Mostro uma história em que o Anjinho bancou de cabeleireiro por exigência da Mônica depois de ela o ter visto arrumando o cabelo de uma mulher. Com 5 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 130' (Ed. Abril, 1981).
Capa de 'Mônica Nº 130' (Ed.Abril, 1981) |
Anjinho sobrevoa o céu e acaba desarrumando o cabelo de uma mulher ao passar perto dela como um foguete. A mulher assobia par avisar que Anjinho desarrumou o penteado dela e ele mexe no cabelo dela e para surpresa de todos, consegue fazer um penteado muito bonito na mulher e ela fica satisfeita. Mônica estava caminhando lá e vê tudo de longe e segura o pé do Anjinho quando tentava levantar voo de novo.
Mônica resolve abrir um salão de cabeleireiro para não desperdiçar o talento do Anjinho de arrumar cabelos pensando que vai economizar na ida ao cabeleireiro e com a inteligência dela e as mãos dele, vão longe. Anjinho fica com medo e tenta desistir e se esconde atrás da cadeira quando vê Cebolinha e Cascão se aproximando. Os meninos reconhecem o Anjinho e acham engraçado ele estar como cabeleireiro e resolvem contar para turma toda.
Mônica vê e segura os meninos e os fazem como os primeiros clientes do Anjinho, que pergunta se eles vão querer cabelos lisos, encaracolados ou par ao lado. Cascão fala que se mexer no cabelo dele vai ter briga. Anjinho diz que hoje em dia muitos homens vão a cabeleireiro, Cascão diz que ele não é homem, é menino e ninguém vai mexer no cabelo e Cebolinha complementa que nem no dele. Mônica, autoritária, pergunta se pode mexer no olho, já fazendo sinal que ia dar soco neles. Os meninos mudam de ideia e deixam Anjinho mexer para não apanharem.
Depois de terminado, os meninos gostam do resultados quando se olham no espelho e começam a aparecer Xaveco e outras crianças perguntando como o Cebolinha arranjou aquele cabelo diferente e bem legal. Cebolinha diz que foi o Anjinho, que comenta que aprendeu mexendo com as nuvens. Começa a aparecer mais gente querendo mudar visual. Mônica exige que ela seja a primeira e o povo reclama que é furona, tem que ir para o fim da fila e é muito audácia. Vendo a fila gigantesca e com a pressão de todos, só resta a Mônica ir a cabeleireira, que comenta que teve sorte do salão estar vazio e nem sabe o por quê e Mônica fala que sabe o motivo, olhando para a fila de fora, terminando assim.
É engraçada essa história com a Mônica querendo formar um salão de cabeleireiro aproveitando o talento do Anjinho de arrumar cabelo. Foi legal ver o lado empreendedor da Mônica e bem curiosa essa capacidade dele de fazer penteados incríveis só com a mão. Foi engraçado ver Cebolinha e Cascão obrigados a terem seus cabelos mexidos para não apanharem da Mônica e a surpresa de eles terem gostado do resultado.
Vemos uma Mônica bem autoritária, exigindo que os outros façam o que ela quer e ameaçando os meninos com surra se não fizessem o que ela queria. Só que dessa vez ela se deu mal com seu gênio, ela até podia bater em todo mundo para ser a primeira a ter os cabelos arrumados pelo Anjinho, mas ela ficaria com fama de má educada se fizesse isso com todos.
Tiveram outras histórias com os personagens como cabeleireiros, sempre eram divertidas. Hoje em dia impublicável, a Mônica não é mais autoritária desse jeito e raramente bate nos meninos, fora que envolve trabalho com crianças, coisa que também não gostam atualmente, assim como o bullying dos meninos com o Anjinho e eles não quererem mexer no cabelo deles por acharem que cabeleireiro é coisa de mulher.
Os traços ficaram muito bons, típicos do início dos anos 1980 e transição do que iria ficar em definitivo a partir da metade daquela década. Curioso que não desenharam auréola no Anjinho, pode ser esquecimento do desenhista ou estilo de um desenhista específico Termino mostrando a capa do 'Almanacão de Férias Nº 2' (Ed. Globo, 1988) onde Foi republicada depois.
Capa de 'Almanacão de Férias Nº 2' (Ed. Globo, 1988) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário