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Capa de 'Cebolinha Nº 78' (Ed. Abril, 1979) |
Mostro uma história em que a Mônica fica com o coelhinho colado no rosto e Cebolinha e Cascão aproveitam para fazer plano infalível. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 78' (Ed. Abril, 1979).
Uma ventania forte faz a lata de cola que o cara estava colando cartaz no outdoor cair no rosto da Mônica. Em seguida, ela coloca seu coelhinho de pelúcia no rosto, Cebolinha e Cascão a provocam e quando a Mônica vai lançar o coelhinho, ela vai junto no arremesso e descobre que está colado no seu rosto. Os meninos tentam tirar, sem sucesso, depois tentam com tesoura e Mônica entorta as tesouras neles.
Cebolinha tem ideia de um plano infalível. Mônica se imagina velhinha com o coelhinho colado no rosto, quando aparece Cebolinha disfarçado com placas que Pedrinho Aquinágua vem aí. Aparece o Cascão disfarçado de Pedrinho e Cebolinha disfarçado de tiete.
Mônica pergunta se ele é o Pedrinho Aquinágua, pensava que ele era mais alto. Cascão responde que foi porque tomou chuva ontem. Mônica quer ver o joelho dele, que é o joelho mais sexy do mundo. Ele mostra uma perna postiça, Mônica fica emocionada que esteve com seu ídolo, que Magali vai morrer de inveja e pede um autógrafo.
Cascão diz que não tem caneta nem papel, mas pode dar um beijo, só que tem que ser do lado que está o coelhinho porque é supersticioso. Mônica tenta desgrudar, Cascão ajuda e consegue tirar. Mônica quer o beijo, Cascão se entrega tirando o disfarce e que foi tudo plano do Cebolinha. Mônica bate neles e no final Magali acha que o Cascão está fazendo sucesso e bem que gostaria de estar no lugar dele e Mônica diz que ela não, com Cebolinha correndo com placa atrás do Cascão para bater nele por ter estragado o plano mais uma vez.
História engraçada em que a Mônica fica com o coelhinho colado no rosto após cola cair nela e Cebolinha e Cascão aproveitam para fazer plano infalível de ela pensar que estava falando com o seu ídolo Pedrinho Aquinágua e ganharia beijo dele com o intuito de pegarem o coelhinho. Daria certo se Cascão não estragasse o plano mais uma vez porque não queria beijar a Mônica.
Cascão preferiu apanhar do que beijar a Mônica, era muito pra ele. Mônica sempre boba em acreditar nos disfarces, não prestar atenção que a tiete chamou de "Pedlinho", sempre tem sorte de Cascão estragar porque se dependesse de esperteza dela, já seria derrotada há muito tempo. Aliás, Mônica bem saidinha em querer ver joelho sexy do ator, criança na idade dela reparar e saber o que é sexy ou não.
Foi engraçado o salto que a Mônica deu ao arremessar o coelhinho colado, absurdo de entortar as tesouras nos pescoços dos meninos, imaginando velhinha com o coelhinho no rosto, Cebolinha como tiete e Cascão como Pedrinho Aquinágua, com a parte da perna postiça para mostrar joelho mais hilária, como eles imaginaram que a Mônica ia perguntar sobre o joelho. A paródia em questão foi do ator Pedrinho Aquinaga. Na época, o Sansão não tinha nome e era chamado só de coelhinho e preferi no texto sem deixar o nome dele.
Foi uma história padrão de plano infalível que mesmo batida nunca se cansa histórias de planos nesse estilo. À princípio pensava que seria muda, mas depois colocaram os devidos textos, ficou um diferencial de metade muda e metade com diálogos, lembrando que nessa fase de 1978 e 1979 tiveram muitas histórias completamente mudas em sequências nos gibis, nunca gostei muito, sempre preferi histórias com textos.
História foi considerada curta para padrão de abertura, mas na época da Editora Abril tiveram muitas histórias assim curtas abrindo os gibis, procuravam ser mais objetivos, indo direto ao ponto. Incorreta atualmente por absurdos mostrados de coelhinho não desgrudar com a cola, Mônica entortar tesouras nos meninos, Mônica dar atenção à perna sexy do ator e querer beijar supostamente um adulto, expressão com duplo sentido "tomou chuva" e "macaquinha de auditório" iriam problematizar muito hoje em dia por chamar alguém de macaco.
Traços ficaram bons, típicos do final dos anos 1970, já começando arredondar as personagens. Erros de tom de cor do vestido da tiete e orelha do Sansão sem ser completamente pintada de azul no 6º quadro da 3ª página da história, Mônica falar de boca fechada no 6º quadro da 4ª página. A capa de 'Cebolinha Nº 78' ficou sensacionalista, muitas vezes capas com alusão à história de abertura na Editora Abril não tinha nada do que aconteceu na história, apenas o tema que era real. Foi republicada depois em 'Almanaque do Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989).
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Capa de 'Almanaque do Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989) Créditos - Marcos Alves: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2025/05/cebolinha-hq-de-rosto-colado.html |