domingo, 22 de janeiro de 2017

Arquivos Turma da Mônica N°544 - Edições "Nº 1" da Editora Globo!

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Capas das Edições "Nº 1"  (Ed. Globo, 1987)
Em janeiro de 1987 os gibis da Turma da Mônica mudaram de casa, se transferindo da Editora Abril para Editora Globo. Então, em homenagem aos 30 anos dessa mudança, nessa postagem mostro como foram os gibis "Nº 1" da Globo de 1987.

A mudança pegou todos de surpresa na época. Não teve divulgação pela imprensa, então quando chegou janeiro de 1987 nas bancas é que os leitores viram a mudança de editora e numeração reiniciada. Além disso, os gibis chegaram atrasados já que tiveram impressão internacional, e, com isso, os gibis do Cascão e Chico Bento, que eram quinzenais, só tiveram um exemplar em janeiro, o que comprometeu a coleção toda, já que em 1987 tiveram 25 exemplares cada um em vez dos 26 tradicionais, e por isso que eles sempre terminavam anos com numeração ímpar, terminando com 467 gibis cada um no final em 2006.

Os gibis da Globo também tinham qualidade de papel diferentes em relação a Editora Abril, o que deu um estranhamento quem acompanhava na época. O papel não era do tipo oleoso como era os da Abril e colorização também foi diferente, com cores em tom aquarela, principalmente o azul, além da pele dos personagens ficarem mais rosadas. Isso ficou assim nos 5 primeiros meses, depois foi começando as primeiras mudanças de cores, e viviam mudando periodicamente, assim como o tipo de papel, em todo o período que ficaram na Globo. Foram tantas mudanças em relação a isso que dava até para fazer várias postagens sobre as cores da Globo.

Os gibis continuaram com o mesmo número de páginas e periodicidade, com Mônica e Cebolinha mensais e Cascão e Chico Bento, quinzenais. Até a edição Nº 9 de Mônica e Cebolinha não tiveram seção de cartas. E nos gibis da Mônica todas as seções que tinham na Editora Abril como "Horóscopo da Mônica", "Mundo Encantados dos Animais", "Conheça os artistas da Pracinha da Mônica", deixaram de existir de vez na Globo. No lugar, nas primeiras edições, colocavam histórias republicadas de pouco tempo para preencher o espaço que era reservado para essas seções.

Todos os gibis tiveram frontispício com fundo amarelo e texto do Mauricio de Sousa explicando a mudança de editora e reiniciar numeração. No cannto esquerdo aparecia um desenho do personagem da revista e o logotipo em cima do personagem.
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Frontispício do gibi Cascão "Nº 1" (1987)
A seguir comento de cada individualmente:

Mônica

Abre com a história "Membros ativados", com 14 páginas,  em que o doutor e cientista Tomaníquel cria uma fórmula que ativa voluntariamente membros do corpo humano, como braços e pernas. Eles se movimentam sozinhos sem a pessoa precisar controlar isso, memso dormindo. Com a fórmula pronta, ele vai dormir. No dia seguinte, Mônica está correndo atrás do Cebolinha depois que ele a provocou e acaba lançando o Sansão tão forte que arrebenta a parede da casa do cientista. Mônica entra lá para pegar o Sansão e toma a fórmula do cientista, pensando que é groselha e vai embora. O cientista acorda e ver que a fórmula foi roubada e vai atrás procurar.
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Trecho da HQ "Membros ativados"
No campinho, Mônica resolve dormir em frente a uma árvore e Cebolinha e Cascão aparecem para tentar pegar o Sansão, aproveitando que ela estava dormindo. Só que quando o Cebolinha tenta pegar, Mônica, dormindo, dá um soco forte nele que vai parar longe. Ela também tenta dar soco no Cascão quando ele resolve pegar o Sansão e depois corre atrás e bate nos meninos, tudo isso dormindo. Mônica acorda, volta para casa e de noite dormindo ela pula corda na cama, bate no pai pensando que é o Cebolinha quem tinha aprontado com ela e os pais ficam preocupados com o comportamento da Mônica. Eles colocam despertador para acordá-la e a levam para o médico, que era o Doutor Tomaníquel.

