segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Arquivos Turma da Mônica N°525 - Cascão e Chico Bento Nº 700!

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Cascão e Chico Bento chegam à marca de 700 edições lançadas. Nessa postagem faço uma resenha desses gibis que ficaram muito a desejar.

Os gibis do Cascão e Chico Bento foram lançados em agosto de 1982, sendo que foram quinzenais com 36 páginas cada um até nas suas edições "Nº 421" da Editora Globo, em fevereiro de 2003, quando suas edições "Nº 422"passaram a ser mensais com 68 páginas, continuando assim até hoje. Com isso, eles levaram 34 anos para atingir essa marca nas suas edições "Nº 19" da Panini (2ª série) de novembro de 2016, correspondendo a "Nº 700", juntando 3 editoras, sendo 114 gibis da Ed. Abril, 467 da Ed. Globo, 100 da Panini (1ª série) e 19 da Panini (2ª série)

Para comemorar a marca histórica, essas edições foram comemorativas, mas não teve nada de especial. A intenção era uma forma de se redimir das suas edições "Nº 500" terem passado em branco (edições "Nº 386" da Ed. Globo, 2001) e ter comemorações como as mais recentes da Mônica, Cebolinha e Magali "Nº 500", de 2011, 2014 e 2015, respectivamente, só que essas do Cascão e Chico ficaram bem abaixo das expectativas assim mesmo.

Além das capas tradicionais, com alusão à história de abertura, personagens ao lado do logotipo e tudo mais, tiveram capas variantes especiais com os personagens lendo seu gibi "Nº 700", como forma do leitor escolher a sua versão de capa preferida. Mesmo conteúdo interno nas 2 versões, só mudando mesmo a capa. Eu escolhi comprar as versões variantes, por serem mais simples só com um desenho, lembrando um pouco as capas antigas, e ainda mais sem personagem ao lado do logotipo.
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Capas variantes de Cascão e Chico Bento Nº 700
Na Comic Con Experience 2016 (CCXP) de São Paulo tem à venda outra capa com versão exclusiva de cada um. Mesmo conteúdo também, mas com capa exclusiva para quem comprar no evento. E fora que deve ter o lançamento de uma edição de colecionador com capa metalizada e miolo com papel couché, com o mesmo conteúdo das versões originais, com tiragem limitada e custando R$ 1,00 mais cara cada uma.

Cada um dos gibis, já começa direto com a história de abertura e sem frontispício anunciando que é edição comemorativa. Só história de abertura do Cascão que foi especial e as demais todas normais. Já o do Chico Bento, nem a de abertura foi especial, sendo um gibi completamente normal, fora um aviso na capa oficial acima do logotipo de que aquela era edição Nº 700". Nem os passatempos foram fazendo alusão á histórias antigas como foram as edições "Nº 500" de Mônica e Cebolinha.

A seguir comento cada gibi individualmente:

Cascão Nº 700:

Tem uma capa com alusão à história, que achei bem feia, colocando, inclusive, um desenho do Capitão Feio que já existia, no maior estilo copiar/colar. A capa variante é bem melhor. A história de abertura comemorativa com o título "Cascão 700" abre o gibi sem frontispício.

Na trama, escrita por Paulo Back, com 35 páginas no total, os membros da S.U.J.O.C.A. (Sociedade Unida da Junta Opositora Contra o Cascão e Amiguinhos), formada por Capitão Feio, Doutor Olimpo, as gêmeas Cremilda e Clotilde, Doutor Spam e Cúmulus, se reúnem para derrotar o Cascão viajando pelas suas edições passadas, através da máquina do tempo do Capitão Feio. Além desses integrantes, o vilão de Cabeça de Balde agora faz parte da S.U.J.O.C.A. Ele é um personagem novo, que estreou em 'Mônica Nº 14' e apareceu também em 'Cascão Nº 16' (ambas de 2016) e em cada história assume uma identidade diferente de um personagem da turminha. Eu achava melhor quando cada vilão aparecia individualmente para dar banho no Cascão e não todos reunidos na S.U.J.O.C.A. como vem sendo.

