Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 34' (Ed. Globo, 1996) |
Começa o Cascão fugindo da Mônica depois de ter aprontado com ela e se esconde dentro de um cano. Ela não vê e vai embora, deixando Cascão aliviado, se achando um gênio porque lá seria o último lugar que Mônica ia procurá-lo.
Logo Cascão vê Mônica olhando para o cano e ele acha que não seria esperta e devia estar olhando para outro cano. Mônica vai em direção e Cascão fica desesperado e tenta fugir, mas percebe que ficou preso. Quando Mônica está quase chegando, o cano é suspenso por uma alavanca de um trator. Ele não sabe o que acontece lá fora, só percebe que está voando e acaba o cano sendo encaixado em um outro cano. Cascão vê que ficou escuro, mas pelo menos fica aliviado que escapou da Mônica, é o esconderijo mais seguro que encontrou.
Enquanto isso, o leitor descobre que estava havendo um evento da inauguração do chafariz, com presença do prefeito e cheio de gente para ver o momento. Cascão havia entrado no momento em que estavam conduzindo o fechamento dos canos para a inauguração. O prefeito abre a válvula para acionar o chafariz. Cascão estava dentro dos canos, percebe ruído, cheiro e sabia que era sintomas que água estava vindo.
A gente pensa que finalmente ele ia se molhar, mas de repente a água para de fluir e todos estranham que chafariz não funcionou. O prefeito disfarça e chama atenção do Geraldo, que seria alguém do governo e genro do prefeito, e Geraldo diz que não sabia o que aconteceu enquanto o povo ovaciona jogando tomates e peras neles.
O chafariz não funcionou porque o Cascão colocou um guarda-chuva para tampar o fluxo de água e não molhá-lo. O prefeito abre mais a válvula e a pressão da água não aguenta o guarda-chuva, a área que o prefeito e seu genro está inchando com a água, o chão se abre jorrando água com prefeito e Geraldo em cima e Cascão sai pela saída do chafariz. Um verdadeiro vexame para a prefeitura. Ao mesmo tempo, Cascão cai em cima da Mônica e Geraldo cai em cima do prefeito. Cascão comenta que não sentiu a queda porque caiu em alguma coisa macia enquanto Geraldo propõe ao sogro prefeito que podia lançar uma cascata artificial no lugar. Tanto Mônica quanto o prefeito ficam com raiva do Cascão e Geraldo, respectivamente e no final Cascão e Geraldo se escondem em uma árvore e Cascão pergunta a Geraldo se ele aprontou coma Mônica enquanto Mônica e prefeito ficam procurando seus desafetos.
História muito engraçada, cheia de movimento, com Cascão se escondendo da Mônica em um cano para não apanhar, mas quase acabou se dando muito mal, prestes a se molhar com a água que ia acionar o chafariz da prefeitura. No momento do desespero Cascão sempre tem alguma astúcia, quando a gente pensa que ele finalmente ia tomar banho, ele tem uma ideia inusitada e consegue escapar. Dessa vez foi o seu guarda-chuva inseparável, que sempre anda a tiracolo que o ajudou a escapar do banho e ainda tirou os planos do prefeito de ganhar prestígio com a inauguração do chafariz.
Foi muito engraçado ver esses apuros do Cascão, sempre rendiam ótimas histórias desse tipo de fugir do banho a todo custo, na marra. Cascão caindo em cima da Mônica foi engraçado demais e tem absurdo de ele sair na saída do chafariz com entrada tão pequena.
Eu gostava também dos personagens falando sozinhos, se achando convencidos, achando que nasceram com "bumbum virado pra Lua" quando tinham muita sorte, ou se achando gênios, como o Cascão falando pra si mesmo "As vezes não sei como você aguenta ser tão inteligente". Cascão e Chico Bento eram campeões naquela época com essa personalidade, normalmente se davam muito mal com final hilário quando agiam assim.
Os traços excelentes, já com estilo consagrado dos anos 1980 e que nunca deviam ter mudado. Não foi mostrado o que Cascão aprontou com a Mônica, já colocando ele entrando no cano, para agilizar a trama, já que era uma revista quinzenal com 36 páginas. Bom que vão direto ao ponto sem enrolação, só se sabe que ele aprontou com ela e o motivo fica na imaginação de cada um. Até o título da história foi engraçado, trocadilho "Cascão entrou pelo cano", dando dupla interpretação que se encaixa perfeitamente: entrou no cano para o chafariz ou expressão popular de que se deu muito mal. Eram criativos até nos títulos.
Foi legal também mostrar um prefeito ambicioso e boa a crítica do prefeito colocar parente em sua equipe sem ninguém saber. Incorreta pelo tema do Cascão entrar em um cano e ser perigoso, além de palavras como "Diacho!", "droga" e "imbecil serem proibidas atualmente, o prefeito procurar o genro com um pau na mão dando ideia de violência de dar paulada nele e Mônica procurar Cascão na lata de lixo, coisa que não tem mais hoje.
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