Capa de 'Magali Nº 64' (Ed. Globo, 1991) |
Na hora do almoço, Dudu quer pirulito e sua mãe, Dona Cecília, diz que só depois que ele almoçar e comer tudo. Dudu fica mexendo e batendo na comida com a colher e depois reclama que não vai comer aquela coisa grudenta e Dona Cecília responde que não estaria se não tivesse brincando com ela, resolve sair e quando voltar, quer ver o prato limpo.
Dudu corre para jogar comida fora e com os avisos da mãe de não jogar comida na pia, no lixo e nem no aquário, ele volta para a mesa. Reclama que se não quisesse tanto o pirulito, não comeria. Resolve usar o poder da mente para desaparecer a comida. Não consegue e passa a amassá-la para achatar e parecer que tem menos e fica pior, parecendo uma panqueca nojenta.
Depois, Dudu tenta ligar para a Magali, só que ela viajou, e comenta que nem ela comeria a meleca que fez. Grita para a mãe que eles precisam de um bichinho de estimação e ela o manda comer. Então, Dudu tem ideia de jogar a comida no pote da cozinha. Dona Cecília volta, elogia que o prato está limpo, sem nada na pia, na cozinha e no aquário. No final, quando vai dar o pirulito de recompensa, está justamente no pote que o Dudu jogou a comida e ele começa a chorar.
História legal em que o Dudu cria artimanhas para não comer o almoço e ficar só com o pirulito. Tem várias ideias como jogar fora comida em lugares óbvios para a mãe, até ter a estratégia de jogar no pote da cozinha, pensando que a mãe não descobriria, mas não viu que era onde estava o pirulito que tanto queria. Aí, no final fica na imaginação dos leitores o que a Dona Cecília fez com o Dudu quando viu toda a comida no pote, sem poder aproveitar nem comida nem pirulitos. Eles gostavam de deixar finais abertos para leitor imaginar e criar a sua sequência.
Segue o estilo clássico de histórias em que o Dudu fazia de tudo para não comer e dando trabalho para a sua mãe. Não gostava de comer e era capaz de tudo, até de desperdiçar e jogar comida fora. Foi engraçado ele tentar recorrer até a paranormalidade com poder da mente para fazer desaparecer, saber que Magali viajou e não poderia comer e querer um bichinho pra comer no lugar dele.
Interessante que o Dudu não gostava de comer refeições como arroz, feijão, carne, verduras, etc, mas gostava de guloseimas como pirulitos, balas, chicletes, etc, que davam nutrição nenhuma. Por ele, comia só guloseimas. Dona Cecília sofria com o filho. Pelo menos ele se deu mal no final desta vez, mas tinham muitas vezes que se dava bem normalmente, sem levar castigo.
É toda incorreta atualmente, até ainda tem histórias do Dudu enjoado para não comer, mas não a ponto de dar mal exemplo de jogar comida fora, amassando, desperdiçando, enquanto muita gente passa fome e quer algo para comer. Fora Dudu responder à mãe, discutir, desobedecê-la, sem chance também hoje em dia. Eles preferem hoje histórias do Dudu sendo pestinha com seus amigos em outras circunstâncias sem relacionado à comida, sendo que mesmo assim nos últimos anos, nem com seus amigos o Dudu está tão pestinha, está mais como um figurante de luxo. E a palavra "Credo!" também não aceitam mais nos gibis atuais.
Os traços ficaram muito bons, típicos de histórias de miolo do início dos anos 1990. Foi legal os detalhes na cozinha e ver telefone pendurado na parede, mudando o estilo convencional de telefone de mesa e que tinham famílias adotando esse modelo de telefone na época.
FELIZ DIA DAS MÃES!!!
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