Capa de 'Mônica Nº 55' (Ed. Globo, 1991) |
Magali pergunta se ela não pode tomar sorvete e Mônica responde que não pode é sair de lá. Ela explica que estava vindo cansada, senta na pedra para descansar e de repente ouve um "Blosh!", de alguma coisa mole e pegajosa, sentou em cima sem ver antes, e está sem coragem de levantar e ver o que é. Conta ainda que está há 2 horas lá com medo de se levantar e se ver coisa nojenta, vai desmaiar.
Mônica pede para Magali ir atrás para ver se consegue descobrir o que é e Magali vê uma coisa verde aparecendo. Mônica se desespera, se perguntando o que pode ser verde, mole e pegajoso e pensa que esmagou uma lagartona ou besouro. Magali diz que pode ser um sorvete de abacate, mas Mônica diz que não estava gelado na hora, e, então, Magali acha que pode ser um pudim ou maria-mole.
Nisso, surgem Cebolinha e Cascão, com Cebolinha perguntando como o Cascão conseguiu perder um sapo. Cascão diz que deixou naquele local em cima de uma pedra e pergunta para ela se não viu algum sapo quando sentou lá. Mônica desmaia, Cascão se espanta de ela ter desmaiado sentada e Magali diz que é fraqueza. Cebolinha tenta levar a Mônica para casa dela e Magali impede, falando que ficar lá é melhor, palavra de melhor amiga.
Cebolinha e Cascão vão embora para procurar o sapo, Mônica acorda e lamenta que foi esmagar logo um sapo e Magali diz que morte horrível ele teve. Mônica diz que agora não sai mais de lá mesmo. Os meninos voltam e Cebolinha pergunta ao Cascão como o sapo era. Ele diz que era bem gordinho, verde, com bolinhas amarelas e olhos vermelhos. O verde igual como a Mônica estava com nojo enquanto ele falava do sapo.
Cebolinha fala que nunca vão achar naquela grama e Magali fala que a Mônica tem que contar para o Cascão. Mônica recusa porque o Cebolinha ia gozá-la o resto da vida e Magali diz que o Cascão ia sofrer menos. Cebolinha escuta as meninas falando nomes deles e Mônica disfarça que elas estavam falando como eles estavam elegantes. Cebolinha acha estranho Mônica sentada naquela pedra com aquele solzão e acha que está escondendo alguma coisa.
As meninas falam que não e Cebolinha pergunta se está ali por que quer e logo em seguida pega o Sansão que estava no bolso do vestido dela. Ele pega, dá nós nas orelhas e diz se a Mônica quiser de volta que ela se levante e vá tirar dele. Cebolinha acha que a calcinha dela rasgou, chama o Cascão e eles provocam a chamando de bobona, baixinha e dentuça enquanto dão nós no Sansão. Mônica não aguenta, sai da pedra com raiva e Cebolinha pergunta o que é aquilo verde, mole e pegajoso.
Cascão manda a Mônica confessar que sentou no sapinho dele. Mônica diz que não tinha visto, Cascão começa a chorar, Mônica tenta consolar e ele diz que teve tanto trabalho de fazer o sapo com a massa de modelar. Mônica fica furiosa de ter passado o sufoco a toa e também pelos xingamentos, aí bate nos meninos e joga massa de modelar neles. No final, os meninos vão parar no hospital para enfermeira fazer curativos neles, mas ela a enfermeira está com nojo falando com o doutor que eles estão com algo verde, mole e pegajoso na cara.
É engraçada demais essa história com a Mônica de novo às voltas com bichos nojentos e o seu pavor com eles. A Mônica senta em uma pedra sem saber que tinha alguma coisa lá e fica com medo em saber o que era e se recusava a levantar da pedra. Quando descobriu que foi em um sapo, aí se desespera por ter nojo de bichos assim e tem a reviravolta quando descobre que era apenas um sapo feito de massa de modelar.
Primeiro a gente fica envolvido com o mistério de tentar descobrir em quê ela sentou que era verde, mole e pegajoso, depois de descobrir que era um sapo foi hilário ver a Mônica desmaiar, e mais ainda a cara dela quando descobriu tudo e dar surra nos meninos a ponto de irem para o hospital e enfermeira com nojo da cara deles verdes, moles e pegajosas. Interessante eles não sabiam que era o sapo do Cascão e aproveitaram a situação para aprontar com a Mônica sabendo que ela não podia sair de lá, não deixa de ser um plano saído sem querer, acontecia de planos infalíveis surgirem do nada, com aproveito de uma situação no momento. Mônica além de bater neles, também gostava de ampliar o castigo com algo a mais para ficar mais engraçado, dessa vez foi jogar a massa de modelar na cara deles.
Realmente seria bem estranho se a Mônica esmagasse um sapo de verdade. Pelo menos foi um de mentira, mas que deixou Cascão bem chateado da mesma forma. Essa ideia de ter sentado em um sapo de verdade e Mônica sofrer por isso e os meninos aproveitarem fraqueza da Mônica para aprontar com ela, seria incorreta nos dias atuais, fora Mônica surrar os meninos no final, que evitam ao máximo hoje em dia. Curiosamente, foi a segunda história quase que em seguida com Mônica com nojo de bichos, ela também ficou apavorada com uma lagartixa de brinquedo na história "Péssimo negócio", de 'Mônica Nº 53', de maio de 1991. Estavam investindo mais, então, nessa característica da Mônica na época.
Essa história "Algo verde, mole e pegajoso" depois virou desenho animado no VHS "Quadro a Quadro", de 1996, mostrando da mesma forma só que com animação. Essa fita VHS em especial foi só com desenhos com adaptações de histórias originais de gibis escritas pela Rosana, que havia falecido no início daquele ano e foi como uma homenagem da MSP a ela. E esse VHS "Quadro a Quadro" inspirou depois a coleção de VHS de "Video Gibi Turma da Mônica", em 4 volumes entre 1997 a 1999.
Os traços muito bonitos e encantadores, com direito a curva nos olhos mostrando intensidade de sentimentos de raiva, de tristeza, etc, sem serem pintados com fundos brancos que estavam em alta na época e deixavam os personagens mais fofinhos ainda. Muito bom relembrar essa história marcante há exatos 30 anos.
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