Então, descobrem que a Mônica tomou a fórmula toda pensando que era groselha. Ela toma um antídoto e volta ao normal. No final, Doutor Tomaníquel faz um novo preparo menos perigoso e ai pergunta ao leitor se está servido, dizendo que era groselha.
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Trecho da HQ "Membros ativados"
O gibi teve 20 histórias. incluindo a tirinha final. Foram muitas de 1 página ou curtas, fora que não tiveram as seções que tinham na Editora Abril, daí o grande número de histórias. De secundários foram com: Horácio, Tina, Rolo, Bidu. Chico Bento, Penadinho, Franjinha, Titi, Zé Luis e Magali. Sim, como Magali não tinha gibi, sempre tinha histórias solo dela nos gibis da Mônica e considero como secundária até o momento. Foram 4 histórias com a Turma da Tina nessa edição, coisa bem rar tambéma. Muitas histórias republicadas, já que não tinham seções, mas foram histórias de pouco tempo que haviam sido publicadas originalmente, para não diferenciar dos traços atuais até então. 

Destaque para a história do Bidu, "Uma superprodução para o Bidu" em que o Bidu se cansa de histórias conversando com a Dona Pedra e aí o Manfredo sugere o Bidu a fazer releituras de histórias clássicas de outros personagens. Foram citadas: "Chuva na Roça" (Chico bento), "A Abóbora Encantada" (Mônica), "Sombras da vida" (Piteco), "Sete quedas" (Chico Bento), "Emoções bárbaras"(Cebolinha). Bidu não aceita e faz uma história medieval, mas não dá tempo de terminar com o editor falando que o espaço do Bidu na revista terminou.

Cebolinha

Abre com a história "Ceboladim & a Lãmpada Maravilhosa", com 19 páginas. Seu Cebola conta história para o Cebolinha dormir. Nela, conhecemos o mercador Assan Had da Antiga Arábia que vendia todo o seu estoque acima do preço de tabela e estudava maneiras de ficar rico nas horas vagas. Ele descobriu sobre a lâmpada maravilhosa que dá poderes a quem possui e vai atrás dela, encontrando em um vilarejo do deserto em uma fenda na rocha.
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Trecho da HQ "Ceboladim e a Lâmpada Maravilhosa"
Assan Haddi não consegue pegar e chama Ceboladim, um menino engraxate que trabalhava para ajudar os pais e queria conhecer o rosto de Monicadade, para pegar a lâmpada maravilhosa. Ceboladim desce, consegue pegar a lâmpada, mas ao ser puxado pela corda, o Assam Haddi não queria puxá-lo de volta para superficie e ai faz Ceboladim cair e Assam Haddi resolve pegar a lâmpada depois. Ceboladim esfrega a lâmpada e libera o gênio Khas Khan (Cascão), que tira Ceboladim de lá.

Ele vai para casa com o gênio e transforma a singela casa em um palácio (antes havia transformado em um palácio de lixo). Assan Haddi descobre que Ceboladim está com a lâmpada e se fantasia de mascate que faz troca de lâmpadas novas por velhas. Ele vai no palácio e consegue roubar a lâmpada. Todos ficam tristes, até que descobrem que o gênio Khas Khan estava na chaleira velha da mãe do Ceboladim e então Assan Haddi levou só a lâmpada, que esfregava esfregava e não saia gênio nenhum. Ceboladim deseja que Khas Khan vire um menino e princesa Monicadade visita o palácio e tira o veu. Eles veem que ela é dentuça e sobra coelhadas pra todo mundo. Então, Cebolinha, contrariado, manda o pai apagar a luz, falando que depois desse final só quer dormir mesmo.
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Trecho da HQ "Ceboladim e a Lâmpada Maravilhosa"
No mais, o gibi teve 15 histórias, com histórias de secundários do Rolo, Piteco, Horácio, Penadinho, Astronauta e Titi. Com destaque para a história "Sem apanhar" em que o Cebolinha provoca a Mônica por tudo quanto é jeito, mas ela não está a fim de briga e não faz nada com ele, mas no final a mãe Dona Cebola viu o Cebolinha provocando a Mônica e bate nele com chinelo na bunda. Completamente incorreta e inadmissível hoje em dia porque os pais não devem bater nos filhos com chinelo. Por não ter seção de cartas, a história do Penadinho de 1 página que foi a republicação pra preencher o espaço.

