Em agosto de 1991 foram lançados os Gibizinhos. Em homenagem aos 30 anos, criei um "Top 5" com as melhores capas publicadas desse título marcante, na minha opinião.
Gibizinho foi o novo título da Editora Globo com histórias inéditas, só que em um formato de bolso, tamanho 13,5 X 9,5 cm, ficando em circulação nas bancas entre 1991 a 1998. Entre agosto de 1991 a dezembro de 1992, até os de "Nº 26", a cada número vinham 4 exemplares diferentes, um para cada personagem, inclusive secundários, sendo pelo menos um deles era de algum dos 5 personagens principais, com capa e miolo todos em papel couché com cores bem vivas e sem propagandas no miolo, apenas nas página 2 e 32 da contracapa. A partir da "Nº 27", de fevereiro de 1993, até a última edição "Nº 86" de janeiro de 1998, passaram a ser apenas "Gibizinho da Mônica" com 132 páginas, capa couché bem grossa com lombada e miolo em papel jornal tradicional de gibis e sem propagandas internas. Ou seja, em vez de criarem exemplares individuais, juntaram tudo em apenas um exemplar.
Não foi bem título da MSP ,e, sim, da Editora Globo, pois entre os de "Nº 6" a "Nº 22", tiveram Gibizinhos de outras revistas em quadrinhos da Editora Globo até então, como Xuxa, Chaves, Turma do Arrepio, etc, seguindo a mesma numeração corrente, com números ímpares reservados para a Turma da Mônica e números pares para as outras revistas da Globo. Foram criados esses também por causa da crise dos quadrinhos que estava começando na época devido a alta inflação e dar um fôlego aos outros títulos da Globo fora os da Turma da Mônica. Como era título da Globo, se a MSP quisesse retornar com o título hoje, eles teriam que ser renomeados, salvo se tivesse acordo com a Editora Globo.
As capas dos Gibizinhos em qualquer fase tinham diferencial em relação aos gibis convencionais de a maioria serem com referência a história de abertura enquanto que nos convencionais prevaleciam capas com piadinhas com os personagens. Foram poucos Gibizinhos com capas exclusivas com piadinhas. Nessas capas de histórias de abertura e estilos comuns que faziam nos gibis das Editoras Abril e Globo quando tinham capas assim, tinham as que mostravam um ar de mistério, as que.mostravam cena do que aconteceria na história e para saber por que aconteceu aquilo, tinha que ler, mas também tinham as capas que faziam piadinhas com o tema da história de abertura, ou seja, não aconteceu a cena na história, mas tinham criatividade para fazer as piadas, ou simplesmente criavam um desenho bonito de acordo com o tema da história de abertura.
Revi todas as capas dos Gibizinhos, foi difícil escolher dentre tantas capas excelentes e a seguir mostro o ranking das 5 mais Top na minha opinião e comentando sobre cada capa escolhida:
5º LUGAR: Gibizinho da Mônica Nº 28
Lançado em março de 1993, todos ficam dando gargalhada da cara da Mônica, inclusive o homem do programa da televisão, deixando a Mônica com raiva.
Foi em referência à história de abertura "Eu sou uma graça" em que a Mônica viu no programa de televisão Doutor Perri Dículo que todos deviam aprender a rir de si memsos e não ser ranzinza e estressado e Mônica procurou ajuda dos meninos a passar a rir de si mesma e ainda obrigou Cebolinha e Cascão a rirem também de suas próprias caras. No final, eles vão ao consultório do Doutor Perri Dículo, não para aprenderem a rir de si mesmos, mas a pararem de dar gargalhadas deles próprios, depois de se olharem no espelho.
A cena da capa não aconteceu na história por completo, os meninos até riram da cara dela, mas não o Doutor que apareceu na televisão e esse absurdo de televisão interagir com eles é que a deixou melhor ainda. Ficou uma capa bem engraçada e contagiante, representa a melhor capa da fase dos Gibizinhos com lombada. Infelizmente, as capas de setembro de 1993 em diante tinham códigos de barras muito grandes que cortavam os desenhos e atrapalhavam o visual das capas em si, mas mesmo assim foram boas também e em alto nível.
4º LUGAR: Gibizinho do Penadinho Nº 11
Lançado em março de 1992, Penadinho tenta ajudar a limpar o Cranicola, porém de forma torta com os esparadrapos do Muminho para lustrar, deixando o Muminho irado com ele.
Foi em referência à história de abertura "Boas ações" em que o Penadinho, cansado de ficar no Purgatório e com desejo de ser um anjo no Céu, resolve fazer boas ações ajudando os seus amigos no cemitério para antecipar a sua ida ao Céu, mas ao invés de ajudar, acaba é atrapalhando ainda mais os seus amigos. No final, Penadinho continua no cemitério, seus amigos ficam fulos da vida e o Diabo fala que se continuar com aquelas "boas ações", vai direto para o Inferno.
