Capa de 'Chico Bento Nº 7' (Ed. Abril, 1982) |
Humberto tenta dizer dizer que é mudo, que só emite som "Hum! Hum!" e como aponta para boca, o ascensorista pensa que ele quer ir para o restaurante do quinto andar. Humberto fica brabo e resolve apertar o botão do elevador. O ascensorista impede, tira Humberto, o chama de louco, pergunta se ele quer que seja despedido e o deixa no quinto andar. Humberto fica brabo e o ascensorista deixa no térreo. Humberto sai, com ascensorista com pena achando que ele era louco e só resta subir 7 andares. Quando chega, já bem ofegante, no final o seu primo o recebe e pergunta por que ele não usou elevador.
História bem divertida com o Humberto passando sufoco em um elevador sozinho por ascensorista não entender que ele queria ir para o sétimo andar. Acabou é subindo os 7 andares de escada por não ter sido compreendido pelo ascensorista e o primo ficar sem entender por que ele não usou elevador. Foi engraçado ver os problemas de comunicação entre o ascensorista e o Humberto como ascensorista achar que o "7" com os dedos era "paz e amor" e ele pensar que Humberto queria comer no restaurante ao apontar para boca. Antes o Humberto saísse no quinto andar sem chiar, pelo menos só precisaria subir 2 andares na escada ao invés de 7. Alternativa pra ele seria andar com um bloco e caneta para escrever o que perguntavam pra ele, mas aí não teria história.
Por conta do Humberto só emitir som "Hum! Hum!" passava vários constrangimentos ao andar sozinho e contracenar com alguém não o conhecia nas histórias antigas. Em vez de mudo, ele era sempre considerado louco pelos outros. Não é a toa que já teve história do Humberto publicado em Almanaque "Coleção Um Tema Só Cebolinha e o Louco" por ter muito estilo de loucuras e os outros perdendo paciência com ele. Histórias do Humberto assim eram boas, além de serem bem engraçadas, davam para refletir depois o que os mudos passavam na vida real e não fazer o mesmo com eles. Atualmente impublicável por ter chacota com um deficiente e ainda sofrer e se dar mal no final, povo do politicamente correto ia implicar muito.
Humberto mesmo considerado mudo, tinham histórias em que ele emitia "Hum! Hum!" como foi nessa ou era mudo por completo, sem falar nada. Variavam de acordo com roteiro, quando queriam fazer trocadilhos do tipo "Hum!" com numeral "Um", aí eles colocavam falando "Hum!". Essas eram mais engraçadas ainda. Os traços ficaram bons, típicos de histórias de miolo nos anos 1980, Humberto ainda com short preto, depois mudariam para branco como fixo. Teve um erro do ascensorista não aparecer de bigode no 6º quadrinho da 2ª página e talvez um erro o Humberto no quadrinho seguinte falar um "Grr!", que aí podia ser um balão de pensamento para demonstrar que estava com raiva. O ascensorista e o primo do Humberto só apareceram nessa história, como de costume de personagens secundários.
Curioso uma história do Humberto em um gibi do Chico Bento, mas acontecia bastante nos primeiros números do Chico da Editora Abril de ter também histórias de secundários da Turma do Limoeiro como Humberto, Anjinho, Titi, Jeremias, Zé Luís, etc, podendo ou não ter participação de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. Acontecia porque não tinham histórias do Chico suficientes já produzidas para fechar os gibis e, provavelmente, também para demonstrar que o Chico era um personagem do Mauricio, pois era o gibi mais diferente e o personagem ser menos conhecido na época com histórias esporádicas em gibis da Mônica e Cebolinha antes de ter gibi próprio. À medida que tiveram mais histórias do Chico produzidas e ele se tornar personagem mais conhecido, depois colocaram só Papa-Capim como personagem secundário em gibis do Chico.
Essa história foi republicada depois em 'Almanaque do Chico Bento Nº 4' (Ed. Globo, 1988). Termino mostrando a capa desse almanaque.
Capa de 'Almanaque do Chico Bento Nº 4' (Ed. Globo, 1988)
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2021/09/hq-humberto-no-elevador.html |
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