196 anos! Isso mesmo, tem esse tempão todo que o Brasil proclamou sua independência administrativa de Portugal e conquistou sua autonomia política.
No dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, Dom Pedro proclamou com toda braveza a Independência do nosso Brasil.
Os Estados Unidos e o México foram os primeiros países a reconhecer que o Brasil já não era uma colônia. Já Portugal exigiu que o Brasil pagasse 2 milhões de libras esterlinas para que a independência fosse reconhecida!
Em uma tarde de sábado, dom Pedro e sua comitiva voltavam de Santos quando encontraram um mensageiro às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.
Ele trazia cartas da princesa Leopoldina e de José Bonifácio, que alertavam sobre ordens de Portugal.
Os portugueses exigiam a demissão de ministros e o retorno do príncipe regente, ameaçandoaté mandar soldados portugueses para buscá-lo.
Os portugueses exigiam a demissão de ministros e o retorno do príncipe regente, ameaçandoaté mandar soldados portugueses para buscá-lo.
Contam que dom Pedro ficou tão furioso com essas notícias, que arrancou de seu chapéu o laço com as cores da família real portuguesa e disse: “Laços fora, soldados. Viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil. Independência ou morte!”.
Assim, a partir de 7 de setembro de 1822, o Brasildeixou de ser uma colônia e tornou-se um país independente, dono de suas riquezas, com seu governo e sua população. Logo depois, dom Pedro foi coroado imperador.
Laços fora? Que nada!
É bom lembrar, no entanto, que ele fazia parte da família real portuguesa, ou seja, nosso país deixou de ser uma colônia, mas mantiveram-se a estrutura de poder da monarquiae os laços entre os dois países. Tanto que, no dia a dia das pessoas comuns, pouca coisa mudou quando o Brasil separou-se de Portugal.
Liberdade para poucos
Nem todo mundo aprovou a novidade. É que naquela época muita gente já achava que era hora de o Brasil virar uma República. Mas o novo imperador tinha o apoio de fazendeiros, comerciantes e pessoas ricas e poderosas, que garantiram o seu poder.
Para continuar com esse apoio, ele criou leis que favoreciam essas pessoas e atendeu a um pedido delas: manteve o regime de escravidão no país. Ou seja, a liberdade no Brasil ainda era para poucos.
Ilustrações: Jean Galvão / Consultoria: Fabricio de Sousa Morais (professor graduado em história e mestre em sociologia pela UFPB).
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