Capa de 'Cebolinha Nº 35' (Ed. Globo, 1989) |
Dia das eleições no Brasil chegando e então mostro uma história em que Cebolinha e Titi veem campanhas eleitorais dos candidatos a Presidência da República. Com 4 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 35' (Ed. Globo, 1989).
Cebolinha e Titi veem a rua bagunçada com panfletos e cartazes na campanha eleitoral para Presidente da República, que vai mandar no país nos próximos quatro anos. Titi pergunta ao Cebolinha se já escolheu o candidatos ele responde que ainda não e então vão ver os discursos dos presidenciáveis.
O primeiro é candidato que fala que o presidente tem que ser maduro, experiente, vivido e que ele é o melhor candidato por isso e o povo aplaude. No outro palanque eleitoral, o candidato fala que presidente tem que ser jovem, inteligente e sem vícios e que o lema dele é renovação e o povo o ovaciona e grita que é o homem, o presidente, o maior.
Aparecem também o candidato dos fazendeiros, o outro que defende o Socialismo, o outro do Capitalismo, o outro da Monarquia e o do Nacional-Socialismo. Com tantos candidatos, Cebolinha fica tonto, confuso. Dois adolescentes falam que agora quem tem 16 anos pode votar e os menores chupam os dedos. Cebolinha comenta que tanta coisa e nem pode votar e Titi fala que pode ficar atento para quando tiver 16 anos ter um candidato, que tem que ser honesto, competente e trabalhador. No final, já em casa, Cebolinha pergunta para o pai, Seu Cebola, se vai ser candidato a presidente da República, que já tem voto dele.
Uma boa história educativa de conscientização de voto. Depois de Cebolinha saber que para ser presidente da República tem que ser candidato honesto, competente e trabalhador e de ter visto os discursos de todos os candidatos, achou que o seu pai seria o melhor para ser candidato e que votaria nele porque o pai tinha os requisitos para ser excelente presidente e os outros políticos que ele viu, não.
A história foi criada em homenagem à primeira eleição direta para presidente desde a redemocratização do Brasil. Eles estavam desde 1960 sem votarem para presidente e era o marco histórico para o país e criaram essa história especial já que era o assunto do momento. Assim, ajuda os pais que liam os gibis dos filhos a ter conscientização de requisitos para votar em algum candidato e as crianças terem ideia de quando tivessem idade para votar.
Deu para ver como era o clima de ambiente de campanha eleitoral e até aviso de novidade que a partir daquela eleição quem tinha 16 anos podia votar também. Foi legal ver os comícios e o povo idolatrando os políticos. Os candidatos mostrados tiveram misturas de candidatos reais daquela eleição com fictícios. Os políticos parodiados que estavam disputando na época foram o Fernando Collor, como o jovem que queria renovação (ele tinha lema de "Vamos construir um Brasil novo") e o Lula, assim como o primeiro candidato idoso que fico na dúvida se intenção foi caricatura do Ulysses Guimarães ou do Brizola. Os outros foram fictícios. O Lula foi o único que teve um nome parodiado, sendo chamado de "Duda" no cartaz no poste no primeiro quadrinho da primeira página.
Hoje em dia a MSP não gosta de envolver política nos gibis, não criaria história nova assim, mas acredito que poderiam republicar em almanaque por causa do lado educativo de conscientização do voto. Trocariam a palavra "Minha nossa!" por lembrar religião. Os traços ficaram excelentes, personagens bem redondinhos, que davam gosto de ver, até as caricaturas dos candidatos reais ficaram boas.
Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2022/10/cebolinha-hq-eleicoes.html
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