Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 11' (Ed. Abril, 1981) |
Descobrem o Capitão Feio, que, ainda sem desconfiar que não era o monstrengo dele, fala para o turista voltar para a fila. Cebolinha quase entrega, correndo para fugir do Capitão Feio. Ele não percebe e manda entregar a pasta na mão e ir para o final da fila.
Capitão Feio coloca filme junto com os outros e explica que mandou os monstrengos viajarem o mundo inteiro para descobrir como é comemorado o Natal em cada país. Seu plano é jogar bomba-presente de sujeira no mundo inteiro, no local exato de acordo com a cultura de cada país, como na Inglaterra se reunirem em espetáculos públicos, nos Estados Unidos deixar presentes para crianças em meias coloridas e lareiras e por aí vai. Todos gostam de presente de graça e quando todos tiverem reunidos e abrirem os presentes, ele vai apertar o botão de controle e todos os presentes com sujeira concentrada vão explodir deixando o mundo todo em um paraíso poluído.
Cebolinha tenta fugir e Mônica fala que é para eles pegarem o controle remoto para impedir que o Capitão Feio exploda o mundo. O chapéu da Mônica cai, ele reconhece o cabelo e manda os monstrengos atrás deles. Aparece uma pessoa, Capitão Feio pensa que é um monstrengo que passou para o lado da turminha e manda os outros o segurarem para ele jogar o seu ultra-raio de sujeira neles para nunca mais atrapalhar seus planos.
Os monstrengos pegam só a parte de baixo do Cebolinha, Mônica consegue escapar e pega o controle remoto do Capitão Feio, que fala que não adiantou porque ela não vai sair de lá e não vai apertar o botão dos presentes estocados que tinha lá para ficar toda suja. Mônica aperta e ocorre uma explosão no esgoto. Ela, Cebolinha e o homem saem pelo escape do lixo, as crianças ficam desacordadas e o homem os carregam.
Descobrimos que ele era o Papai Noel disfarçado e seus duendes ajudam a limpar Mônica e Cebolinha. Papai Noel conta que se disfarçou de monstrengo para estragar o plano do Capitão Feio e não atrasar o Natal só que não conseguiria sem a ajuda das crianças. Cebolinha comenta o que aconteceu com o Capitão Feio e no final mostra ele e os monstrengos enterrados na sujeira concentrada no esgoto e tentando encontrar a saída e Capitão Feio promete que um dia aqueles moleques vão pagar.
Aventura sensacional com o Capitão Feio com plano entregando no Natal presentes de bomba de sujeira para todos os países e poluir o mundo todo e estragar o Natal de todos. Só que ele não esperava da Mônica e Cebolinha entrarem lá como turistas disfarçados no lugar de seu monstrengo de sujeira e conseguiram estragar o plano do capitão Feio junto com o Papai Noel.
Muito bom ver a turminha pensando que o monstrengo era um turista de verdade visitando o Brasil, Cebolinha pensar que arrancou a cabeça do turista quando trombou com ele, a forma que se disfarçaram e todo o embate com o Capitão Feio para estragarem o plano dele, Papai Noel ajudando a turminha e, de quebra, ainda descobrimos como alguns países comemoram o Natal, sem deixar piegas. Destaque também para o Prefeito ambicioso, pensando só na visita dos turistas para arrecadar dinheiro, sabendo que turistas ajudam no crescimento financeiro da cidade, sem nem querer saber que não eram turistas e podia custar caro à humanidade com seu ato de só pensar em dinheiro.
Interessante também eles lidarem com filmes de negativos para mostrar as fotos das comemorações do Natal em outros países, hoje é datado câmeras com filmes. E o Capitão Feio gastou uma grana boa para comprar as máquinas, os filmes, gravadores, as roupas e máscaras para disfarçar os monstrengos de turistas, e, principalmente, as viagens de cada monstrengo para os países. Para sujar o mundo, valia tudo para Capitão Feio, até gastar grana enorme. Esses absurdos eram legais nas histórias antigas, não importava como ele conseguiu dinheiro para isso tudo, conseguiu e pronto.
Capitão Feio era um vilão bem perverso nos seus planos de sujar o mundo a todo custo, não foi a toa que o Cebolinha disse que seus planos eram diabólicos. Tinha uma grande criatividade para conseguir seu objetivo. Hoje em dia ele não tem mais esses planos de sujar tudo, histórias são mais bobas e focadas no politicamente correto e chegam, muitas vezes, até ser o o oposto, incentivando limpeza. Ou seja, está completamente descaracterizado. História impublicável por isso de plano de sujar o mundo, apologia à sujeira, Prefeito ambicioso, personagens entrarem em esgoto, além do Cebolinha falar "plano diabólico", pois diabos são proibidos nas revistas.
Nas primeiras histórias do Capitão Feio, ele aparecia raramente nas revistas e tinha caráter de acontecimento quando ele aparecia. Por isso que teve o mistério inicial de quem estava por trás de ter monstrengos disfarçados no início da história e nem foi revelado que era o Capitão Feio o vilão no início. Também era comum os títulos das histórias serem escritos como "volta do Capitão Feio" e por isso no título desta história diz para o Natal tomar cuidado porque "ele voltou". Finais de histórias costumavam ser assim ele prometendo voltar um dia para se vingar depois da turma ter estragado os planos dele, como foi nesta história. Com o tempo, pessoal foi se acostumando mais com o vilão e a presença dele mais frequente e aí pararam com mistérios assim nas histórias dele.
No início também os monstrengos de sujeira tinham aspectos de monstros mesmo e não falavam, apenas emitiam som "Blup! Blup!" ou "Blub! Blub!". Seguiram assim durante toda a fase da Editora Abril e apenas na Editora Globo que eles começaram a falar e tiveram traços mais fofinhos e tamanhos mais baixinhos e passaram a ser chamados de monstrinhos e não mais monstrengos. Passaram a falar para poder interagir mais com o Capitão feio, até desafiarem e discordarem dele.
Os traços muito bons, típica da transição dos anos 1970 par aos anos 1980, e, assim, com personagens com bochechas levemente ainda com curvas, mas já se começando a se adaptar a como queriam deixar nos anos 1980. Nunca foi republicada até hoje, como todas as histórias desse 'Almanaque da Mônica Nº 11' e outros almanaques com histórias inéditas da Editora Abril, o que a torna muito rara. Nunca entendi por que essas histórias inéditas de almanaques não foram republicadas pelo menos na Editora Globo, perderam chance. Muito bom relembrar essa história há exatos 40 anos.
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