capa traz uma piadinha em vez de fazer referência da história de abertura. Nessa época, eram raras as capas do Cebolinha ter piadinha. Normalmente, o gibi da Mônica era uma piada e o do Cebolinha fazia menção à história de abertura. São 13 histórias nesse gibi, incluindo a tirinha final, e dentre 11 histórias comentadas, 4 infelizmente não foram mostradas informações de créditos de roteiristas, desenhistas e arte-final.
Foi falado no comentário que na seção de cartas "Coleio do Cebolinha" teve um aviso que mudou endereço do estúdio para o envio, que é o mesmo até hoje desde então, porém não reproduziu nem uma miniatura da página do "Coleio do Cebolinha" da edição original. Falando nisso, só agora informa que o "Coleio do Cebolinha" estreou em 'Cebolinha # 17', de 1974. Deviam ter falado na própria "CHTM # 17" e com a miniatura da seção de cartas, caso não quisessem reproduzir em tamanho real.
Chico Bento - "Voltando com uma amiga" - Chico Bento imagina perigos que acontecem com uma árvore na cidade e depois mostra a realidade que estava acontecendo realmente.
Curiosamente, a largura desse gibi do Chico veio 0,5 centímetro maior em relação aos outros. Parece pouca coisa, mas deu pra perceber a diferença. Em relação a créditos nos comentários, na história "O ladrão" fala o nome de quem desenhou e da arte- final, mas não diz quem foi o roteirista. Já na história "Lição de casa", só fala quem foi o roteirista.
Uma coisa boa nessa edição é que voltaram a reproduzir os textos do caipirês antigo do Chico, exatamente como nas revistas originais da época. Nas edições do Chico da Editora Abril, os gerúndios que eles falavam tinham terminação "-ano" e estavam alterando na CHTM para "-ando", e o caipirês em geral costumavam alterar também para adaptar ao caipirês atual. Palavras como "acabar" e "verdade" eram escritas "acabá" e "verdade" nos primeiros anos de quando o Chico passou a falar caipirês nas histórias, e só depois de 1985, passaram a colocar "cabá" e "vredade", por exemplo.
Nessa edição, portanto, permaneceram as falas originais. Então, o Chico está falando, por exemplo, "vortano", "comeno" e falando "amanhã" em vez de "aminhã", exatamente como na original e como deve ser.
Trecho da HQ "Cadê doença?" - Gerúndio igual a original
Quando a CHTM começou eles mudavam esses textos, colocando o caipirês atual e os gerúndios "ando". Na faixa do nº 20, passaram a colocar o texto original como era na época e a partir da CHTM # 35, voltaram a alterar os gerúndios e o caipirês. Espero que continuem assim sem alterar mais nada. Mudanças, aliás, que nunca deviam ter nem nos almanaques convencionais, e muito menos na Coleção Histórica e em livros especiais.
Como só nos gibis de 1985, o Chico passou a falar o gerúndio normal, por exemplo, nada mais justo até lá permanecer o texto exatamente como era. Aliás, para não dizer que não teve alteração em relação a original, a cor do brilho do cabelo do Papa-Capim continuam trocando para azul em vez de branco como na original. Pelo menos, isso está acabando nas revistas do Chico Bento, já que em 1984 mesmo, passaram a colocar o brilho azul nos cabelos dele de vez.
Trecho da HQ "Papa-Capim"
Cascão - "Borboleta cascuda" - Ao empinar uma pipa, Cascão tropeça em uma pedra, se enrosca na linha da pipa e bate a cabeça em uma árvore. Uma borboleta o vê desacordado e pensa que é uma lagartona com dificuldade de sair no casulo e, com isso, para ajudar, transforma o Cascão em borboleta.
Curioso que foi comentado dessa vez uma história de 1 página. Nos comentários, não costuma fazer isso, talvez comentou para ocupar espaço que faltaria. Porém, não informou os créditos dessa história de 1 página. Infelizmente também deixaram de mostrar propaganda da revista da Mônica citada no comentário. No caso, seria propaganda da revista da Mõnica # 165.
Magali - "Eu não sou cachorro, não!" - Mingau troca de corpo com um cachorro de rua, que estava cansado de ser um vira-lata pulguento de rua. Os corpos deles são trocados através de uma fada-madrinha-cachorra que atendeu o pedido do tal vira-lata de se tornar um gato e que o seu corpo seria trocado com o gato que estivesse mais perto, que era o Mingau.
Uma história tão boa tinha que ser da roteirista Rosana mesmo. Muito legal. Outra história bacana é "Come que está uma delícia", escrita brilhantemente pelo Robson Lacerda, em que a Magali come ração do Mingau para convencê-lo a comer. O cúmulo do incorreto que tanto agradava os fãs. Muito engraçado ver a Magali comer ração de gato.
Trecho da HQ "Come que está uma delícia"
Assim como na revista do Cascão, também foi comentada uma história de uma página. Acredito que foi para ocupar espaço da página, mas espero que seja mais frequente isso.
O gibi da Magali foi o único que foram mostradas informações de créditos em todas as historias, inclusive, comentado a presença de 2 novos roteiristas, até então. Na última história, "Proibida para comer", que é do roterista, novo até então, Dejair da Mata, também mostra informação de quem fez as letras.
Créditos ;) Marcos Alves > http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2013/12/colecao-historica-n-38.html
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