Essa história de abertura, então, foi dividida em 6 capítulos, sendo que na 1ª parte é a reunião dos membros da S.U.J.O.C.A. Na 2ª mostra Cremilda e Clotilde na primeira tirinha do Cascão em 1963. Na 3ª parte, mostra Doutor Olimpo na ha primeira história do Cascão no gibi da Mônica Nº 1 de 1970. Na 4ª parte, o Cúmulus no gibi 'Cascão Nº 1", de 1982, contracenando com o Montanha Suja, que apareceu na história de abertura daquele gibi. Na 5ª parte, o Doutor Spam na história de abertura de 'Cascão Nº 1', da Panini de 2007 e a 6ª parte, a conclusão da história.
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Trecho da história "Cascão 700"
A ideia em si da história foi boa, o problema é que foram poucas referências a gibis e histórias antigas do Cascão, praticamente foram mostrados só primeiras aparições e as edições "Nº 1" do Cascão de cada editora, em vez de mostrar referência à histórias e vilões antigos de todos os tempos. Sem contar que mostraram a primeira tirinha do Cascão de 1963 e a primeira história do Cascão, de 'Mônica Nº 1', de 1970, época em que o Cascão nem tinha gibi próprio. Devia começar a partir de 1982. Nada a ver colocarem referência à tirinha e à história que saiu em gibi da Mônica. Afinal, a comemoração são das 700 revistas do Cascão, e desse jeito ficou mais sendo uma homenagem ao personagem do que à revista dele.

Pior mesmo foi que não teve referência nenhuma à Editora Globo, em nada, já pulando da edição "Nº 1" da Editora Abril para a edição "Nº 1" da Panini de 2007, já falando como nova editora, como se tivesse pulado da Abril direto para Panini, sem ter passado pela Globo, ignorando, assim, todo o período da Globo completamente. Nem para colocar uma miniatura do gibi "Nº 1" de 1987 não colocaram. No lugar da tirinha e da história da Mônica podia ter colocado referências da Editora Globo. No final da história, foi inserido aniversário do Cascão nela, já que a edição coincidiu com o mês de aniversário dele e todo ano tem que ter histórias assim dos personagens nos seus respectivos meses.

A história, quando retratando os anos 60, teve cena do Cascão antigo entrando na lata de lixo e senhora dando guarda-chuvada na Cremilda e Clotilde, mas sempre ressaltando que aquilo não era politicamente correto e naquela época que era permitido. Os traços de 1982, representando o gibi "Nº 1" da Ed. Abril, nada lembra a época. Já os dos anos 60 eles copiaram e colaram de imagens da época, só colorindo e os traços pontiagudos de 1970 ficaram feios. A história em si, desenhada por Sidney Salustre e arte-final de Reginaldo Almeida, teve traços medianos. Os traços costumam ficar melhores com desenhos do Sidney Salustre.
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Trecho da história "Cascão 700"
Teve um erro com a Mônica citando o Franjinha que inventou a fórmula em 1970. Naquela época o Franjinha ainda não era inventor da turminha. Pelo menos a história não teve lápis mágico da Marina como forma de eles viajarem nas edições passada, como foram nas edições "Nº 500" da Mônica e Cebolinha. E vale uma forma de homenagem ao Mauricio Spada, filho do Mauricio de Sousa que morreu nesse ano, que inspirou o personagem Professor Spada/ Doutor Spam.

No mais, o gibi teve 8 histórias no total, incluindo a tirinha final, com histórias de secundários do Franjinha (com participação da turma) e Bidu. Tudo absolutamente normal para os padrões atuais, sem nada de importante para comentar. Teve outra história de aniversário do Cascão, "Presentes", de 2 páginas, para não passar em branco também. Os traços decadentes de PC em quase todo o gibi, principalmente nas histórias do Cascão e as letras também de PC desanimam bastante. Os gibis dele costumam ter os piores traços. Abaixo, um trecho da história de encerramento "Medalhas" para se ter uma ideia dos traços lamentáveis dos gibis atuais:
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Trecho da história "Medalhas"
Chico Bento Nº 700:

Edição completamente normal, sem nenhuma comemoração á revista do Chico. Pela capa oficial, já dá para ver que é normal, só com o Nº 700 em cima do logotipo para dizer que era especial e apenas na capa variante que mostrou o informe "Um marco histórico da publicação no Brasil". História de abertura comum, só no final, teve no rodapé uma nota bem pequena dando Parabéns ao Chico pela marca conquistada de 700 gibis lançados, mas sem ligação à história. Se não colocasse o "Nº 70"0 em cima do logotipo e essa nota no final da história não ia fazer diferença nenhuma.

