Mostro uma história em que o papa-Capim se deparou com árvores enfeitadas com bolas de natal e ele pensava que era frutas. Com 4 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 24' (Ed. Globo, 1987).
Capa de 'Chico Bento Nº 24' (Ed. Globo, 1987) |
Papa-Capim encontra uma árvore com frutas esquisitas, ele sobe para ver e ao tentar comer, elas quebram. Ele acha que estão ocas, um bicho comeu o que tinha dentro. Um menino chega e fala para ter cuidado para não quebrar as bolas de Natal, não são frutas, são enfeites que ele está pendurando nas árvores para ficar mais bonita.
Então, Papa-Capim pede para ajudar e o menino fala para ter cuidado porque são delicadas. Depois de terminaram, o menino convida Papa-Capim para a ceia de Natal. A família comemora o Natal, fazem a ceia e o Papa-Capim ainda ganha um presente do menino. Depois, Papa-Capim vai embora e encontra uma árvore com frutas de verdade e então, ele comenta que prefere o jeito que Tupã usa para enfeitar as árvores.
Uma história bem simples e curtinha, típica de miolo e com uma boa mensagem de Natal. Papa-Capim não tinha conhecimento sobre bolas de Natal enfeitar as árvores e pensava que eram frutas esquisitas, depois de saber, gostou da ideia de enfeitar árvores com as bolas, só que não abre mão do jeito natural que o Tupã criou para enfeitar as árvores com as frutas de verdade, achou mais bonitas as frutas de Tupã. Mostra que o homem pode ter boa intenção de decorar as árvores, mas a obra de Deus é melhor.
Montar árvores de Natal com enfeites dentro de casa é uma tradição milenar, as bolas, de fato, representam as frutas com significado de simbolizar prosperidade na festa. Apesar de ter uma Árvore de Natal em casa, o menino queria que as árvores perto da casa dele também entrassem em clima de Natal. Na verdade, deveria ser pinheiro, mas como não tinha, o menino que morava na resolveu enfeitar as árvores na selva ao seu redor.
Ponto legal na história foi o Papa-Capim descobrir a cultura Natalina e a família do menino ter o contato com um índio primitivo sem conflitos. Não teve medo nem do menino ver o Papa-Capim e vice-versa, conversaram numa boa sem se estranharem e ainda convidou Papa-Capim para a ceia e deu presente a ele. Não tinha uma padronização nisso em relação aos índios e aos homens brancos, as vezes se estranhavam, outros não, varia de roteiro.
Não foi mostrado motivo do menino morar na selva com a família, morava e pronto, sem explicações e eu achava melhor assim do que ter tudo explicado como costuma ser nos gibis atuais. Sem explicações com detalhes, as histórias iam direto ao ponto, sem enrolação, Não foi revelado um nome para o menino, como costumava acontecer algumas vezes, com personagens secundários que apareceram só em uma história.
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