Capa de 'Mônica Nº 21' (Ed. Globo, 1988) |
Um sacerdote reclama com a imagem do Deus Tigre que as colheitas do povo estão destruídas, as crianças passam fome e pergunta o que eles devem fazer para aplacar a ira do Deus, conquistarem sua simpatia e terminar com o sofrimento deles. O sacerdote recebe a mensagem que Deus Tigre quer uma noiva, os outros perguntam onde vão arranjar uma e o Sacerdote diz que em Lem há muitas garotas bonitas e, então, vão lá buscar.
Enquanto isso, Thuga está correndo atrás do Piteco, ela fala que não fica bem um caçador fugindo de uma garota e reclama quando ele consegue escapar. Os sacerdotes olham a Thuga, acham linda e que Deus Tigre vai adorar, só é um pouco magra, que dão um jeito nisso, e, assim, a sequestram carregando em uma rede. Thuga grita pedindo socorro para o Piteco, que ouve enquanto estava dentro do lago e vai atrás das pegadas de tigres que encontrava no chão.
Na aldeia dos homens-trigres, as mulheres ficam aliviadas que e escolhida não foi uma delas e Thuga é uma verdadeira gata selvagem. Thuga fala que vai ter pena quando o Piteco for salvá-la. O sacerdote manda as mulheres buscarem comida, elas levam banquete e Thuga pergunta o que acontece se ela recusar e eles ameaçam tacar lança nela. Com isso, Thuga come tudo sem entender o que querem com ela.
Piteco vê a aldeia de longe, acha que está movimentada e captura um velho sacerdote para saber o que está acontecendo. Depois, as mulheres preparam a Thuga de noiva, ela diz que só se casa com o Piteco, não o troca por homem algum. Elas falam que Deus Tigre não é homem e a deixam sozinha diante dele. Thuga fala que sonhou tanto com a Lua-de-Mel e não pensava que seria assim, ser devorada por um tigre, e chora.
Piteco aparece e afugenta o tigre com fogo. Ele solta a Thuga e fogem dos homens-tigres, sobem em uma montanha e Piteco joga uma pedrona neles. No final, ela fica feliz por Piteco a ter salvo e pergunta como eles vão terminar essa história. Piteco diz que será Thuga correndo atrás dele só que não conta que outros homens querem uma noiva para Deuses Jacaré, Urso e Búfalo e só resta Piteco correr com Thuga no colo dele para salvá-la.
História de aventura legal em que homens-tigres raptaram a Thuga para se casar com o Deus Tigre deles para que em troca acabasse com o sofrimento do povo. O casamento seria o Deus Tigre devorar a sua noiva só que Piteco conseguiu estragaram o plano deles, salvando a Thuga, só que no final precisou também livrá-la de outros homens que queriam noiva para os deuses deles.
Os homens-tigres achavam que se fizessem o que Deus Tigre queria, iam acabar com a pobreza do deles. Era uma idolatria que tinham, tanto que se vestiam de tigres para representar seu deus. Não foi representado só por uma imagem, eles tinham um tigre na aldeia que adotavam como um deus. Thuga já era gorda e eles ainda achavam que era magra para Deus Tigre devorá-la por isso a fizeram comer muito. Ela se deu bem no final ser carregada no colo pelo Piteco, mesmo que ele não tinha alguma intenção com ela, só ser carregada já foi romântico para ela e fugiu da mesmice de terminar ela correr atrás do Piteco.
Foi engraçado ver tiradas como Thuga falar que só casa com o Piteco e que sempre imaginou que sua Lua-de-Mel seria diferente, etc, que serviram para dar humor à aventura, dar uma leveza diante dos perigos dela. Legal também Piteco se esconder no rio com uma espécie de canudo para respirar, ficaria muitas horas lá se não fosse o pedido de socorro da Thuga e a metalinguagem de eles saberem que estão em uma história em quadrinhos, que nem tinha sido inventada na Pré-História assim como vestido de noiva da Thuga. Esses absurdos eram muito bons. Na época estava muito frequente metalinguagem nas histórias de qualquer núcleo da MSP.
Misturou características de histórias do Piteco com ele fugindo da Thuga e povos idolatrando um deus. Gostavam de colocar histórias de Piteco com personagens idolatrando um Deus, geralmente era um tigre, uma montanha, um fogo e Piteco se aproveitava para tirar vantagem com isso como ficar com as oferendas que davam para o deus deles, eram bem frequentes e eram boas histórias assim. Na Pré-História tinham tigres-dentes-de-sabre como foi retratado na trama.
Os traços ficaram excelentes, era muito bom ver desenhos assim. As cores eram boas assim, com destaque do rosa mais escuro, mais próximo do roxo, bem frequentes nos gibis do segundo semestre de 1988 e início de 1989, quando as vezes até o rosa era substituído pelo roxo. Incorreta hoje em dia por envolver Deus, religião, idolatria, sequestro, prender Thuga em uma rede e comer muito, ter lanças pontudas, tacape e clava que representam armas, absurdos de coisas que não existiam na Pré-História, e nem Thuga correr atrás de Piteco não pode mais atualmente.
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