segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Arquivos Turma da Monica N°49 - Mônica nº 81 e a realidade aumentada!

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Já nas bancas a edição Mônica # 81 da Panini. Uma edição comemorativa em homenagem aos 50 anos de criação da Mônica. E faço uma resenha a respeito dela nessa postagem.

Com 11 histórias no total, contando com a tirinha final, essa edição tem 108 páginas, 24 a mais do que os outros gibis dela, e com o mesmo preço. Diferente da Mônica # 75, que também veio com 108 páginas, essa atual edição fez jus ao número maior de páginas. É que em Mônica # 75, saíram muitas propagandas além do normal, então no total ficaram as mesmas 84 páginas de antes. 

Já agora em Mônica # 81, o número de propagandas foram o mesmo das outras edições, então realmente tem mais páginas de histórias. Não sei se só essa edição que terá 108 páginas, ou se irá permanecer nas próximas. Acho que será só essa. Uma justificativa para isso é que a história de abertura teve 48 páginas e eles queriam que a edição tivessem a mesma quantidade de histórias que normalmente vem.

A edição abre com a história comemorativa "O coelhinho amarelo". Para quem não sabe, nas primeiras tiras dos anos 60, o coelhinho da Mônica era amarelo, baseado no coelho da Mônica verdadeira que ganhou do pai. Ela ganhou o coelhinho azul quando foi ao programa da Hebe, então  a partir daí nos quadrinhos passou a ser azul também. Pensando nisso, o estúdio criou essa história, mostrando a origem e como foi que a Mônica ganhou o coelho amarelo.

A história começa com os personagens chegando na casa da Mônica (os 4 principais, além de Denise e Xaveco), para se reunir e relembrar de fatos passados com eles. É falado que todo mês eles se reúnem lá para isso, levando os objetos que fizeram parte e referência às histórias. Achei uma boa sacada isso, mostra a Magali levando a Lagosta Lalá (Magali # 194 - Ed. Globo, 1996), o Cebolinha levando a flauta que atraía bichos (Cebolinha # 6 - Ed. Abril, 1973), entre outros. Então, a Mônica surge com o coelho amarelo e todos querem saber como ela o ganhou.
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Trecho da HQ "O coelhinho amarelo"
Antes dela contar a sua história, cada personagem conta a sua versão de como acha que ela ganhou o tal coelho amarelo e só depois ela conta a história. O que posso dizer é que mexem com fantasia e planeta de coelhos. Até que não achei ruim a história. Achei interessante. Lógico que não foi contada daquela maneira que ela ganhou o coelho realmente, é só ficção, mas vale pela fantasia. Só os traços dos personagens na história são um tipo que não gosto muito, mas pelo menos não são digitalizados, como nas outras histórias.

