Pateta n° 77 foi publicada pela Abril Jovem em Setembro de 2017 com o preço de R$ 4,50 (quatro reais e cinquenta centavos) na capa e 52 páginas no total, incluindo capa e contracapa.
Já falei, em postagens anteriores, que estranhei um pouco a capa, pois o Pateta está visivelmente incomodado com o papagaio que prestigia um tradicional jornal impresso que leva o nome de sua espécie. Acredito que a piada está no nome associado à ave que, por isso, acaba criando certa afinidade com o material. Eu acho que a cara do Pateta não precisava ser esta, pois já o vi em situações bem mais embaraçosas com uma expressão melhor, então, como disse antes, não entendi direito o motivo de colocarem-no assim.
Mas, olha que bacana! Apesar da capa não ter me agradado muito, o conteúdo está bem legal!
A história de abertura é "UM CASTELO PARA O PATETA" -- curta, simples e direta, mostra o Mickey muito preocupado após saber que o Pateta tinha comprado um castelo na Internet pelo preço de meros pães franceses. Ele vê uma revista com uma foto de castelo de brinquedo e percebe que Pateta fala de sua compra referindo-se a um imóvel de verdade. Sem saber muito o que fazer, Mickey combina com Horário de tapearem o Pateta momentaneamente. Eles aproveitam que uma conhecida grã-fina (dona de um verdadeiro castelo na cidade) vai viajar e combinam com os empregados uma suposta pegadinha que desejavam fazer a um amigo, ou seja, eles jogam uma conversa nos empregados da mansão para que não estragassem o plano deles de fazer com que Pateta acreditasse mesmo que era dono do tal castelo. Os empregados topam a brincadeira "fake" apenas porque Mickey era muito conhecido e querido, mas acham estranho a situação. Ao levarem Pateta para conhecerem seu novo castelo, Mickey e Horácio forjam assombrações.
O objetivo era deixar Pateta tão assustado que não quisesse mais saber do lugar. O plano estava dando certo até Pateta descobrir a armação e ter que ouvir a explicação dos dois. Então ele esclarece que houve um mau-entendido: que a foto do castelo de brinquedo na revista foi apenas uma referência para ele dar o lance no que estava à venda na Internet. E aí, chega a tal entrega do castelo que ele havia comprado no site de leilões. O último quadrinho mostra vários helicópteros sobrevoando a casa do Pateta. Eles seguravam um castelo enorme e verdadeiro, à procura de um lugar para pousá-lo. Mickey e Horácio aparecem desmaiando por causa de tamanho absurdo. A trama, acredito eu, visa criticar de forma humorada os mais diversos leilões "on line". Mickey e Horácio não acreditaram que um castelo de verdade estaria à venda por meros trocados os quais mal dariam para comprar pão, mas ficaram chocados ao constatarem que Pateta realmente tinha feito tal aquisição.
"GILBERTO E O BURACO NEGRO" é outra trama com pegada nonsense, pois Gilberto pede ao Superpateta que ele lhe traga um buraco negro do espaço sideral para apresentá-lo à escola como um trabalho de classe. Interessante constatar a intimidade de Gilberto com o super-herói, conversando com ele sabendo que era seu tio.
"FALSÁRIO SURREALISTA" é a terceira HQ. Logo se nota a diferenciação no trato do acabamento dos quadrinhos, trazendo a arte toda sombreada e com um estilo bem mais caprichado. João Bafo-de-Onça está na cadeia e é obrigado a se submeter às aulas de arte se quisesse diminuir sua pena. Ele vê vantagem e resolve colaborar. Um monte de situações cômicas acontecem. Ele se vê diante de vários Patetas e um Mickey também acaba aparecendo. Acredito que essa história pode ser uma homenagem a algum artista real, mas eu não peguei as referências, apenas a li na ignorância e a considerei a melhor de toda esta edição, justamente pelo Bafo normalmente surgir como um personagem antagonista, mas, agora, sendo o protagonista de um roteiro bem caprichado. Não se trata de uma historinha meia-boca só para preencher páginas. O surrealismo e o expressionismo são características artísticas que considero realmente bem interessantes.
"DOM PATETA" vem a seguir e trata-se de uma "gag" (historinha de apenas uma página) que remete a Dom Quixote. A próxima também tem uma página e se chama "O TESOURO DA ILHA PERDIDA". Se a anterior tem ares de literatura clássica, imagino que esta também visa uma referência à obra "A ILHA DO TESOURO". Eu estou deduzindo, pois, em verdade, não as li. Passei meu olhar rapidamente e percebi uma quadrinização diferente, com uma percepção (talvez equivocada... não sei...) de que as páginas foram reduzidas de seu tamanho normal, uma vez que os desenhos e os balões estão menores do que o habitual e há uma quantidade de quadrinhos muito maior.
Fiz questão de colocar também a publicidade em torno do "Thor: Ragnarok" e mais um volume das obras do Carl Barks, desta vez com o subtítulo "O Vil Metal e os Vilões", que apresenta certo destaque aos Irmãos Metralha. Foram os lançamentos da época. Daqui há uns cinco anos será interessante olhar esses anúncios.
Créditos;) Fabiano Caldeira - https://socializandohq.blogspot.com.br/2018/01/pateta-n-77.html
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