Capa de 'Parque da Mônica Nº 19' (Ed. Globo, 1994) |
Em julho de 1994, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Essas crianças..." em que o Seu Cebola queria brincar nos brinquedos do Parque da Mônica junto com o Cebolinha. Com 15 páginas, foi publicada em 'Parque da Mônica Nº 19' (Ed. Globo, 1994).
Seu Cebola acorda o Cebolinha domingo de manhã, muito animado para sair com o filho e sugere para irem ao Parque da Mônica. Cebolinha, ainda com sono, dorme em pé, Seu Cebola manda deixar de preguiça e Cebolinha faz suas rotinas para acordar com o pai comparando como corrida de Fórmula 1 e quando vai dar o grid de largada, o carro não pega, precisando de impulso da família para funcionar.
Depois que o carro pega, Cebolinha pega o capacete de motoqueiro do pai para protegê-lo de Seu Cebola dirigir mal. Quando chegam no Parque da Mônica, demoram para achar vaga no estacionamento, encontra uma e Seu Cebola bate no carro de trás na hora de estacionar e saem de fininho para ninguém ver.
Pagam ingresso na bilheteria e Seu Cebola corre para entrar no Parque da Mônica segurando o Cebolinha. Pergunta para o filho em qual brinquedo quer ir primeiro, Cebolinha diz que parece que é o pai quem quer brincar, aí antes de escolher, Seu Cebola corre com o filho para o "Brinquedão", faz o filho entrar com sapato de propósito como desculpa de ir atrás dele e poder brincar na atração.
Depois, Seu Cebola avista o "Carrossel do Horácio" e eles vão lá, pergunta para Monitora se pode acompanhar o filho e ficou brincando no carrossel junto com o Cebolinha e a Monitora manda descer, pode acompanhar só no chão. Depois vão aos "games", Seu Cebola colore a Mônica, acha que ficou ridícula. Mônica joga o Sansão de longe e acerta Seu Cebola, pensando que era o Cebolinha.
Seu Cebola fala para irem à "Casa do Louco" porque tem escorregador, Mônica comenta que o pai do Cebolinha estava elétrico, nem a coelhada o acalmou. Mônica também sabe como Cebolinha estava se sentindo, já que seu pai, Seu Sousa, também estava elétrico, como querer ir ao "Cinema 3D" por 8 vezes.
Na "Casa do Louco", Seu Cebola vai no escorregador junto com o filho, depois voltam de novo, com ele dando desculpa que o filho adora o escorregador. Na terceira vez, Cebolinha não estava com ele e nem sabia que estava sozinho, mas ele desce para poder sair da atração.
Depois, vão à "Tumba do Penadinho" e "Casa da Mônica", saindo de lá, Seu Cebola se perde do Cebolinha, estava segurando mão do Monitor e pensava que era o filho. Vão até o Ponto de Encontro e Cebolinha estava lá. Seu Cebola fala que papai está ali e não precisa chorar e a Monitora falou que ele não chorou, é supercomportado.
Chega a hora de irem embora, Seu Cebola queria ficar mais, mas já estava na hora de fechar o Parque. Seu Cebola compra várias lembranças e fala com o filho não ficar assim porque semana que vem eles voltam. Em casa, Seu Cebola ainda estava elétrico, vai tomar banho e quando vai dar boa noite para o Cebolinha dormir, é ele quem desaba de sono na cama em cima do filho, que fala que o pai era o garoto dele.
História legal em que o Seu Cebola fica animado em ir ao Parque da Mônica junto com o Cebolinha e brincar nos brinquedos que só as crianças podiam. Disfarçava diante da fiscalização dos monitores e conseguia através das suas desculpas, dando vergonha ao Cebolinha. Seu Cebola quebrou normas do Parque que eram só para crianças brincarem, com uma inversão de papeis: pai crianção e filho mais maduro que ele. Como não teve isso na infância dele, quis descontar no passeio ao Parque, já que quando foi criado, tinha intenção de resgatar infância perdida.
