segunda-feira, 19 de junho de 2023

Arquivos Turma da Mônica N°1.165 - Parque da Mônica: HQ "Carrossel do Horácio"

Capa de 'Parque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1993)
Em junho de 1993, há exatos, 30 anos, era lançada a história "Carrossel do Horácio" em que Cebolinha e Cascão fogem da Mônica e se escondem dela no Carrossel do Parque da Mônica. Com 12 páginas, foi história de abertura publicada em 'Parque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1993). 

Cebolinha e Cascão estão fugindo da Mônica depois de terem aprontado com ela no "Parque da Mônica". Cascão pergunta se eles vão apanhar em todas as histórias do Parque, Cebolinha diz que é para ficar quieto porque está pensando, Cascão pergunta se é em qual o olho que vai ficar roxo e então, se escondem. Mônica se pergunta onde eles se meteram e se vai ter que procurá-los por todo o Parque.

Cebolinha rouba o Sansão e quando Mônica olha, os meninos estão no "Carrossel do Horácio". Ela vai até lá e o Monitor impede de pular as gradinhas de proteção do Carrossel porque é perigoso e a manda esperar na fila, que estava grande. Mônica pergunta como eles entraram tão rápido no Carrossel, que devem ter pulado as gradinhas sem o Monitor ver. Um menino na fila pergunta para Mônica tampinha se a fila anda ou não. Ela bate nele, derrubando todos da fila, apressando a sua vez de entrar. 

Mônica diz que quer andar no "elefantinho" e o Monitor diz que aquele é o Antão, um mamute, amigo do Horácio, eram parecidos com elefantes e viveram na Terra há milhões de anos. Ele mostra que o Carrossel é todo formado com dinossauros amigos do Horácio, como o Brontossauro, o Pteranodonte Alfredo, o Estegossauro e o Tecodonte.

Cascão puxa o cabelo da Mônica como se fosse um cacho de banana e brinca que dinossauro dentuço é aquele. Mônica vai atrás dele e se choca no ferro do Estegossauro. Cebolinha acha uma boa o que ele fez e Cascão chama Mônica de moloide. Mônica vai de novo atrás dos meninos, que somem.

Cebolinha e Cascão sobem nas nuvens do Carrossel. Cascão tem medo de ter visto um lagartão, Cebolinha pensa que era a Mônica e ao olhar para trás vê que é o Horácio. Cebolinha pergunta se Horácio fica pensando lá em cima como nas historinhas dele. Horácio responde que fica olhando o Parque, é muito bonito e tem tanta coisa, aí fica vendo a criançada brincando no "Fundo do Mar", vê os balões coloridos que não tinham no tempo dele e que um dia desce dali para dar olhada na "Tumba do Penadinho" e Cascão fala que eles já estiveram lá e também na "Casa do Louco".

Cebolinha acha legal o cantinho do Horácio, que pergunta o que fazem ali, já que é perigoso subir no Carrossel. Cebolinha diz que estavam fugindo da dentuça da Mônica e em seguida Cascão quer descer porque não gosta muito de nuvens. Horácio diz que nunca chove lá, no Carrossel dele só tem alegria. Nessa hora, Mônica aparece lá e ao dar coelhada, os meninos se abaixam e acaba Horácio apanhando.

Os meninos xingam Mônica de bobona e grossa, ela corre atrás deles em volta da montanha, não os encontram e se cansa. Os meninos debocham em cima da montanha que era uma pena, estava divertido. Mônica consegue segurá-los e bate neles. Horácio fala para eles não ficarem tristes, bem que mereceram a surra. Cebolinha diz que não pediram opinião dele e Horácio pede licença e fala que vai voltar ao topo da montanha para ver a criançada brincar, é tão gostoso ver o brilho bonito no olhar delas. Cebolinha fala para o Cascão para eles brincarem, não adianta ficar lamentando e no final Horácio pergunta para os leitores quando vão brincar com ele no Parque da Mônica enquanto vê as crianças brincando felizes no Carrossel.

