Compartilho uma história em que a Mônica foi convidada pra ser modelo, mas tinha um porém de ser baixinha. Com 5 páginas, foi história de encerramento publicada em 'Mônica Nº 96' (Ed. Abril, 1978).
Começa com a Dona Maricota, costureira da butique, pedindo para Mônica experimentar um vestido para ela. Mônica fica em pé em um banco enquanto Dona Maricota pega alfinetes e nessa hora um dono de loja vê a Mônica com o vestido do lado de fora da butique e pensa que ela era uma modelo alta, com belo corpo com cara de criança.
O dono da loja se encanta e convida a Mônica para ser modelo para desfilar com as roupas da loja dele. Mônica fica sem jeito, gaguejando, e o dono entrega um cartão da loja para ela ir desfilar, dizendo que vai ser um sucesso, o que estraga são os dentes, mas não faz mal. Mônica fica superanimada com o sonho de modelo ser realizado, sai da butique sem experimentar o vestido para Dona Maricota e diz que finalmente reconheceram a sua linda carinha, seu corpo perfeito e altura. Só que ela vê uma mulher alta passando pela rua e cai a ficha que é baixinha e fica deprimida.
Magali vê Mônica chorando e pergunta se acabaram as melancias do bairro e Mônica fala que perdeu a chance de ser modelo e desfilar porque é baixinha. Mônica chora que quer ser uma manequim alta e Magali tem uma ideia e elas vão ao laboratório do Franjinha. Lá, ele dá seu novo invento, uma perna-de-pau com controle remoto, que são controlados pela caixinha e que faz a perna andar, pular e dançar. Ao sair do laboratório, Mônica arrebenta o batente da porta por estar mais alta que a porta e pela sua grande força.
No desfile, Mônica coloca vestidos compridos cobrindo a perna-de-pau, Magali controla o controle remoto e Mônica diz que quer abafar. Sai tudo perfeito, Mônica é aplaudida por toda a plateia em cada apresentação que fazia, um verdadeiro sucesso. Na última roupa, Mônica fala para Magali caprichar que ela quer arrasar. Magali vê uma barata e tenta matar batendo controle remoto nela até conseguir matá-la. No final, Magali pergunta se a Mônica arrasou e ela diz que sim, mostrando o local todo revirado e com plateia caída no chão.
História engraçada com a Mônica querendo ser modelo, mas não dava porque era baixinha. Com a invenção do Franjinha de perna-de-pau com controle remoto a Mônica conseguiu realizar o seu sonho, mas Magali estragou tudo ao matar a barata com o controle remoto, que como seguia o comando, cada batida que a Magali dava, a Mônica saltava em tudo descontroladamente, derrubando tudo que encontrava pela frente.
Mônica, assim como as meninas da época tinha grande sonho de modelo. De fato, arrasou destruindo toda a loja. Magali sacana sem querer estragou o sonho da amiga, bem que podia matar barata com os pés mesmo, pelo menos a Mônica ia ficar parada na apresentação, mas não derrubaria tudo.
Foi curioso ver a Mônica ficar tão impressionada com o convite que nem ligou do dono da loja falar mal dos dentes dela, se batesse nele, ia perder a chance de ser modelo, afinal, nos anos 1970, ela batia em qualquer pessoa, até em adultos se implicassem com ela, as vezes até sem motivo aparente, era bem mais esquentada. Legal também ver a Mônica alta com vestido parecendo de fato uma modelo com cara de criança, o dono deslumbrado vê-la assim, chamando de dentuça, Magali preocupada em faltar melancias no bairro, o invento inovador do Franjinha, absurdo de Mônica quebrar batente da porta e destruído tudo por causa da Magali. Na época controle remoto era uma coisa supermoderna, uma novidade, nem televisões tinham, apenas alguns aparelhos específicos.
Nos anos 1970 era bem frequente a presença da Mônica interagindo com a Magali, ou seja, tinha mais histórias com as 2 juntas sozinhas, era bom, assim como tinha grande frequência do Cebolinha contracenando com o Cascão nos gibis do Cebolinha. Incorreta hoje por mostrar criança trabalhando como modelo adulta e todos os absurdos que evita de colocar atualmente.
Os traços ficaram bons, típico de histórias de miolo da segunda metade dos anos 1970, uma mistura com bochechas pontiagudas com o superfofinho, costumavam também deixarem a língua ocupando boa parte da boca dos personagens, estilo de letras também ficava diferente com esse tipo de traços. A Dona Maricota e o dono da loja apareceram só nessa história mesmo.
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