Capa de 'Cascão Nº 1' (Ed. Panini, 2007) |
Dia 18 de outubro é o "Dia do Médico", em homenagem mostro uma história em que o Bugu se tornou médico, causando muita confusão para o Bidu. Com 7 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 1' (Ed. Panini, 2007).
Bidu ouve vozes de "Alô Mamãe!" e conhece aquela voz irritante, esganiçada e nada a ver. Dona Pedra pergunta se é o "Cid Coleira" ou "Pedro Miau". Bidu diz que é o terror das historinhas, o importunador dos personagens, o chupa-cabra dos gibis: o Bugu.
Bugu diz que foi fazer visita de médico e Bidu acha bom, que chega e vai embora, já que visita de médico é vapt-vupt, quando vê já foi embora e então manda ir embora. Bugu fala que agora ele é médico, Doutor Bugu, e mostra o diploma da "Faculdade de Medicina Canina" e trata de cães, cachorro e afins.
Bugu fala que Bidu está pálido, aparência horrível, está azul, e deve ser anemia crônica canina. Bidu diz que sempre foi azul e Bugu acha que foi mais grave do que pensou, mostra a língua que está vermelha demais, aí ou está com sarampo lingual ou o colorista colocou tinta demais. Bugu quer testar reflexo, Bidu pensa que é reflexo de espelho e Bugu mostra que é reflexo com machado. Bidu pula para cima com a martelada e Bugu fala que ele está com espasmos e precisa interná-lo com urgência.
Bidu diz que tem nada e como Bugu acha que está na fase de negação, enrola o Bugu com ataduras, isso porque ainda não precisa de injeção. Bugu pega uma cadeira de rodas para colocar o Bidu amarrado e joga a cadeira longe para ele tomar um ar fresco, pegar sol no cocuruto para se curar mais rápido e manda não esquecer de tomar sopinha.
Agora com a história só pra ele, Bugu começa a fazer suas imitações e faz paródia de seriado "Plantão Veterinário". Bidu volta irritado e quer ver o diploma do Bugu e vê que foi assinado pela mãe dele. Bugu fala que a mãe foi enfermeira na peça da escola. Bidu, furioso, alega que não é médico e o manda sair fora da história. Com Bugu fora, Bidu volta à história e, por estar saltitante, dá uma topada na Dona Pedra e machuca o pé. No final, Bidu chama o Bugu para fazer curativo nele e Bugu pergunta se pode fazer malabarismo quando terminar e Bidu responde só se enfaixar direitinho.
Boa história com o Bugu se passando por médico para fazer com o Bidu saia para ele fazer suas imitações. Como médico, Bugu inventou que Bidu estava muito doente, até conseguir afastá-lo enfaixado na cadeira de rodas, depois descobre-se que era só um plano para afastá-lo da história e o expulsa, mas precisou do Bugu para fazer curativos ao ter dado topado na Dona Pedra.
Bugu não foi considerado veterinário porque foi cachorro tratando de cachorro em vez de ser humano tratar de cachorro. Foi legal ver o Bugu diagnosticando o Bidu com as doenças falsas e inventando sintomas, o trocadilho de "visita de médico", que chega e vai embora logo, a mãe do Bugu assinar o falso diploma de médico, e boas as paródias "Plantão Veterinário" (seriado "Plantão Médico"), as de "Cid Coleira" e "Pedro Miau" (Cid Moreira e Pedro Bial, respectivamente). Até injusto de Dona Pedra dizer que eles tem vozes irritantes, as vozes deles são excelentes.
Interessante Bugu andando de 4 patas, resgatando os primeiros anos quando ele foi criado. Falando nisso, o personagem completa 50 anos agora em 2022 em gibis, estreando na história "Olha eu aqui, gente!" de 'Mônica Nº 32' pela Ed. Abril de 1972, sendo que ele já havia aparecido em tiras de jornais do Bidu 2 anos antes, em 1970.
Seguiu o padrão de histórias dos anos 2000, tranquilamente publicável até por não teve o Bidu chutando o Bugu no final para amenizar violência, já como deixavam na época. Tudo indica ter sido escrita pelo Paulo Back. Traços não ficaram ruins já que ainda eram feitos a mão, porém teve presença de caretas, personagens saltitantes e colocando mão na testa, fazendo bicos com a boca, olhos arregalados, línguas de fora, coisas que estavam bem mais evidentes já em 2006, 2007, começado antes disso com o Emerson Abreu e depoisos outros roteiristas passaram a adotar esse estilo. Percebemos também um linguajar mais diferente, com mais gírias como "vapt vupt", "vaza cabeção", "cumé", "cocuruto", etc, para atender e ficar mais próximo à criançada da época.
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2022/10/bidu-hq-medico-canino.html
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