História legal ambientada no Parque da Mônica em que Cebolinha e Cascão se escondem da Mônica no "Carrossel do Horácio" e contracenam com ele quando sobem no alto do Carrossel, não contavam que era o Horácio que ficava lá pessoalmente. Mônica descobre que os meninos estavam lá e sobe também, consegue bater neles depois de muita luta e no final seguem o conselho do Horácio de brincarem no Parque sem brigas.

Até no "Parque da Mônica" os meninos não perdiam a oportunidade de aprontar com a Mônica, conseguiram enganá-la muitas vezes, se escondendo rápido, mas não se livraram de apanharem no final. Horácio sempre com ternura e sabedoria, conseguiu dialogar com os meninos numa boa e convencê-los que briga leva a nada, se estão no Parque, tem que brincar, e mensagem aos leitores também de ser criança é ótimo, maioria das histórias dele procuravam deixar uma mensagem de reflexão, e ainda teve convite para todos irem e curtirem o Parque.

Foi engraçado ver a Mônica sendo enganada pelos meninos, se passando por boba, bater no menino alto da fila derrubando também os outros que estavam lá, Cascão puxar cabelo dela como se fosse tirando uma banana no cacho e chamá-la de dinossauro dentuço, as correrias deles pelo Carrossel, e, sem dúvida, o que chamou mais atenção e marcante foi o grande encontro do Horácio com a turminha e ele apanhar da Mônica. Coisa impensável de ver Horácio levar coelhada da Mônica, nem ele escapou de apanhar, só nas Revistas do Parque que permitiam essas coisas por eles serem de universos e épocas diferentes.

Nas revistas do Parque da Mônica foram um grande número de histórias de crossovers com os personagens, qualquer um podia ir lá.  Era falado nas histórias que quando eles queriam lá,  eram convidados especiais e tinham livre acesso, sem pagar ingressos. E os personagens que tinham brinquedos lá, como Penadinho, Louco, Horácio, Chico Bento, etc, trabalhavam no Parque nas horas vagas, por isso justifica os crossovers entre eles e eles estarem sempre no Parque. Era boa essa magia e imaginação que colocavam, levando em conta isso, sem dúvida, os personagens economizavam bem sem pagar para ir, visto que os ingressos lá eram bem caros.

As histórias das 9 primeiras edições do Parque foram de apresentações dos brinquedos, para os leitores se familiarizarem, tanto para conhecerem como funcionavam antes de irem lá ou até mesmo para quem não ia, saber do que se tratavam esses principais brinquedos quando passaram a colocar as histórias de aventuras ambientadas no Parque todo a partir do "Nº 10", de outubro de 1993, e não perderem tempo explicando no meio dos roteiros. Aí, depois do "Nº 10", as tramas os personagens circulavam pelo Parque todo, só quando tinha inauguração de brinquedos novos importantes que aí criavam histórias especiais apresentando esses novos.

O "Carrossel do Horácio" era formado só por dinossauros da turma dele nos quadrinhos, bem temático, então, assim como todos os brinquedos tinham a temática da turma, com ideia de como quem fosse lá, estivesse dentro dos quadrinhos e em um quintal perdido. Tinham também em colocar a localização dos brinquedos nas histórias nas mesmas posições do Parque real de São Paulo, o que deixavam os leitores mais próximos do Parque.

Interessante que nessa história tiveram partes dos meninos relembrando situações que aconteceram com eles no Parque de edições anteriores até então como falarem que eles já estiveram na "Tumba do Penadinho" ('Parque da Mônica Nº 3') e na "Casa do Louco" ('Parque da Mônica Nº 5') e que em todas as histórias do Parque até então eles apanharam da Mônica. Mostra que era tipo uma sequência de histórias mesmo.

É incorreta atualmente por conta das crianças pularem grades e saltar dos bonecos do Carrossel em movimento e subir no topo do brinquedo por ser perigoso, Mônica bater em todo mundo e aparecerem de olhos roxos. A palavra "peste" dita pela Mônica também é proibida hoje. Os traços ficaram excelentes, muito caprichados que davam gosto de ver. Teve um erro da Mônica falar de boca fechada na 10ª página da história (página 13 do gibi) e o Monitor aparecer de camisa branca sendo que eles tinham camisa amarela, tanto nas histórias, quanto no Parque real. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos. 

Créditos - Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2023/06/parque-da-monica-hq-carrossel-do-horacio.html 

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