Já o resto do gibi é que não posso dizer que está tão legal. Cada vez mais com histórias com os péssimos traços e letras digitalizados. Tudo normal para os padrões atuais. Dessas 11 histórias, apenas a de abertura, do Piteco, do Penadinho e a tirinha final que não são digitalizados, sendo que as histórias do Piteco e Penadinho são mudas, então letras feitas à mão só encontramos na abertura e na tira. Inclusive, essa tirinha final é bem legal, fazendo referência a primeira tira da Mônica de 1963. Abaixo, um trecho da história "Eu duvido", com traços e letras digitalizados que eu falo:
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Trecho da HQ "Eu duvido", com traços e letras digitalizados
Falando em Penadinho, não gostei da história. Trata-se de 5 páginas sem texto, mostrando os personagens imaginando sua versão assustadora. Mas vale para eu ter algum material do novo personagem da turma dele, o Monstrengo do Pântano. Ele tinha estreado em 2012, em "Mônica # 71", que não tinha comprado porque achei a revista em si chata e não ia comprar só por causa de 1 história, além de não saber que ele se tornaria um personagem fixo. Ele tem aparecido com frequência, mas ainda não tinha comprado também as outras revistas que apareceu, pois as revistas não me agradou. Aqui a imagem desse novo personagem.
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HQ do Penadinho, com o personagem Monstrengo do Pântano
O gibi ainda tem uma história do Bidu que não gostei, que mostra os bastidores de como os objetos falam nas suas histórias. Tem ainda uma da Marina, esta com uma história ensinando lição de moral par ao Franjinha. A história de encerramento, "Argumentos" em que Cebolinha põe na cabeça da Mônica fazer argumentos em vez de dar coelhadas nos meninos, tem cena lamentável do Titi desenhando a Mônica no muro em um cartaz, em vez de rabiscar direto no muro como antigamente. Nunca me acostumei vendo esses cartazes nas histórias, acho ridículo. 
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Trecho da HQ "Argumentos"
Curiosamente, na propaganda do dossiê "Arquivo Mônica 50 Anos" sobre filmes, há erros nas datas de alguns filmes: "A princesa e o Robô" não é de 1982, como informa o dossiê, e, sim, é de 1983, sendo que foi lançado nos cinemas em janeiro/1984. "Mônica e a sereia do rio" é de 1987, e não 1986 como fala no texto. E ainda falam que depois de "Estrelinha Mágica" (1988), a turma só voltou às telas do cinema no filme "Uma Aventura no tempo" (2007), mas, na realidade, o "Cine Gibi 1", de 2004, foi filme de cinema.

Outro ponto comemorativo nessa edição é a realidade aumentada na capa, assim como os demais gibis de setembro. Desenvolvido para smartphones e tablets, o leitor baixa o aplicativo "Mônica 50 Anos" e com posse da revista, verá uma animação do personagem da revista, como se estivessem saltando para fora do papel. Se comprar as 4 revistas de "nº 81" que tem as capas em realidade aumentada (Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali), verá ainda uma 5ª animação com todos os personagens reunidos. Lembra o 3D Virtual das revistas dos anos 90, mas para ver a novidade atual, será preciso ter umsmartphone ou tablet

Eu acho que foi uma estratégia para chamar atenção da garotada e conseguir vender mais. Afinal, o que atrai as crianças e os jovens atualmente são as tecnologias. Acho que estimular o consumismo, pois vai  incentivar as crianças pedir que os pais compremsmartphone só para ver essas animações em realidade aumentada. Nas revistas em 3D, não precisava de auxílio de dispositivos móveis, apenas comprar as revistas. Como eu não tenho smartphone nem tablet, nem vai dar para eu ver a realidade aumentada dessa revista da Mônica e, mesmo se eu tivesse, não compraria as outras do mês por causa disso.
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Propaganda da página 2 sobre a realidade aumentada
Acredito que juntando as 4 revistas, a animação será a mesma da propaganda que está vindo nas revistas. Apesar que na capa fala que tem instruções da realidade aumentada dentro da revista,  fala apenas na propaganda  que saiu na página 2 de cada revista, que é para entrar no site da Panini para saber como funciona. Não sei se essa novidade virá só nas revistas desse mês ou terá em outras edições. Acho que será só nesse mês mesmo, ou no máximo até o final do ano, já que na propaganda fala que é em comemoração dos 50 anos da Mônica. Se bem que se for sucesso de vendas, é bem capaz de continuar, sim.

Enfim, esse gibi da Mônica vale mesmo pelo valor comemorativo dos 50 anos da Mônica, sobretudo pela história de abertura que é a comemorativa da edição. Para quem gosta de colecionar edições históricos é válido. Como gosto de colecionar edições especiais, tinha que ter na coleção.

Para finalizar, sobre as outras revistas de setembro, não comprei, já que nada me agradou e não vou comprar só por causa de uma capa em realidade aumentada. A menos pior que folheei foi da Magali, que tem uma história do roteirista Emerson Abreu na abertura, com o suposto namoro da Magali e Cascão e chifrando Quinzinho e Cascuda, seus respectivos namorados. Por um lado, os traços e letras não são digitalizados nessa história, por outro, tem aquelas caretas excessivas e enquadramento de 4 quadrinhos por página que eu não gosto. 
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