Em fevereiro de 1991, há exatos 30 anos, a revista da Magali estava completando 2 anos. Em comemoração, foi feita uma história especial do aniversário da revista, que mostro nessa postagem. Com 9 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 44' (Ed. Globo, 1991).
Escrita e desenhada por Rosana Munhoz, Magali vê o Cebolinha correndo segurando uma caixa. Ela pergunta o que ele está levando na caixa e pelo cheiro percebe que é comida. Cebolinha diz que é para o Floquinho e vai embora. Magali o chama de regulado porque sabe que o Floquinho só come ração.
Em seguida, vê o Cascão saindo de uma doceria e lhe pede um docinho. Cascão diz que está segurando sua coleção de besouros e vai embora. Depois, Magali vê Jeremias carregando carrinho de guaraná e ela lhe pede um e ele diz que não pode porque está fazendo entrega para o Seu Arlindo da venda, mas Magali, escondida, vê que o Jeremias estava entregando na casa dele.
Magali fica triste que seus amigos a evitam só porque é comilona e vai até a casa da Mônica desabafar. Ela conta tudo e Mônica acha bobagem, todos a adoram. Magali resolve ir à cozinha fazer um lanchinho e Mônica impede, dando desculpa que a cozinha está em reforma. Magali fala que não precisa explicar e vai embora chorando. O telefone da Mônica toca, era o Cebolinha, e Mônica conta que a a Magali esteve lá e quase descobriu o bolo na cozinha e que ela não podia descobrir sobre a festinha, comilona do jeito que é, não ia sobrar nada.
Magali fica mal, faz drama que a dor a sufoca e a machuca, os amigos a ignoram e não tem amigos. Aumenta a fome, come 2 cachorros-quentes e fala que não vai mais falar com eles. Logo, ela vê a turma indo escondida até o laboratório do Franjinha carregando coisas e lamenta que não foi convidada para a festa. Quando vão embora, ela vai lá dar uma espiadinha e vê tudo arrumado bonito, cheio de doces e guloseimas. Magali resolve experimentar um de cada, mas vai experimentando mais que devia e acaba exagerando. Ela sai e diz que foi bem feito, quem mandou a esnobarem.
No outro dia, a turma acorda a Magali em casa e mandam ir com eles, fazendo mistério. Magali diz que não devia ir, eles não merecem e Mônica pede desculpa do jeito com que a trataram ontem e Magali interrompe que eles não queriam que ela comesse os quitutes deles. Cascão pergunta qual dia era hoje e ele logo responde que é dia 22 de fevereiro, aniversário da revistinha da Magali.
Cebolinha conta que fizeram o mistério porque queriam fazer uma festa. Ao entrarem, quando falam surpresa para ela, eles se espantam de ver tudo comido e revirado. A solução no final foi todos irem a lanchonete comer cachorro-quente, com eles falando que mo aniversário da revistinha da Magali, a festa é sua, mas são eles que têm a surpresa.
Muito legal essa história. A turminha estava querendo fazer festa surpresa em comemoração aos 2 anos da revista da Magali e tinham que esconder as comidas para ela não comer antes da hora, mas ela acabou descobrindo o esconderijo e comeu tudo até por vingança por acharem que eles estavam regulando comida, não convidarem para a festa e não gostarem dela e eles tiveram a surpresa no final.
Como era bom ver a Magali assim comendo tudo que via pela frente sem controle e ainda comer a comida dos outros, sendo egoísta e achar ruim quando regulavam comida já que sabiam da sua fama comilona. Incrível Magali comer e beber tudo da festa sozinha, esses absurdos eram excelentes. Essa Magali não existe mais, inclusive é raro vê-la comendo nas revistas atuais, por isso essa história não seria aceita nos dias de hoje. A palavra "azar" também seria proibida, substituída no contexto por "problema deles" ou "má sorte", por exemplo.
Foi uma grande sacada da Rosana criar história comemorativa aos 2 anos da revista da Magali. Dava perfeitamente para ser história de aniversário da própria Magali, mas ela queria prestar essa homenagem ao aniversário da revista. Legal que ainda teve uma data oficial de lançamento, dia 22 de fevereiro, que realmente foi essa data, visto que os primeiros números enquanto era mensal até a "Nº 9" chegava sempre mais para o final de cada mês. Gostava quando tinham homenagens às revistas dos personagens, além da Magali, o Cebolinha também teve história especial de aniversário de revista em 'Cebolinha Nº 120' da Editora Abril de 1982, em homenagem aos 10 anos da revista até então (que deveria ser a edição Nº 121" de janeiro de 1983).
A revista da Magali foi lançada em 22 de fevereiro de 1989, idealizada pela Rosana e com grande sucesso e histórias muito boas só dela e da sua turma como Dudu, Mingau, Quinzinho, Tia Nena e Tio Pepo. Infelizmente com o tempo foi se perdendo por causa do politicamente correto adotado nas revistas da MSP. Para evitar de ter histórias de Magali comilona, teve a fase em que as revistas dela eram repletas com histórias com o Mingau, só dava ele bem exaustivamente, e hoje, simplesmente, colocam mais histórias de secundários diversos e nas histórias da Magali sem nada a ver com comida e sua gula.
Os traços nessa história ficaram bem encantadores, gostava quando a Magali e a Mônica ficavam com franjinhas mais destacadas assim, como Rosana desenhava bem. Esse papel oleoso também era ótimo, deixava a core muito boas. A capa da edição até foi em referência à história de abertura, apesar de não mostrar o que aconteceu na história, apenas mostrando o tema da história e destacar que era uma edição comemorativa.
Foi a terceira edição da Magali até aquele momento que teve capa com alusão à história de abertura, depois das "Nº 30" e "Nº 39", ambas de 1990. E foi a primeira edição da Magali que teve "1991 Mauricio de Sousa Produções" no rodapé da primeira página, as Nº 41, 42 e 43 colocavam "1990..." no lugar. Sem dúvida "É um espanto" é um clássico e muito bom relembrar há exatos 30 anos. E vivam os 32 anos da revista da Magali!
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