segunda-feira, 11 de julho de 2022

Arquivos Turma da Mônica N°1.059 - Cebolinha: HQ "Três solteirinhos e um bebê"

Capa de 'Cebolinha Nº 66' (Ed. Globo, 1992)

Em junho de 1992, há exatos 30 anos, era lançada a história "Três solteirinhos e um bebê" em que o Cebolinha, Cascão e Anjinho precisam cuidar de um bebê. Com 11 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 66' (Ed. Globo, 1992).

Escrita por Flavio Teixeira de Jesus, começa Dona Cebola deixando o Cebolinha sozinho em casa enquanto ela vai levar a Maria Cebolinha para tomar vacina. Ele adora porque não vai precisar cuidar da irmã e vai poder jogar bola. A campainha toca e era Dona Ângela perguntando se a mãe dele está em casa para cuidar do filho dela, o Gabriel.

Cebolinha diz que a mãe não está e Dona Ângela pede para ele cuidar do Gabriel, que não vai demorar. Cebolinha diz que está de saída, quando Mônica aparece querendo prestar contas de ele ter escrito desaforos dela no muro. Gabriel taca a bola na Mônica, que cai com a bolada. Dona Ângela deixa o filho com o Cebolinha, que diz que ela pode demorar o tempo que quiser.

Mônica manda Cebolinha largar o bebê para levar uns cascudos. Ele fala que não pode, Gabriel é muito apegado a ele e Mônica diz que acha que ele quer ficar no chão, pois estava posicionado para baixo. Cebolinha levanta o Gabriel na posição normal, dizendo que ele não quer descer e Mônica grita que Cebolinha está usando o Gabriel de escudo para não apanhar.

Gabriel chora com o grito da Mônica e Cebolinha fala que ela o assustou e a chama de monstro. Mônica fica uma fera, quer bater nele, mas como estava segurando o Gabriel, vai embora e promete voltar depois quando ele for embora. Cebolinha diz que Gabriel pode ficar lá mais alguns meses e comemora que não apanhou, chama Gabriel de bom garoto, um anjinho da guarda dele e que derrotou a Mônica com bolada e merecia ser dono da rua, mas como ainda é pequeno, ele será o dono da rua no lugar.

Cebolinha pergunta por que Gabriel estava tão quieto e ele diz que fez cocô e Cebolinha diz que se livrou de uma cebola e aparece um pepino. A campainha toca e era o Cascão chamando para jogar bola e Cebolinha o puxa.

Cascão acha graça que o Cebolinha está como babá do bebê da Dona Ângela, fala que cuidar de criança é uma moleza, quando Gabriel dá uma bolada nele. Cascão sente cheiro de cocô, Cebolinha fala que não vai trocar fralda e quer que Cascão troque por estar acostumado com mau cheiro. Eles discutem para quem vai e resolvem chamar o Anjinho.

Na casa, Anjinho diz que não pode trocar fralda, só ajuda as pessoas em situações de perigo ou coisas do gênero. Os meninos falam que isso é perigo para eles, terrível. Anjinho troca, quer saber o que faz com a fralda suja e Cebolinha pergunta se Cascão quer. Ele não aceita, quando Gabriel dá uma martelada no pé dele, em seguida no pé do Cebolinha e ao soltar o martelo, cai na cabeça do Anjinho.

Cascão comenta que o Gabriel bate com tudo que vê e Cebolinha diz que é porque o pai dele é baterista enquanto o bebê bate martelo no chão como se tivesse tocando bateria. Em seguida, Gabriel chora, Anjinho acha que é fome e prepara mamadeira enquanto os meninos o distraem. Depois vão brincando com o menino, desejam brincar de cavalinho no Cascão, que reclama se ele fizer xixi nele e Cebolinha fala que xixi não é água. 

Anjinho traz a mamadeira, Gabriel derruba no Cebolinha, faz cocô e enquanto isso, Mônica volta para ajustar as contas com Cebolinha e conta para Magali que acha graça os meninos brincando de casinha enquanto os três sofrem para cuidar do Gabriel.

História legal com Cebolinha cuidando de um bebê com a ajuda do Cascão e do Anjinho. A princípio aceitou o pedido da Dona Ângela para não apanhar da Mônica, pois o Gabriel servia como escudo para Mônica não bater nele, mas acabou se dando mal e teve castigo pior com Gabriel do que se tivesse apanhado da Mônica, que se sentiu vingada, mas não descarta possibilidade de bater no Cebolinha depois que Gabriel foi embora.

Muito engraçado o bebê gostar de bater nos outros, seja dando bolada ou martelada com justificativa de influência do pai ser baterista de banda. Quando ele crescer, sem dúvida vai querer ser músico. Foi bom ver personagens diferentes, como a Dona Ângela, vizinha e amiga da Dona Cebola, e seu bebê Gabriel. Eles apareceram só nessa história. Boa sacada o Anjinho na história, podia ser qualquer outro menino da turma no lugar. Vimos que o Cascão, apesar de gostar de sujeira, não gosta de cocô, ele bem que podia gostar. 

A história foi paródia do filme "Três solteirões e um bebê", um clássico do cinema. Foi mais uma história baseada em filme famoso em 1992, que estava muito frequente na época. Para se ter uma ideia, no mesmo mês de junho de 1992, teve a história "O exterminador sem futuro", de 'Mônica Nº 66', paródia do filme "O Exterminador do futuro" para ver como estava bem frequente histórias assim, chegando a ter mais de uma de filme no mesmo mês.

Incorreta hoje por ter crianças cuidado de bebê, chegando a trocar fraldas, fazer mamadeira sozinhos, fora mostrar bebê batendo nos outros até com martelo, estimulando violência, Dona Cebola deixar o filho sozinho em casa, intenção do Cebolinha de sair para jogar futebol, deixando casa vazia e sem autorização da mãe e a palavra "Droga!", que também é proibida hoje.

Os traços muito bem caprichados, pena as cores mais escuras, como de costume nos gibis de 1992. Na promoção da Editora Globo de juntar selos das capas para ganhar assinatura de revistas e outros prêmios continuou, com preço congelado nas revistas de junho em relação ao selo do mês anterior. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos. 

Créditos ;) Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2022/06/cebolinha-hq-tres-solteirinhos-e-um-bebe.html

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