terça-feira, 1 de setembro de 2020

Arquivos Turma da Mônica N°869 - Tina: HQ "Amizade ou paquera?"

Mostro uma história em que o Rolo passou sufoco para que sua namorada ciumenta não o visse junto com a Tina em uma lanchonete. Com 5 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 181' (Ed. Abril, 1985).
Nela, Rolo e Tina estão em uma lanchonete e quando Rolo comenta que fazia um tempão que eles não saíam para um bom bate-papo, ele vê sua namorada chegando na lanchonete e se esconde debaixo da mesa. Tina primeiro pensa que ele tinha perdido alguma coisa e depois que ele fala que é sua namorada, Tina deseja ir lá conhecê-la.

Rolo impede e fala que a namorada não pode saber que ele foi à lanchonete com a Tina, seria o fim do namoro, nunca ia acreditar que eles são só amigos. O garçom chega com o pedido e pergunta ao Rolo se perdeu alguma coisa e ele diz que vai comer ali mesmo no chão, dando desculpa que é ótimo para digestão, comprovado pela ciência gastronômica. 

Garçom acha Rolo maluco e Tina comenta que não sabe como a namorada não percebeu nada. Rolo fala que nem pode perceber, come bem rápido e pede a conta para sair de lá o quanto antes. Depois de pagar, ele sai carregando a mesa e o garçom impede de levar a mesa. Rolo fala que é um empréstimo e devolve na saída, enquanto a namorada reconhece a voz do Rolo. A namorada vai em sua direção, perguntando se era o Rolo e ele, mais que depressa, sai da mesa e joga na sua cabeça  a macarronada dos fregueses da mesa ao lado. Ao ver com macarrão na cabeça, a namorada se desculpa, não pode ser o Rolo porque nem ele seria tão biruta de fazer isso.

Rolo e Tina vão embora, com Tina avisando para não olharem para ela, não conhece aquele cara e nem é amiga dele. Na rua, Tina fala que não precisava dar todo aquele vexame e Rolo diz que sim, faz de tudo para salvar o seu namoro. No final, vê um cara entrando na lanchonete e sentando ao lado da sua namorada e ele vai até lá e dá bronca, não acreditando que o cara é só amigo dela.

Muito engraçada essa história com Rolo com medo de sua namorada ver conversando com a Tina e faz de tudo para ela não ver, passando por vários constrangimentos. Engraçado vê-lo debaixo da mesa comendo no chão ,atravessando a lanchonete carregando a mesa e jogando macarronada na cabeça só pra não terminar namoro por ciúme dela. Situação inverteu no final, ele que deu crise de ciúme ao ver namorada conversando com outro. Ficou final aberto com o que aconteceu na sequência, se terminaram ou não namoro, mas provavelmente sim, já que Rolo aparecia com namorada diferente (ou várias) a cada história.

Mostra casos de casais inseguros e ciumentos na vida real que não pode ver com outro (a) que começa a dar ciúme e fazer escândalo e resolveram fazer história assim com Rolo. As vezes ele pode ter se preocupado à toa  e a namorada nem poderia ter feito nada  se o visse junto com Tina, mas pelo medo dele, a namorada era ciumenta e poderia fazer escândalo sim.

Rolo até chegou a ter interesse na Tina algumas vezes nos anos 1970, após a reformulação de 1977, ora Rolo gostando da Tina, ora Tina gostando dele, sem serem correspondidos. Mas nos anos 1980, ainda mais nessa altura de 1985, já ficou bem definido que eles não se gostam, eram apenas amigos mesmo, com Tina chegando a ter namorado fixo, o Jaime, e o Rolo paquerador, com cada história com namorada diferente ou pegando várias em uma mesma história.

Tiveram alguns deslizes nessa história como quem pagou a conta da macarronada que o Rolo jogou na cabeça, se foi ele, os fregueses ou a lanchonete ficou com prejuízo, se ele até pagou, mas não mostraram para agilizar a história. Como eles não gostavam de histórias grandes e sem deixar tudo bem explicado, aí podia acontecer  essas coisas, até prefiro assim sem explicar muita coisa. Podia o ambiente ser tratado como restaurante á que serviram macarrão lá. A namorada ficou sem nome e o título da história podia ter créditos a Rolo ou pelo menos Tina e Rolo. Considero mais uma história dele do que da Tina. Traços excelentes da fase de ouro da Turma da Tina dos anos 1980 que dava gosto de ver.

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