Cascão

Na história de abertura "O diferentão", de 5 páginas, Cascão está fugindo da mãe pra não tomar banho, consegue escapar e lida com os outros na rua achando ruim o seu mal cheiro, inclusive cachorro. Cascão fica triste e resolve se jogar no riacho, mas ai surge a mão do Mauricio de Sousa e puxa pela alça do macacão e o leva para os estúduios para conversar.
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Trecho da HQ "O diferentão"
Mauricio explica que quando criou o Cascão, queria um personagem diferente e se fosse limpinho seria igual aos outros e que os personagens precisam de uma característica marcante para agradar e identificar com os leitores. Mauricio e Cascão se interagem falando que Cebolinha fala "englaçado", Mônica tem dentes horríveis, Horácio olhudo, Piteco com cabelos espetados, Penadinho com pernas curtinhas. Mauricio fala que se ele tomar banho vai desapontar os fãs e não ter característica própria. Cascão diz que Mauricio tem razão, o beija e volta para os quadrinhos. No final, Alice, esposa do Mauricio chama o marido para ir ao cinema e ele diz que vai tomar banho antes. E Cascão, dentro dos quadrinhos, fala "Tadinho".
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Trecho da HQ "O diferentão"
O gibi teve 8 histórias no total, sendo que dessa vez de secundários não teve Bidu, só com a Turma do Penadinho. Normalmente era Bidu e Penadinho como histórias dos personagens secundários nos gibis quinzenais do Cascão, sendo que de vez em quando um ou outro ficava de fora em determinadas edições. Destaque para a história "Banho na T.V." em que o Cascão vai a um programa de televisão para tomar seu primeiro banho em rede nacional, mas sempre fracassava as suas tentativas, como chuveiro, torneira, mangueira, nuvem, tudo sem água, inclusive um lago secou na hora. Mas quando o apresentador leva uma tina d'água, os 3 porquinhos salvam o Cascão de tomar banho. No final, é revelado que o nome do programa é "Isto é incrível"

Chico Bento

"O boto cor-de-rosa" abre o gibi com 11 páginas, em que Chico e Zé Lelé vão pescar escondido no lago da fazenda do Coronel Agripino. Eles acabam pescando um boto-cor-de-rosa e ficam sem saber que bicho era aquele. Logo aparece um indiozinho, coloca de novo no lago e explica a origem do boto cor-de-rosa, que se chama Uaivara na Amazônia, e tem lenda que se transforma em índio quando vê uma índia bonita para levá-la para o fundo do rio.
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Trecho da HQ "O boto cor-de-rosa"
O indiozinho propõe que Chico e Zé Lelé levem o boto-cor-de-rosa do Coronel Agripino para um rio longe de lá. O indiozinho some quando aparece o Coronel Agripino, que dá tiros de sal no Chico e Zé Lelé. De noite, os meninos voltam lá e conseguem pegar o boto-cor-de-rosa. Sendo que de repente aparece outro boto filhote e eles levam até o rio mais próximo. Zé Lelé fica triste pelo indiozinho ter sumido, mas Chico o conforta, dizendo que a história de boto virar índio é a pura verdade, com os botos nadando com alegria no rio, e com um deles com o colar do indiozinho.
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Trecho da HQ "O boto cor-de-rosa"
Esse gibi teve 7 histórias no total, sendo que de secundário foi do Bidu em vez de ser do Papa-Capim, que era tradição nos gibis do Chico Bento. Em alguns gibis de 1986 e 1987 estavam fazendo experiência em colocar histórias do Bidu nos gibis do Chico, mas logo isso sendo descartado e voltando a ter Papa-Capim como único personagem secundário nos gibis quinzenais do Chico Bento. Destaque para história "Bem-te-vi", em que o Chico está apertado para ir ao banheiro e estava ocupado, e aonde ele quer cagar aparece um bem-ti-vi cantando e ele pensa que é alguém falando que está vendo ele tentar cagar em lugar errado. No final, ele faz cocô atrás da moita, ainda pensando que era uma pessoa que estava vendo. Impublicável completamente.

Como podem ver, as revistas mesmo em uma editora diferente e com outras cores, continuaram com o mesmo nível que era na Editora Abril. Os mesmos estilos de histórias, traços, situações incorretas, tudo igual. Pena que as seções nos gibis da Mônica não continuaram, podiam ter aproveitado que eram bem interessantes, mas pelo menos ficaram mais histórias no lugar. Muito bom relembrar esses gibis que estão completando exatos 30 anos.
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Créditos;)  Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2017/01/edicoes-n-1-da-editora-globo.html

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Estamos de férias, voltaremos logo!

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Tiras N°8031 : NíQUEL NáUSEA - Fernando Gonsales!

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