Foi uma capa com piada em cima do tema história de abertura, pois a cena não aconteceu. Com criatividade, eles colocaram uma piada sobre ser solidário de uma forma torta, ajudar de um lado, mas atrapalhar no outro. Ficou engraçada a cara de raiva do Muminho reclamando do Penadinho usando suas ataduras para limpar o Cranicola, que por sua vez também não estava gostando nada de ser limpo com as ataduras do Muminho e com a força do Penadinho limpando. Muito boa.
3º LUGAR: Gibizinho do Piteco Nº 13
Lançado em abril de 1992, capa mostra uma analogia da ideia do homem das cavernas puxar a mulher pelo cabelo após se casarem, sendo que foi um inverso e a mulher é que puxa o cabelo dele depois de se casarem.
Foi em referência à história de abertura "Quando pinta o amor" em que o Piteco ajuda a mulher Chana a pegar frutas na árvore e levar até a caverna dela e se apaixona pela Chana e tenta o tempo todo tirar a tentação de se casamento que ele tanto abomina. O Juiz de Paz dá conselhos ao Piteco e no final ele vai até a caverna da Chama pedi-la em casamento, mas desiste aí ver um homem lá, pensando que era marido dela, mas na verdade era só um irmão dela.
A cena da capa não aconteceu na história, apenas a forma tradicional do homem puxar cabelo da mulher no início da história, portanto, uma piada bem criativa de como seria se fosse situação inversa. Chega a ser impublicável hoje em dia essa história por ser contra movimentos femininos, mesmo que mostrando uma realidade nos tempos da Pré-História e a capa, mesmo sendo a favor da mulher, iriam implicar que não seria certo fazer isso com o Piteco.
2º LUGAR: Gibizinho da Pipa Nº 24
Lançado em outubro de 1992, capa com ideia do noivo carregar a noiva no colo na noite de núpcias, só que Zecão carrega a Pipa em um carrinho porque não ia aguentar carregá-la no colo por ser gorda demais. Pesado! Que maldade!
Foi em referência à história de abertura "Casamento em breve" em que a Pipa viu com uma vidente que ia se casar e ela fazia tudo para não se casar e a situação piorou quando o Zecão estava falando com o pai dela sobre casamento e a Pipa pensava que estava pedindo a mão dela para o pai. No final, o casamento era da prima Ruth do Zecão e eles seriam padrinhos e durante a cerimônia a Pipa fica com vontade de se casar e com inveja, achando que podia ser ela no lugar da Ruth.
Ou seja, na capa não teve a cena na história, eles nem se casaram na história, foi claramente uma piada em cima do tema casamento, que era tema da história de abertura. Impublicável atualmente por ser piada contra gordos, desrespeitando os gordos na vida real, iam implicar demais e até motivo de processo.
1º LUGAR: Gibizinho do Anjinho Nº 5
Lançado em dezembro de 1991, uma capa de Natal que mostra um desenho bonito com Anjinho abrindo uma caixa expondo a Estrela de Belém no nascimento de Menino Jesus.
É em referência á história "Aconteceu no Natal" que mostra que o Anjinho morreu ao cair em um precipício e foi parar no Céu perto do nascimento do Menino Jesus e que ainda ajudou a celebrar a vinda do Menino Jesus dando um presente singelo de uma caixa com uma rosa que guardou com ele quando caiu no precipício ao morrer e que essa caixinha com a rosa se transformou na Estrela de Belém.
Foi uma linda história do título "Gibizinho" e a mais conhecida e lembrada pelos leitores deste título e a capa fez jus à história como a capa mais linda e a melhor dos Gibizinhos e até uma das mais bonitas da MSP de todos os tempos. Capas de Natal sempre foram muito boas e essa capa eles capricharam demais. A cena exata na capa não aconteceu porque foi Deus quem transformou a caixa na Estrela de Belém, mas teve a ideia de o Anjinho ser o responsável pelo presente para o Menino Jesus.
Como pode ver, as melhores capas pra mim são as voltadas com piadas a maioria, mesmo fazendo referências a histórias de abertura, considero bem inteligente montar piadas com o tema da história mesmo não acontecendo o fato nas histórias. Também tiveram outras excelentes capas nos gibizinhos que ficaram de fora, inclusive as mostrando suspense ou com fatos que realmente aconteceram nas histórias, mas essas aí achei as Top. Em breve posto outros " Top 5" aqui no Blog. E valeu relembrar essas capas e a homenagem aos 30 anos dos Gibizinhos.
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