História mostrou relação familiar de pai e filho e mensagem de que devemos ser eternas crianças, mesmo sendo casado e com filhos. Foi bem bonito ver a interação de Seu Cebola com o Cebolinha, um grande paizão, sem dúvida e, principalmente no final desabando na cama do filho depois da energia ter se esgotado em um dia feliz no Parque.
Foi engraçado ver a cara de perverso do Seu Cebola enquanto Cebolinha está dormindo, amassar o carro do outro no estacionamento, muito ruim na baliza, e nem sofrer punição, as desculpas dele para os Monitores para ficar nos brinquedos, Seu Cebola levar coelhada da Mônica (na época não batia nas meninas, mas em adultos, ainda sim), Seu Souza também elétrico junto com a Mônica, Seu Cebola descobrindo que estava segurando mão do Monitor pensando que era o Cebolinha. Teve até um certo absurdo de Seu Cebola ter conseguido entrar no "Brinquedão" que tinha uma altura limitada para poder entrar, tanto que crianças com maiores estaturas não podiam por causa que podiam ser maiores que a alturas das naves entre as pontes.
Legal também o clima de fórmula 1 no inicio antes de irem para o Parque, que Seu Cebola queria associar rotinas do Cebolinha como escovar dentes, trocar de roupa, colocar sapato, tomar café-da-manhã, etc, com carros de Fórmula 1 como deixar motorzinho funcionar, trocando óleo, encher o tanque, fazer funilaria, trocar pneus e dar o grid de largada. Até a Maria Cebolinha entrou no clima levantando bandeira quando o carro partiu. Fórmula 1 era sensação aos domingos de manhã com o Ayrton Senna vivo. Inclusive, ele morreu em 1° de maio de 1994, pouco mais de 2 meses antes dessa história e ficou uma espécie de homenagem ao Ayrton sem querer, já que a história foi roteirizada antes da morte dele.
Foi mostrado eles pagando ingresso na bilheteria, mas depois adotaram que os personagens do Mauricio não pagavam para entrar no Parque por serem convidados especiais. Mônica dessa vez fez apenas uma participação, eu gostava de quando ela quase não aparecia. Sempre apareceu, pelo menos nas histórias dos anos 1990 enquanto eu colecionava, nem que fosse em participação rápida e em alguns quadrinhos. Cebolinha também teve presença bem frequente nas histórias do Parque e mais histórias focadas com ele.
Pelo visto a história foi pensada para o "Dia dos Pais". Como a 'Revista Parque da Mônica' chegava mais para o final de cada mês, essa edição lançada final de julho era a que estava nas bancas na semana do "Dias dos Pais" em agosto. É incorreta atualmente por mostrar um pai crianção e ficar nos brinquedos próprios de crianças, tirando normas do Parque, que podia machucar não só ele como outras crianças lá, Dona Cebola com avental, Seu Cebola dirigir sem cinto de segurança e Cebolinha no banco da frete também sem cinto.
Tiveram alguns erros de colorização como manga do vestido da Dona Cebola sem ser pintado de vermelho no último quadrinho da página 7 do gibi, nariz do Seu Cebola branco no terceiro quadrinho e fundo de um lado do olho do Seu Cebola pintado como cor da pele e não de branco no quarto quadrinho da página 14 do gibi, o Monitor gordo com cabelo castanho no primeiro quadrinho e robô Atrium com fundo de um olho azul no penúltimo quadrinho da penúltima página.
Traços ficaram bons do estilo dos anos 1990 com personagens com língua ocupando mais espaço na boca que prevaleceram naquela década. De curiosidade, foi a primeira 'Revista Parque da Mônica' com preço em Real, assim como as demais revistas de julho de 1994, interessante que a do Parque custavam um pouco mais que as do Cebolinha com mesmo número de páginas: as do Parque custavam R$ 1,30 e as do Cebolinha, R$ 1,20. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
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