terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Arquivos Turma da Mônica N°1.325 - Mônica: HQ "O nó na barba"

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 11' (Ed. Abril, 1981)

Compartilho uma história em que Mônica e Cebolinha tentam ajudar o Papai Noel a desatar nó da barba dele. Com 6 páginas, foi publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 11' (Ed. Abril, 1981).

Surge uma ventania forte e embaraça o cabelo do Cebolinha. Mônica ajuda a tirar os nós no cabelo, falando que se ela consegue soltar os nós que ele dá na orelha do coelhinho, não vai ser problema desembaraçar o cabelo. Um satélite observando os dois, Cebolinha fica assustado, e lá dentro alguém manda ligar o teletransportador e abduz a Mônica. Falam que o Cebolinha não interessam para eles e o satélite rastreador segue seu rumo e Cebolinha se assusta, saindo correndo.

No local, preparam a recepção da Mônica, que quando chega dá um soco em um duende, completando o soco que ia dar no Cebolinha quando disse que o satélite era um bicho esquisito e a Mônica pensava que estava falando dela. Mônica fica com medo pensando que está no inferno e que o duende era um capetinha e se assusta mais ao ver os outros duendes. Mônica tenta fugir, os duendes vão atrás, ela entra em um local com porta aberta e surge uma voz perguntando se ela estava fugindo de alguma coisa.

Enquanto isso, Cebolinha  fala desesperado com os meninos que apareceu uma bola com olho que fazia "Bip! Bip! Bip!" e "Zaap!" que fez a Mônica desaparecer e que precisam acreditar nele. O satélite surge de novo e abduz o Cebolinha. Mônica faz a recepção dando boas vindas ao Pólo Norte. A esposa do Papai Noel estava fazendo cafuné na barba dele quando deu nó por ter esquecido de tirar os anéis e não consegue entregar os presentes se não conseguirem se separar. Mônica chamou Cebolinha porque lembrou que dá nós no coelhinho dela.

Cebolinha fala que barba é diferente, só é bom com orelha de coelho. Mônica tem ideia e manda arrumarem uma tesoura. Papai Noel diz que não quer ficar sem barba, as crianças não vão reconhecê-lo. Mônica diz que não é para tirar toda, só uns fios aqui e ali. Depois, Mônica e Cebolinha são teletransportados de volta para casa, Mônica acha que o Papai Noel não gostou do jeito que ela deu na barba, Cebolinha acha que ele gostou e no final mostra o Papai Noel entregando presentes no trenó com uma parte da barba em forma de coelho.

História legal que o Papai Noel fica com nó na barba após o cafuné da esposa e pede ajuda para a Mônica e o Cebolinha para desembaraçarem os nós. Como Cebolinha diz que só sabe com orelha de coelho, Mônica deixa a barba do Papai Noel em forma de coelho bem em cima onde estava o nó para o Cebolinha desatar os nós. No caso, ela formou o coelho com as orelhas sendo onde estava o nó permitindo que Cebolinha soltasse o nó. 

Pela cara do Papai Noel não gostou do jeito que a Mônica deu, mas melhor que não ficou sem barba e principalmente que as crianças não ficaram sem os presentes porque ele colado com a esposa não teria chance de fazer as entregas. De fato, Cebolinha é ótimo em dar nós e Mônica é excelente desatadora de nós visto o que Cebolinha e os meninos faziam com as orelhas do coelhinho de pelúcia dela. O nó na barba do Papai Noel foi bem forte para Mônica não ter sido capaz de desatar.

Legal o mistério inicial de quem abduziu a Mônica, até revelar que era o Papai Noel e seus duendes que vigiavam em um satélite procurando alguém que desembaraçava nós. À princípio dava para imaginar que seriam extraterrestres no satélite, que representaria disco voador. Foi engraçado o nó no cabelo do Cebolinha depois da ventania, Mônica pensar que o Cebolinha estava a chamando de bicho estranho quando avistou o satélite e que duendes eram capetinhas, Cebolinha dizer "mui amiga", o mesmo que amiga-da-onça", falsa amiga, por ter levado para o Polo Norte.

Vimos que nessa história o Papai Noel teve uma esposa, muito carinhosa, por sinal, mas nem sempre era retratado isso, normalmente ele era solteiro e era solitário ou morava só com os duendes, variava de cada roteiro. O Jeremias era pintado de preto de forma padrão nas historias de 1981 a início de 1982, por isso ele apareceu assim. O Sansão ainda não tinha nome e aí sempre chamavam de coelhinho na época, só passou a ter nome a partir da história "Sansão! É o nome do meu coelhinho!" de 'Mônica Nº 161', de 1983. 

Incorreta hoje em  dia por conta dos absurdos mostrados, Mônica dar soco nos duendes fazendo parar longe, pensar que estava no inferno e que eles eram diabinhos, aparecer calcinha da Mônica principalmente naquelas posições que ela apareceu no 5º quadrinho da página 4 da história, Jeremias preto e com lábios com círculo rosa em volta da boca que implicariam que era chacota com negros ou racismo, a esposa do Papai Noel aparecer de avental, além das palavras "inferno", "capetinhas" e expressões populares com duplo sentido como "É a vovozinha!", "vade retro", "mui amiga", etc.

Traços ficaram bem caprichados, estilo do início dos anos 1980 com personagens com curva nas bochechas começando pelo topo da cabeça. Essa história nunca foi republicada até hoje como todas as histórias desse 'Almanaque da Mônica Nº 11' e outros almanaques com histórias inéditas da Editora Abril, o que a torna muito rara. Perderam chance de republicarem essas histórias inéditas de almanaques na Editora Globo. 

Créditos - Marcos Alves: 
https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2024/12/monica-hq-o-no-na-barba.html 

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