sábado, 5 de setembro de 2015

Arquivos Turma da Mônica N°356 - Magali: HQ "Comidinha esperta"!

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Capa de 'Magali Nº 33' (Ed. Globo, 1990)
Compartilho uma história muito engraçada de quando todos os alimentos que a Magali tocava passaram a criar vida. Escrita por Rosana Munhoz, tem 16 páginas e foi publicada em 'Magali Nº 33' (Ed. Globo, 1990).

Começa com a mãe da Magali, Dona Lina, dando café-da-manhã para ela, que era a forma mais rápida de acordá-la. Magali decide começar pelo sanduíche e quando vai tentar morder, ouve uma voz gritando para não morder. Magali pergunta quem falou isso e era o sanduíche, deixando a Magali apavorada. O sanduíche diz que era ele quem devia ficar assustado porque iria ser devorado. 
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Magali estranha um sanduíche falar e ele diz que foi sorte senão já estaria na boca dela. Magali acha que é o resto do pesadelo e, para acalmar, ela pega o copo d'água para tomar e, para sua surpresa, a água começa a falar também, mandando nem tentar tomar, a chamando de "monstra". Magali apavorada derruba o copo no chão e a água reclama que ela é uma desastrada e vai dar queixa na Sociedade Protetora dos Alimentos.
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Magali sai correndo do quarto gritando pela mãe, e tenta avisar que o sanduíche está falando, mas a mãe interrompe, achando que ela já comeu todo e avisa que na mesa tem café com bolo e também que vai sair por um instante. Magali se conforma que aquilo foi só um pesadelo e vai comer o bolo. Quando corta os pedaços de bolo falam também, dizendo que foram separados um do outro. Magali se convence que é imaginação dela e resolve ignorar. passa manteiga no bolo, mas quando vai comer, ele faz cara de triste e ela não consegue comer com pena, com o bolo aliviado, falando que valeu a pena o seu "olhar 43".
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Magali vai para rua, achando que a comida da casa dela está contaminada e vai comer cachorro-quente. Ela pede 5 ao vendedor e os cachorros-quentes começam a latir e a correr atrás dela pela rua. Magali se esconde no restaurante e o garçom pergunta se ela já recebeu a mesada. Magali diz que não é nada disso e o garçom interrompe, falando que é pra ela ir embora porque não faz mais fiado lá. Magali diz para não pô-la pra fora porque têm cachorros-quentes ferozes a esperando na rua. O garçom não entende e para ela não se passar por louca, resolve comer por lá porque tem dinheiro.
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O garçom traz um bife fidalgo com batatas-fritas e quando espeta o garfo para cortar o bife, ele dá um grito muito alto e sai correndo falando que ela o espetou. Isso assusta os clientes do restaurante e todos correrem apavorados para o lado de fora. Na rua, os cachorros-quentes que estavam esperando a Magali sair voltam a correr atrás dela e Magali acaba derrubando as frutas de uma barraca do fruteiro. Então, todas as frutas passam também a persegui-la, porque já conhecem a sua fama de comilona. Magali corre e vai parar na casa da Mônica, que estava almoçando com os seus pais.
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Magali explica para Mônica que estava sendo perseguida por comidas e que tudo que ela toca, passa a andar e a falar com ela. Mônica pergunta se é alguma doença e Magali diz que não sabe, mas precisa encontrar uma solução logo. Mônica pergunta como foi o dia dela ontem e Magali diz a sua lista do que comeu no café, no lanche, no almoço. E diz também que foi a um rodízio de pastéis em um restaurante chinês com os pais à noite, lembrando que o dono ficou muito brabo com ela porque comeu tudo, acabando com o lucro de um mês do restaurante, mas que depois ele se arrependeu fazendo com que ela limpe as mãos em uma toalha perfumada.
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Mônica alerta que foi esse o motivo e as duas saem de casa pela janela dos fundos para fugir dos alimentos que estavam em frente a casa e elas vão ao restaurante. Magali não acha que foi culpa do chinês porque ela é muito querida nos restaurantes que ela frequenta, mas se convence quando vê placas dizendo que é pra Magali não entrar. Elas entram no restaurante do chinês Is-Ti-Ling, que se assusta com a presença da Magali e a manda ir embora. Mônica cobra satisfação o que ele fez com a Magali de que tudo que ela toca cria vida. Is-Ti-Ling se faz de desentendido e a Mônica manda a Magali tocar nos pastéis, que criam vida e passam até fazer números musicais, assustando toda a clientela.
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Is-Ti-Ling fica furioso por ter perdido os fregueses e Mônica exige que ele faça a Magali voltar ao normal, senão ela vem todo dia tocar nos pastéis. Ele diz que usou um feitiço milenar do poderoso Ming-Ali e dá uma toalha com o antídoto para a Magali tocar. Em seguida, ela já consegue tocar no pastel sem ele falar e finalmente ela come algo na história. 

No final, quando Is-Ti-Ling já estava convencido que estava falido, chega uma multidão para ver os pastéis falantes que cantam e dançam e seu restaurante volta a fazer sucesso com isso. Mônica vai para casa acabar de almoçar e Magali vai para dela começar. Em casa, Magali conversa com o bife que a mãe deu, dando uma cutucada com garfo. E explica para mãe que é bom avisar para não se enfezar, com a Dona Lina sem entender nada.
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Acho essa história sensacional mostrando as confusões que a Magali se meteu com as comidas falantes. Muito movimentada e de rachar de rir com as comidas falando com ela. A parte do sanduíche falando no início da história foi o máximo, Para Magali sem dúvida foi um pesadelo as comidas criarem vida e ela não poder comer nada. Dessa vez o vilão se deu bem no final, mas nem o considero como um vilão. Ele só queria se vingar da Magali por ter dado prejuízo para o restaurante. Não a coloquei completa na postagem.
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Eram normais histórias da Magali contracenando com comidas falando. De alguma forma elas passavam a falar ou por causa de uma bruxa, com mágicas, ou eram extraterrestres, etc. Era muito bom histórias assim mostrando esses absurdos. A Rosana, principalmente, adorava escrever histórias assim cheias de absurdos, envolvendo magia, fábulas e, logicamente, mexendo com a fantasia dos leitores.

A grafia "monstra" de que a água chamou a Magali não existe, colocaram só para deixar uma linguagem mais informal. Muito legal também a referência a música "Olhar 43" da banda RPM, quando o bolo falou que valeu mostrar o seu "olhar 43". Bem criativo o chinês se chamar Is-Ti-Ling, paródia de estilingue e gostei do jeito de falar igual ao Cebolinha para demonstrar que é chinês.
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Os traços maravilhosos, contornos bem grossos e com os personagens com sobrancelhas nos olhos, sem deixar com fundo branco, com a finalidade expressar sentimento com intensidade. Traços só com riscos inclinados no olho demonstrava que estavam emocionados ou bem tristes e quando aparecia só uma curva para baixo no meio dos olhos demonstrava que estava com muita raiva. Adorava traços assim. Enfim, valeu muito a pena relembrar essa história excelente e marcante que completa 25 anos esse mês.
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Créditos;)  Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2015/09/magali-hq-comidinha-esperta.html

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