A trama, com o título "Como será o futuro?", foi escrita por Edson Itaborahy, com 19 páginas. Nela, o Chico anda muito preguiçoso e agindo mal com seus amigos e então um jacaré mágico revela o futuro para ele aprender uma importante lição. Nada de citação do gibi pelos personagens, muito menos relembrar histórias antigas marcantes dos gibis anteriores. Os traços ficaram medianos, com desenhos de Sidney Salustre e arte-final Kazuo Yamassaki. Com eles juntos costumam ficar os traços melhores nas histórias. Apesar de muitos olhos arregalados e nariz pequeno e muito estranho do Chico.
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Trecho da HQ "Como será o futuro"
O gibi no geral teve 10 histórias, contando a tirinha final, com histórias de secundários do Penadinho (raro ter histórias dele em um gibi do Chico, essa foi de 1  página), Papa-Capim e Turma da Mata. Aliás, a tirinha final foi com o Papa-Capim dessa vez, mudando um pouco de ser sempre do personagem principal da revista. Tiveram 2 histórias mudas, uma com Zé Lelé e Maria Cafufa, com título "Quem não tem areia  se vira com barro" com intermináveis 6  páginas cheia de enrolação e uma com o título "Tem que cortar!" de 2 páginas com o Chico.

Na história, "Semente do amanhã", teve presença do Chico Moço. Quando eles retratam os personagens mais velhos, colocam as suas versões jovens agora. E os traços dessa história muito feios. A melhor história que achei desse gibi foi "O eclipse", com Chico e Rosinha tendo dificuldade de ver o eclipse total da Lua. Histórias do Robson Lacerda são boas e essa lembra as antigas que ele próprio escrevia.
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Trecho da HQ "Semente do amanhã"
Agora uns detalhes que reparei na história "Cor de esperto quando foge" do Papa-Capim é que o Cafuné está com nariz bem menor e achatado do que era antes. Assim como fizeram com o Chico Bento, diminuíram o nariz dele por causa do politicamente correto para não dizer que é bullying com pessoas narigudas, mas que infelizmente, isso descaracteriza os personagens. Abaixo uma evolução do Cafuné antigo e o dessa edição para comparar. Aliás, poderia dizer uma "involução":
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Cafuné: evolução
Outra coisa é que agora a Jurema aparece de top no peito. Antigamente, ela e as outras índias meninas apareciam sem top, como dá pra ver AQUI. Por conta da tosqueira do politicamente correto, eles mudaram isso para criança não aparecer sem top, com detalhe que nem peito tem. Nas histórias antigas, até as índias adultas apareciam com seios de fora, ou no máximo o cabelo por cima, mas aí ficando algo à mostra, e agora estão censurando até das meninas índias. Abaixo, como a Jurema apareceu nessa história:
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Jurema agora desenhada com top
Mudaram também das meninas agora usarem maiô na praia em vez de biquíni, como aconteceu no final da história do Zé Lelé, já com Zé Lelé e Maria Cafufa crescidos, com a filha da Maria Cafufa de maiô. Tudo são detalhes pequenos, mas que fazem toda a diferença.

Aliás, na propaganda que circula pelos gibis no mês e na internet, teve um erro ao falar que as edições do Cascão e Chico Bento foram quinzenais entre 1987 a 2003. Pelo certo, desde o lançamento dos gibis em 1982 até 2003 que foram quinzenais. Abaixo, essa propaganda:
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Propaganda que circula nos gibis de novembro/2016 e internet
Como podem ver, as comemorações ficaram mais nas capas para avisar que eram as edições "Nº 700" dos personagens como espécie de caça níquel e conteúdo muito a desejar. Do Cascão até que de certa forma teve comemoração, mesmo abaixo das expectativas, mas, infelizmente, do Chico passou em branco. Seria legal ver histórias antigas sendo relembradas, tanto do Cascão quanto do Chico. Sem dúvida mereciam comemoração melhor. Vale a pena comprar, só pelo marco histórico de 700 edições.
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Créditos;)  Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2016/11/cascao-e-chico-bento-n-700.html

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