Capa de 'Mônica Nº 194' (Ed. Abril, 1986) |
Jacó estranha como pode ser tão comilona se é tão pequena e tão magrinha. O vendedor fala que depois dos cachorros-quentes, Magali vai comer salgadinhos, doces, sorvetes e maçãs do amor. Jacó estranha comer aquilo tudo e ela diz que só quando está com meio sem fome, normalmente come mais. Jacó não acredita que Magali tem mais apetite que ele e a desafia para ver quem é o maior comilão.
No rodízio de pizzas, Jacó pede 20 pizzas e Magali pede 30. Vão pedindo mais e cada vez mais, até a pizzaria fechar por falta de pizzas disponíveis. Depois eles vão a rodízios de carnes, de massas, saladas, batatas-fritas. No último estabelecimento que tinha rodízio de tudo, Jacó não se levanta mais direito e cai de tanto peso e vai parar no hospital de maca, falando que depois dessa vai querer ser faquir. No final, Magali vai para casa e pergunta para mãe se a janta vai demorar, confirmando, assim ser a vencedora do duelo e depois de comer aquilo tudo, ainda tinha apetite pra jantar.
História muito boa com o milionário Jacó Milão querendo duelar com a Magali para ver quem come mais ao descobrir pelo seu cozinheiro que ele não era o maior comilão do mundo. Comeram demais em vários tipos de rodízios, dando prejuízos aos estabelecimentos que foram, mas no final Magali é a vencedora, fazendo o Jacó Milão parar no hospital e ela ainda ter força para jantar em casa depois de tudo que comeu nos rodízios.
Foram vários absurdos divertidos, legal ver a brabeza do Jacó com a notícia do cozinheiro sobre Magali ser a mais comilona, o passeio pelo mundo pra ir atrás da Magali, a surpresa de vê-la pedindo 15 cachorros-quentes e toda a comilança dos dois ao longo dos rodízios, dando trabalho até pra garçons e o Jacó indo de hospital de maca. Esses absurdos e fome exagerada da Magali não são mais explorados nas revistas de hoje e nem ter um final com homem parando no hospital, então, seria incorreta atualmente.
O nome Jacó Milão foi bem criativo, com trocadilho a comilão, só sendo milionário pra poder comer como ele comia. Ele só apareceu nessa história, como de costume personagens secundários assim. Eles gostavam de colocar histórias da Magali enfrentando outros comilões inconformados que a Magali comia mais, sempre rendiam boas histórias assim. Não revelou de qual país o Jacó era, se era estrangeiro ou então era brasileiro mesmo que rodou mundo todo e encontrou a Magali depois de retornar para o Brasil. O cozinheiro podia ter dito de qual país ela era para Jacó não ter todo o trabalho de percorrer mundo.
Os traços excelentes, já no estilo da fase consagrada dos personagens nos anos 1980, com direito a uma franjinha maior no topo do cabelo da Magali que ficava mais bonita. A história saiu em um gibi da Mônica porque a Magali ainda não tinha revista na Editora Abril e aí colocavam histórias dela nas revistas da Mônica e Cebolinha. Essas mais próximas de 1989, quando lançaram a sua revista, serviram como um preparo para os leitores se acostumarem com as histórias solo da Magali até criarem a revista dela. A história sendo como encerramento da revista, acabou dando destaque à Magali.
Foi republicada depois em 'Almanaque da Magali N º 2' (Ed, Globo, 1990), antes dos tradicionais 5 anos de intervalo mínimo da original porque a Magali não tinha histórias antigas suficientes pra republicação até o momento. E foi republicada novamente logo depois em 1991 no livro "As Melhores Histórias da Magali" da Editora L&PM. Ambas republicadas como histórias de abertura. As imagens da postagem eu tirei do almanaque de 1990. A seguir mostro as capas dessas edições.
Capa do livro 'As melhores Histórias da Magali' (Editora L&PM, 1991)
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2021/12/magali-hq-o-desafio-de-jaco-milao.html |
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