segunda-feira, 24 de março de 2014

Arquivos Turma da Mônica N°136 - Cascão: HQ "Cascãobá, o marujo"!

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Capa de 'Cascão nº 56' (Ed. Globo, 1989)
A história que eu mostro é uma grande aventura com o Cascão encarnando um marujo, cheia de reviravoltas, baseada nos contos do "Simbad, o Marujo". Tem 13 páginas e foi publicada  em 'Cascão nº 56' (Ed. Globo, 1989).

Passada em Bagdá, ela começa um narrador apresentando o ambiente de um convés de tripulação de marujos e um deles carrega um barril para o navio sem saber que tinha alguém dormindo lá dentro. Era Cascãobá, que, quando acorda, vê que estava em alto-mar e fica desesperado. 
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Ele corre de um lado para o outro, pensando que Bagdá estava sendo inundada, sem saber o que fazer para sair de lá, quando se esbarra com um marujo. Então, Cascãobá descobre que está num navio e o marujo o manda lavar o convés. Cascãobá tenta se explicar já com o balde nas mãos, quando eles são surpreendidos por um maremoto e o navio é envolvido por enormes ondas. 

Os marujos o mandam ajudar a segurar a vela, mas recusa, falando que já está com muito trabalho para não se molhar. Com o perigo do navio naufragar, os marujos arrumam um bote para ficar em uma ilha próxima, mas Cascãobá continua lá, achando que estava mais seco. O navio continua se sacudindo até que surge uma enorme serpente marinha, que era a causa do maremoto. Ela destrói o navio só com a cauda e faz o Cascãobá voar rumo ao mar.
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Quando ele pensa que ia se molhar, a cauda da serpente o arremessa direto na ilha onde está a tripulação e, com isso, ele continua seco. Os marujos encantados com a sua bravura, pensando que Cascãobá estava tentando salvar o navio, o nomeiam como capitão, quando surge de repente uma tempestade. Eles se abrigam em uma caverna e se deparam com um Ciclope canibal. 

Todos correm, mas o Ciclope consegue pegar o Cascãobá. Quando ia ser comido, surge uma brisa salvadora que faz as sujeiras dele caem nos olhos do ciclope e sem enxergar, acaba soltando o Cascãobá e ainda tropeça sendo derrubado de vez. Os marujos acabam encontrando um tesouro na caverna do Ciclope e encontraram um navio que servia como decoração e, com isso, seguiram viagem, com navio novo e ricos. E Cascãobá tendo uma vida de rei.
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Quando estava tudo às mil maravilhas, o narrador surpreende o Cascãobá com uma segunda viagem que não estava nos seus planos. A tripulação comprou um barco novo e resolveu viajar para aumentar mais a fortuna para o desespero do Cascãobá. Então, seguiram viagem em alto-mar por dias até que eles ficam encalhados em uma espécie de ilha. 

Quando Cascãobá desce do barco, descobre que era uma baleia gigante. Ele a agarrou bem forte, e na tentativa dela de  mergulhar, ele é salvo por uma Mãe-Pássaro Roc gigante, que o leva para seu ninho, onde seria a comida dos seus filhotes. Lá do alto, ele avista um vale cheio de diamantes, pensando como iria chegar lá. 
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Nesse momento, um filhote nasce e o assusta e faz com que ele caia da montanha até o vale. Aí para sair do vale com todos os diamantes, Cascãobá colocou frutas amarradas nos diamantes para atrair a Mãe-Pássaro. Deu certo, inclusive levando o Cascãobá de volta para o seu ninho. Os filhotes comeram as frutas e deixaram os diamantes junto com ele. Até que os marujos, que haviam seguido o pássaro, conseguiram chegar até a montanha e resgataram, junto com os diamantes.
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Então, eles chegam ao porto de Bagdá mais ricos ainda e Cascãobá volta à vida boa. Quando o narrador fala que estava pensando em uma terceira viagem, Cascãobá se engasga e discute com o narrador reclamando que não podem vê-lo sossegado que já arrumam outra aventura para ele. Mete a bronca afirmando que não terá outra viagem e se querem aventura que contem história de outro marujo, e escreve "Fim" no final da página. Só restou ao narrador mudar o discurso e dizer que Cascãobá resolveu ficar sossegado e curtir a vida porque ele merece, terminando assim a história.
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Sem dúvida uma história fantástica. Roteiro excelente, traços e cores maravilhosos. Tudo sensacional. Interessante as reviravoltas que quando a gente pensa que está tudo resolvido, acontece outra coisa, deixando assim ela mais envolvente. Muito legal também a metalinguagem nela, muito divertido ver o Cascão discutindo com o narrador, não gostando das aventuras em alto-mar que ele foi obrigado a passar.

Não se trata de que era imaginação do Cascão nem alguém contando história para ele. Simplesmente o narrador contando para os leitores a história que se passa no Oriente Médio, com o Cascão encarnando um marujo, sem necessidade de dar nenhuma explicação para isso, como tem que ser.
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O narrador da história em questão pode-se dizer que é o Mauricio de Sousa, já que no título mostra "Mauricio apresenta". Mas a história não foi escrita por ele. Acredito que tenha sido Rosana Munhoz, já que ela gostava muito de histórias baseadas em contos e fábulas. Mesmo assim nada confirmado, só palpite.

Tem uma clara referência aos contos das viagens do "Simbad, o Marujo", que também foram adaptadas para o cinema, inclusive anos depois virando até desenho animado da Disney. Enfim, um clássico do cinema. Nessa época. eram muito comuns histórias de fábulas com o Cascão adaptadas ao seu medo de água. Todos os personagens tinham histórias assim, mas com o Cascão era mais frequente. E depois historias de fábulas ficaram mais com a Magali, quando o gibi dela se consolidou. 
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Na postagem não coloquei a história completa. Sempre bom relembrá-la, ainda mais que foi dos primeiros da minha coleção. Há extos 25 anos circulava nas bancas, já que é de março de 1989. A capa desse gibi, aliás, também é excelente, com o Cascão encarnando um cavaleiro medieval na luta pra consertar uma torneira pingando. Muito boa.
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Créditos ;) Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2014/03/cascao-hq-cascaoba-o-marujo.html

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