Nela, conhecemos o velhinho Antero Antunes e seu filho Genovevo. Antero estava nas últimas, perto de morrer, inclusive médico chorou quando o viu e o padre foi confessar. Antero sabe que sua vida está no fim e se conforma que sempre será conhecido como o inventor de "Limpax" que deixa tudo limpo. Limpa tão bem que nunca mais nasceu cabelo no Genovevo quando usou o shampoo da linha.
Antero ainda deseja que o filho continue com a obra de produção de Limpax, mas quando vai revelar a fórmula, Dona Morte aparece e ele morre. Genovevo reclama que ela tinha que aparecer justo na hora que ia revelar a fórmula de família e Dona Morte diz que esse é o charme enquanto a alma do Antero sai do corpo dele e escapa pela janela.
Ao cair do prédio, a alma estava leve e sem controle e vai cair dentro do Cascão, que estava passando pelo prédio na hora. Cascão sente um gelado na hora que o espírito de Antero entra no corpo dele e em seguida se assusta ao ver a Dona Morte, dizendo que a gente vê cada figura. Logo depois, tenta andar para esquerda, mas o espírito de Antero o faz andar involuntariamente pela direita. Cascão reclama que quer ir para direita e o corpo vai para a esquerda e irritado ele reclama que a sua perna esquerda não obedece e começa a suar com o movimento.
O espírito de Antero começa a falar que não imaginava que o além-vida fosse tão fedorento. Cascão se pergunta se foi ele que falou aquilo e o espírito diz que não e Cascão se assusta pensando que perdeu controle da boca. Quando o espírito fala que era a boca dos dois, Cascão pensa que está ficando louco e Antero se identifica que ele é o espírito que tomou conta de metade do seu corpo.
Cascão desmaia e o espírito o faz acordar, já cansou de ficar deitado e quer ação. Quer tomar sorvete, pular, correr, brincar, mas antes de tudo tomar um bom banho, deixando Cascão desesperado. o Espirito diz que é Antero, criador de "Limpax" e que vai fazer tomar banho sim, enquanto o homem na rua se assusta ver Cascão falando sozinho com 2 vozes. Cascão diz que o espírito não manda nele e vai brincar no lixão, caminhando em direção de lá. O espírito quer banho e vai em direção ao rio. Tem um jogo de ir para lixão e ir tomar banho entre eles até Cascão cair dizendo que ganhou a disputa.
Nessa hora, a rua enche de gente aplaudindo, achando que o Cascão era um artista de rua. Mônica também estava e pergunta que não sabia que ele havia virado artista de rua. Cascão fala que um espírito baixou nele e Antero pergunta quem é aquela baixinha, dentuça e gorducha. Mônica fica com raiva e cascão diz que quem falou foi o Espírito.
Mônica não acredita e bate no Cascão. Isso faz coque ele fique fraco, permitindo o Espírito de Antero ficar mais forte e dominar o corpo do Cascão. Ele agradece à Mônica e fala que vai aproveitar para tomar banho. Mônica se assusta e corre para contar pra turma. Cebolinha, Magali e Franjinha ficam surpresos com a notícia e Cebolinha diz que se não foi espírito, foi um santo que baixou no Cascão e que importante é que vai tomar banho e não vai perder.
Todos vão em direção ao rio e Cascão estava próximo, com espírito se preparando para tomar banho. Quando estava pestes a acordar, Cascão acorda do desmaio e se assusta ao se ver na beira do rio. Cascão se segura em uma árvore e o Espírito pergunta aonde ele vai e se esqueceu do banho. Apesar de acordado, ainda estava fraco e o Espírito consegue ir até ao rio. A turma percebe que não era encenação do Cascão, se convencem que baixou um espírito nele e seguram os braços e pernas dele enquanto o Espírito grita que quer tomar banho.
Nisso, o Genovevo estava procurando a alma do pai como um caça-fantasma e, ao ouvir sua voz, encontra no corpo do Cascão e segurado pela turminha. Genovevo fala que nunca imaginou que tivesse fantasmas encardidos e ele diz que está no corpo do Cascão e manda tirar dali. Genovevo puxa os braços e pernas do Cascão de um lado e a turminha do outro, até que aparece Dona Morte.
Quando o espírito pula no rio, Dona Morte taca a foice no Cascão tirando o espírito do corpo dele. Cascão vai pra fora do rio se segurando na árvore enquanto o espírito cai na água. Dona Morte fala que a missão na Terra dele acabou e que a Turma do Penadinho o espera. Antes de partir, Genovevo pergunta qual é a fórmula de "Limpax". Antero diz que a fórmula esatava na careca do filho, que colocou enquanto dormia e só colocar um espelho para ver.
Dona Morte e Antero vão para o além e Genovevo se despede da turminha, falando que vai continuar a obra do pai. A turma acha tudo incrível e que Cascão escapou por pouco de tomar banho. Só que ele havia sumido de lá e acham que o susto foi demais para ele e havia morrido. No final, Mônica diz que baixou outro espírito no cascão, o espírito de porco, com ele todo feliz brincando no lixão.
Muito legal essa história com o espírito do velho Antero querendo ficar no corpo do Cascão e querer tomar banho pra não ficar em um corpo imundo, ainda mais ele que era o inventor dos produtos "Limpax" e que gostava de tudo limpo. Acontecia de tudo com o Cascão, se não bastassem vilões e a turminha querer dar banho nele, até um espírito baixado nele também tentou.
Foi o máximo o crossover da turminha com a Dona Morte, gosto quando tem essa mistura de núcleos diferentes. De início parecia uma história da Dona Morte, até aparecer o Cascão. E dava para pensar que até que o roteiro seria algo do tipo de darem banho no Cascão com os produtos "Limpax" do Antero, mas acabou sendo o Espírito querer dar banho nele.
A MSP gostava de histórias envolvendo Espiritismo, personagens possuídos por espíritos, vida após a morte, espíritos trocando de corpo, reencarnação, vidas passadas, eram sempre bem envolventes. Maioria era com a Turma do Penadinho, mas as vezes tinham com outros personagens. Hoje histórias com religião não fazem mais para não privilegiar nenhuma, fora acharem que daria medo e trauma nas crianças e Cascão brincando no lixão como no final inadmissível para o povo do politicamente correto e, com isso, impublicável atualmente.
Foi até considerada uma história grande com 18 páginas em um gibi quinzenal, ocupou metade do gibi. Nos anos 1990 estavam colocando de vez em quando histórias mais compridas embora prevalecia um número médio, tipo 13 páginas. Os traços muito bons e caprichados, típicos dos anos 1990. Colocaram balões de formato diferentes para diferenciar as falas do Cascão e do Espírito baixado nele. Teve um erro de colorização na penúltima página da história em que a roupa do Genovevo apareceu branca em vez de cinza em 2 quadrinhos.
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