Mostro uma história em que o Penadinho se apaixonou por uma menina humana e não fava por ele ser um fantasma. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 50' (Ed. Abril, 1984).
Capa de 'Cascão Nº 50' (Ed. Abril, 1984) |
Penadinho vê uma garota chamada Isolda colocando flores no túmulo de um amigo seu que morreu e comenta com Zé Vampir se ele está vendo. Zé Vampir pensa que ele fala das flores bonitas e Penadinho diz que fala da menina e está apaixonado.
Zé Vampir pensa que o amigo estava apaixonado por ele e diz para sair fora, o que os leitores vão falar disso. Penadinho fala que é pela garota. Zé Vampir fala que não vai dar certo porque vai assustá-la por ser um fantasma e ela, uma humana.
Zé vampir tenta ajudar, levando a Dona Morte para matar a garota e se transformar fantasma. Penadinho xinga os dois aos palavrões e eles correm. Em seguida, Penadinho tem uma ideia, de se disfarçar de coveiro, com peruca e macação, fingindo que é uma pessoa real.
No dia seguinte, Isolda vai até o cemitério de novo, Penadinho disfarçado se apresenta a ela e começam a namorar. Zé Vampir vê de longe vai cumprimentar o amigo, mas bate tão forte que a cabeça dele sai. Isolda se assusta e sai correndo. Penadinho se conforma, ele não poderia se esconder para sempre atrás de uma fantasia. Logo a seguir, ele vê uma fantasma e se apaixona e Zé Vampir diz que não vai dar certo porque ela é a namorada dele.
História bem divertida com Penadinho se apaixonando por uma humana e seria impossível por ele ser fantasma. Foi engraçado ver o Zé Vampir lerdo, pensando que Penadinho olhava flores, sem se tocar que era pela menina e ainda pensar que o Penadinho estava se interessando por ele, metalinguagem de leitores vão pensar vendo os dois namorarem e Zé Vampir estragar o plano que quase deu certo. Só não foi lerdo para dizer que com namorada dele ninguém fica. Legal também a ideia do Zé Vampir querer que Dona Morte matasse a Isolda para ajudar o Penadinho, que soltou palavrões.
Na época a Turma do Penadinho ainda estava em fase de experiências, já que esse núcleo não era frequente nos anos 1970 e passou a ser mais conhecido com a criação do gibi do Cascão em 1982, quando passou a ter histórias fixas deles. Por isso o Zé Vampir aparecer tão lerdo assim e, embora a Alminha já era criada, mas não era namorada oficial do Penadinho ainda, por isso, experiências de ele se interessar por outras fantasmas ou até humanas.
Tiveram absurdos de vampiro namorar com fantasma, as vezes colocavam monstros se interessando por fantasmas, diferentes da sua espécie, e também de como a mão da Isolda não atravessou a do Penadinho quando eles se tocaram. Em histórias em quadrinhos, tudo pode. Foi bom ver também costume de pessoas vvisitaremos frequência ente querido que morreu em cemitério levando flores. Hoje poucos fazem isso, nem em Dia de Finados.
Pensamento de personagem tendo ideia, quando normalmente mostrando como uma lâmpada, foi adaptado à característica do personagem como acontecia as vezes. Assim, Penadinho teve ideia mostrada por vela, para representar cemitério, pessoas levando velas para os túmulos. Ficou legal. A Isolda apareceu só nessa história como de praxe de personagens secundários.
Curioso a Dona Morte sendo colocada com pronome "ele", como se fosse masculino, na fala do Zé Vampir. Não foi feminina. Pode ter sido erro de digitação ou então, hipótese mais provável, que como ainda não tinha definição nesse núcleo do cemitério aí consideravam que Dona Morte era masculino mesmo. Sim, porque a Dona Cegonha, apesar de ter "dona" fazendo concordância com a palavra "cegonha", era masculino e aí vai ver que no início, a Dona Morte tinha essa associação e intenção era masculino, mas falavam "Dona" para concordar com a palavra "morte".
É completamente impublicável atualmente por ter tema de namoro, ainda mais que Penadinho se apaixonou por uma criança. Alma dele é de adulto e ter se apaixonando por criança pode ser considerado pedofilia. Também implicariam por criança visitar cemitério sozinha para ver amigo que morreu e o preconceito do Zé Vampir pensar que Penadinho estava querendo namorar com ele e preocupado com o que os leitores vão pensar, como homofobia, e os palavrões ditos pelo Penadinho.
Traços ficaram bons, típico de histórias de miolo dos anos 1980. Zé Vampir ficou sem fundo de olhos pintados de branco, deixando amarelo, que até que ficou bem assim. Traços também ainda eram indefinidos nesse núcleo até então como pode ver também ar Dona Morte desenhada meio diferente como estamos acostumados. Foi republicada depois em 'Almanaque da Mônica 26 (Ed. Globo, 1991). Terminou mostrando a capa desse Almanaque.
Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 26' (Ed. Globo, 1991)
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2022/06/penadinho-hq-apaixonado.html |
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